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Futureproof


Kevin Roose (2021). Futureproof: 9 Rules for Humans in the Age of Automation. Nova Iorque: Random House.

Livros sobre o impacto da automação e inteligência artificial têm tendência a cair entre dois extremos, o do deslumbre acrítico sobre as potencialidades da tecnologia, ou o pessimismo extremo. Este Futureproof tenta seguir um caminho de equilíbrio, mostrando que os impactos Destas Tecnologias são reais e já estão a acontecer, mas mostrando também que não só não são tão avançadas quanto o que se especula, mas também que trazem problemáticas éticas e sociais.

O livro começa com uma expectável análise de tecnologias e impactos, num tom jornalístico. Não são análises profundas, mas traçam muito bem as principais problemáticas trazidas pela adoção destas tecnologias: a substituição da mão de obra humana por automação para controle de custos e eficiência, os erros inesperados e enviesamentos algorítmicos,  o cooptar da ideia de libertação das Capacidades Humanas pelo capitalismo nu. 

É aqui que o livro nos introduz um conceito que, francamente, nunca tinha lido antes, o de boring automation. Em suma, prestamos mais atenção aos campos onde nos é prometido que os robots e a IA vão ser dominantes, embora não o estejam realmente a ser - a condução autónoma é talvez o melhor exemplo disso, do que a sectores mais discretos, burocráticos e muito entediantes, que empregam milhões em empregos cinzentos mas estão a ser automatizados, precisamente porque é onde os algoritmos conseguem ser mais eficazes. Talvez a face mais visível disso esteja na finança, na forma como o papel dos corretores se alterou  (e muitos deixaram de o ser). Se Oliver Stone filmasse Wall Street hoje, as cenas entusiasmantes das compras e vendas de ações seriam, essencialmente, luzinhas indicadoras de discos e ligações de rede). Mas outras áreas estão hoje a ser diretamente afetadas pela automação, que permite dispensar pessoas e ganhar tempo. É a regra clássica, se um trabalho se resumir à aplicação de um conjunto de regras, esse trabalho será automatizado.

O livro termina com um conjunto de regras que talvez nos ajudem a enfrentar estes desafios da automação, e resumem-se essencialmente à necessidade de cultivar as capacidades humanas que não são automatizáveis, bem como o de lutar para que a cupidez das organizações não se sobreponha ao humanismo (bem, aqui o registo histórico não é animador). 



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