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Os Regicidas da Vida Real

Sor Jaime Lannister, personagem de Game of Thrones, é frequente chamado de O Regicida (The Kingslayer), sempre de forma pejorativa. Como o termo em inglês deixa claro (King = Rei / Slayer = assassino),  o personagem em questão deu fim à vida de seu governante máximo. Especificamente, Aerys II Targaryen, o Rei Louco. Pelo subtitulo do monarca, percebe-se o quão compreensível foi o ato. O Rei louco pediu para Jaime Lannister a cabeça de seu próprio pai, Lord Tywin Lannister . Queria queimar toda a cidade, já que não poderia defendê-la. Muitos se revoltaram contra o Mad King, inclusive Robert  Baratheon, que tomaria o trono de ferro. Até nosso herói, Ned Stark. No entanto, foi Jamie quem desferiu o golpe mortal. Reis caem como moscas em Game of Thrones, honrando o título da série de George R. R. Martin, mas ao pobre rapaz coube o título desonroso.

Ao longo da história, fora das ficções, foram diversos os kingslayers. Ainda mais se considerarmos o significado da palavra em português, que incluí também presidentes e primeiros-ministros. O regicídio é geralmente tido como crime e brutalmente punido apenas se o golpe falha e o alvo sobrevive. Do contrário, há casos inclusive em que o assassino sucedeu diretamente o trono.

João I Tzimisces – O general bizantino foi um dos responsáveis pela coroação de seu tio Nicéforo II Focas (912-969). Contudo, perdeu poder e tramou com sua tia,  a ambiciosa Teofana Anastaso que já havia sido esposa também do imperador antecessor,  Romano II. A conspiração culminou no assassinato de Nicéforo II, esfaqueado em seus aposentos. João I tomou seu lugar.

Brutus, até tu – Em 44 A.C.,   o poder autocrático de Júlio César (100 a.C.-44 a.C.) incomodava profundamente a aristocracia romana. Os senadores maquinaram a traição e em uma sessão da casa atacaram o imperador. César teria sofrido 23 golpes de faca desferidos pelos conspiradores, dentre os quais estava Bruto, um de seus seguidores mais próximos. Há controvérsia se César realmente pronunciou a famosa fala. O mais provável é que o moribundo não tenha dito nada.

Pausânias de Oréstide – O vitorioso Rei da Macedônia, Felippe II (382 a.C. – 336 a.C.), decidiu comparecer à procissão em que seria comemorado o casamento de sua filha, sem armadura nem escolta. Sua imagem seria carregada junto às dos deuses. Afinal, o governante era uma divindade entre os homens. Foi apunhalado por um membro de sua guarda (assim como Jamie), Pausânias. As motivações do assassino são controversas. A tese mais difundida é a de que o regicida queixou-se por ter sido abusado pelos homens de Átalo, sogro do rei e general macedônico. Contudo, Fellipe II foi condescendente e não puniu o ato, despertando ódio  de Pausânias. Há versões em que assassino e vitima eram amantes. E claro, a habitual conspiração familiar. A ex-esposa Olímpia e o filho Alexandre, que posteriormente herdaria o reino e se tornaria Alexandre, O Grande.

Alfredo Costa e Manuel Buiça – Em 1908 Portugal era governada pelo Rei Carlos I (1863 – 1908). Inclusive, nosso D. Pedro II, tio-avô de Carlos, esteve presente na sua coroação. A família real desfilava em uma carruagem aberta quando os disparos que partiram da multidão alvejaram o rei e o príncipe herdeiro, ferindo-os fatalmente. Os assassinos, membros do movimento republicano, foram mortos no local, pela guarda real.




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