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POLÍTICA DO CAFÉ COM LEITE NO SÉCULO XXI

A política brasileira está longe de ser democrática, meritocrática ou eficientemente representativa. O jogo é rasteiro, em que qualquer momento se dá uma rasteira, como se fosse uma luta de judô ou MMA. Quem mais leva esse tipo de golpe é o povo brasileiro.
Deram uma rasteira em Tiradentes, em Antônio Conselheiro, em Vargas (entre outros) e agora chegou a vez da presidente, Dilma Rousseff. As oligarquias novamente se levantam, outra vez querem dar as cartas do jogo!
É quase certo a saída da presidente da república pelo processo de impeachment. Assim como Vargas não resistiu, apesar do populismo, malquisto pelos poderosos, da mesma forma, o maior pecado de Dilma foi desagradar em cheio a ‘elite brasileira’.
Temer e Aécio sentaram para organizar a nova agenda do país, mesmo sem a legitimidade dos votos, sem a premissa mais representativa da democracia, a vontade popular. Mas quem precisa disso, se há outro meio? O impeachment é o argumento para o fim do populismo do PT. Na verdade, tudo ia de vento em popa, bastou um deslize e, ao mesmo tempo, uma crise política para a montagem da trama da destituição. Voltaremos a política do café com leite?
Se teremos o retrógrado sistema político da República Velha em pleno século XXI não sabemos, mas que apresenta indícios, sem dúvida. O tempo passa, deixa lições... O estado democrático de direito já não tem o mesmo braço forte, em margens plácidas.
O país está prestes a ver a história sendo reescrita por linhas similares do século passado, em que a sustentação do poder é mais sólida ao lado dos poderosos, da burguesia e forças oligárquicas. Dilma quis o povo, instável, por vezes impetuoso, com forças dispersas, ficando assim sem a força necessária para continuar no comando da nação. Caso aconteça um milagre, onde encontraria governabilidade?
Essa também é ainda realidade ainda mais latente nos estados e municípios, em que a manutenção do projeto de poder perpassa por um pequeno grupo de forma sucessiva, como se a vida política fosse um emprego público vitalício e restrito a determinados círculos familiares.
Assim, o poder passa de pai para filho e vice-versa, de prefeito para vice-prefeito e vice-versa, da família ‘a’ para a família ‘b’ e vice-versa... De modo que a política não se renova, a ideologia se perpetua e o povo a mercê, vulnerável, empobrecido, desarticulado, com baixa escolarização, não enxerga um palmo a frente do nariz, e quando vê algo é sufocado por um sistema de controle, por vários abutres ligados ao sistema de poder, que sufocam e calam os mais reacionários.
Dilma errou e vai pagar caro por isso, caro até demais, com uma quase certa e humilhante saída da presidência. Enquanto isso, uma corja de farsantes e corruptos ocupam, depois da cadeira presidencial, as posições mais importantes do país, com diversas denúncias e acusações sobre os ombros. Mas isso não tem importância, porque o objetivo é dá um chute na bunda da presidente.

Para finalizar, dizer que esse país (simbolicamente, imagem de malfeitores e salafrários) da Copa do Mundo e das Olimpíadas é constantemente visto como piada pela mídia internacional. Dizer que muitos brasileiros se envergonham (por conta disso) de sua própria nacionalidade. Dizer que os educadores se sentem combalidos com o escárnio, a pouca vergonha, sem saber como educar as crianças a partir de valores cíveis e patrióticos. Dizer que nossa herança genética e histórica, de filhos guerreiros é a nossa maior esperança contra essa zorra.


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