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Vamos falar sobre filme: O que podemos esperar de Águas Rasas com Blake Lively?

Em agosto estreia Águas Rasas. No enredo, uma garota, ao surfar em uma praia isolada, fica presa em uma boia há vinte metros de uma ilha. O grande desafio, no entanto, se revela quando ela descobre que está sendo vigiada por um enorme tubarão branco. Será que com um tema tão repetitivo e, por vezes, ridicularizado, conseguirá restaurar a glória do maior predador marinho? Antes de falar sobre as expectativas do filme, vamos relembrar a trajetória da barbatana mais famosa do cinema.

Tudo começou quando Peter Benchley, no ano de 1974, resolveu criar uma obra ficcional sobre esse predador. Tubarão (Jaws) foi um enorme sucesso e no ano seguinte ganhou uma versão cinematográfica dirigida por Steven Spielberg. Na trama, um tubarão branco ataca banhistas em uma cidade litorânea e um chefe de polícia decide caçar o animal a qualquer custo. Com muito suspense e orquestrado pela icônica trilha sonora de John Williams, o filme se tornou um enorme sucesso.

E o que acontece em filmes com grandes bilheterias? Continuações e cópias.

No ano seguinte ao lançamento de Jaws, estreia Mako, O tubarão assassino (The jaws of death). No longa, um homem descobre que tem uma ligação telepática com tubarões e os usa para matar quem fica em seu caminho. Aquaman, é você? As cenas são uma “gambiarra” sem fim e mostram o animal como vítima do ataque de humanos e não como predador.

E não para por aí. Imagine só… Em 1977 a trama era assim: uma fêmea, grávida, é esquartejada friamente por três homens enquanto seu marido assiste a tudo. Ele, então, decide caçar a qualquer custo cada um que fez aquilo. Poderia ser filme estrelado por Charles Bronson ou Chuck Norris, mas não, essa é a sinopse de Orca, A Baleia Assassina (Orca The Killer Whale). Um novo “tubarão” para não ficar na “cara” a cópia. Um filme meio bizarro e transformando as baleias em seres vingativos e sedentos por sangue. Ainda bem que anos depois tivemos Free Willy.

E seguindo a linha “não copiei apenas peguei como referência”, chega aos cinemas Piranha, que tem como pontos altos o excesso de gore* e o humor negro. Um cardume de piranhas, geneticamente modificadas, escapam de uma base militar e atacam banhistas que cruzam seu caminho. As cenas são ótimas e o filme rendeu uma continuação e dois remakes. E alguns derivados bizarros como o “Piranhas, assassinas voadoras”. Sim. Elas matam e elas voam! Não ficando ninguém a salvo, tanto na água, quanto na terra. Se você achou isso estranho, os filmes com tubarão se tornaram piores, com algumas ressalvas, claro.

*Gore é um termo utilizado para representar gênero de filmes com excesso de sangue, órgãos expostos e outras nojeiras.

Mas vamos voltar ao predador marinho. Tubarão 2 (Jaws 2) estreia em 1978 tentando surfar na fama do primeiro filme, mas a ideia de se produzir uma franquia foi por água abaixo. Na continuação, o filho do chefe de polícia é atacado por outro tubarão, que parece que veio vingar a morte do tubarão anterior. Martin, o chefe de polícia, fica em alerta com o animal até resgatar seus filhos que saem para velejar. Novamente, ele fica cara a cara com o tubarão. O filme é bom, mesmo tendo um final tão ruim.

As sequências não pararam e tivemos Tubarão 3 (Jaws 3-D) e Tubarão 4 (Jaws: The Revenge), totalmente esquecíveis e com uma cena inusitada, por falta de termo melhor, que é o tubarão atacando um helicóptero. (Claps)

Em 1999, surge Do Fundo do Mar (Deep Blue Sea), um dos meus filmes favoritos sobre o gênero. Uma doutora, Susan, está procurando a cura para o mal de Alzheimer e está utilizando tubarões em sua pesquisa. Para isso, elas os modifica geneticamente, os deixando mais inteligentes para que sua pesquisa seja bem-sucedida. Susan e sua equipe ficam presos após uma tempestade, no laboratório, que antes era uma antiga base de submarinos no meio do oceano. Eles ficam cercados por tubarões sedentos, mais rápidos e que anseiam ir ao mar aberto. O filme traz ótimas cenas e sequências de tirar o fôlego. O que abriu margem à exploração de ataques e cenas mais ousadas.

Tempos depois, algumas “tentativas” de filmes não fizeram sucesso, tornando o gênero trash e por vezes cômico. Alguns optaram por ser mais realista como Mar Aberto (Open Water) e outros por serem bizarros mesmo. Tem de tudo! Tubarões em tornado (Sharknado), Tubarão Fantasma (Ghost Shark), Tubarão de duas cabeças (2 Headed Shark Attack), Tubarão Gigante (Mega Shark vs Gigant Octopus), Tubarão das neves (Avanlanche Shark) e porque não um tubarão que ataca na areia (Sands Shark). E, boa parte desses filmes, tiveram sequências e se multiplicaram feito Gremlins.

Dessa enxurrada de filmes, faço duas menções honrosas. Um a Shark Night, que conta a história de um grupo de amigos que se isolam no meio de uma casa no lago. Porém, esse isolamento resulta em um grande perigo. Eles descobrem um braço no lago, deixado por um tubarão sedento, capaz de destruir até barcos e que os caçará para que não retornem à civilização, uma versão adolescente do gênero, feita pelo diretor de Premonição (Final Destination).

O outro filme é Bait 3D, em uma cidade costeira, a população é aterrorizada por um tsunami. Os sobreviventes da tragédia ficam presos em um supermercado junto com um bandido. Além de terem que lidar com a presença do maníaco, eles devem escapar de dois tubarões-tigre que a tsunami trouxe. O filme erra em tentar dar mais profundidade às histórias e vínculos dos personagens. Mas é criativo e assertivo em muitas cenas.

E em 2016, Águas Rasas (The Shallows) chega carregando nas costas toda essa responsabilidade de trazer uma nova maré de filmes desse gênero e uma renovação do tema. No trailer do filme podemos perceber um cuidado na computação gráfica do tubarão. Isso é um ponto positivo. E ainda, cenas que certamente vão lhe tirar o fôlego. A direção fica por conta de Jaume Collet Serra, do eterno filme da tela quente, A casa de cera, e dos ótimos: A órfã e Desconhecido.

Dito isso, podemos esperar um ótimo suspense, já que Jaume sabe trabalhar com um ritmo de tensão crescente. Para que o tubarão não receba toda a atenção, temos no papel principal a bela Blake Lively, uma novata nesse gênero, mas que merece ser posta à prova. Blake é reconhecida pelo público teen e a escolha também, é para trazer uma audiência nova, o que me deixa com um pé atrás, pois sempre que o intuito é encher as salas de fãs eufóricos, quase sempre a narrativa se torna rasa e espero que isso fique somente no título do filme.

O que podemos esperar é que a personagem de Blake, Nancy, travará uma luta intensa com um enorme tubarão branco em meio à praia paradisíaca, que com certeza terá ótimas cenas fotográficas.

O trailer nos avisa: “Não é só mais um dia na praia”, mas na verdade espero que seja uma metáfora para “Não é só mais um filme de tubarão” e que seja um novo renascer para o caçador marinho mais temido da história.

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