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CríticaMorte: Animais Fantásticos - Os Segredos de Dumbledore

Filme espetacular.

Dos 3, até então lançados, ele consegue ser o melhor.

Apesar do primeiro ter sido excelente, o segundo acabou manchando a franquia um pouco, não por ser ruim, mas por ter um término desagradável e meio desorientador. Eu não falei nem do primeiro, nem do segundo... ainda... mas já adiantarei o que penso do terceiro.

Evitarei spoilers.

Boa leitura.

Eu adoro a Franquia Harry Potter... vi todos os filmes dezenas de vezes, joguei todos os jogos, e apesar de não ter analisado nenhum... ainda... foi apenas por eu jamais ter lido, por completo, qualquer um dos livros.

Sim, me julgue se quiser, mas eu não sou bom leitor (deve notar pela forma como escrevo) e, infelizmente, nunca me interessei em ler os livros da J.K. Howling. Mas, é apenas por não gostar de ler Mesmo.

Dito isto, meu habitat natural são os filmes, jogos e séries, e venho acompanhando as produções cinematográficas do universo Bruxo desde a infância, sempre muito animado e ansioso. Após os Relíquias da Morte porém, eu nunca mais fui ao cinema ou adquiri qualquer DVD desse universo, nem joguei nada relacionado.

Preferi assistir pela internet por streaming ou então, pela televisão mesmo. Não que a magia e o encanto não me alcançassem mais, mas a música já não me afeta mais (isso significa muito... muito).

Falarei disso um dia, muito a fundo... mas por hora vou parar de divagar e focar no filme mais recente.

"Os Segredos de Dumbledore" pertence a nova série de filmes ambientada no mesmo universo de Harry Potter, décadas antes do próprio ter nascido. Como dá pra notar pelo título, ela traz em seu elenco o próprio Alvo Dumbledore, bruxo famigerado que se tornaria Diretor de Hogwarts, a escola mais aclamada e respeitada para Bruxos de toda Inglaterra.

Só que o foco não é ele, e sim um escritor de um livro usado futuramente nas aulas do mundo todo, que naquele tempo ainda estava sendo preparado e atualizado por: Newt Scamander

Um jovem bruxo autista que é obcecado por criaturas mágicas, e tem como título o primeiro Magizoologista do mundo, e o único. Ele estuda todo tipo de animal mágico, e os resgata, preserva, adota e cuida em uma maleta mágica.

No primeiro filme (Animais Fantásticos e Onde Habitam) temos sua introdução, onde basicamente ele conhece um trouxa (é o nome que dão a quem não usa magia, os seres humanos comuns), com quem acaba entrando numa aventura inusitada e por pura coincidência, tropeça no caminho do maior vilão de sua época, Grindelwald, e ainda dá de cara com uma das ameaças ao mundo mágico mais terríveis de seu tempo: O Obscurial. Que nada mais era que bruxos reclusos pela sociedade que não podiam usar magia, e acabavam explodindo em fúria ao atingir certa idade.

As coisas viram uma bagunça no segundo filme (Animais Fantásticos - E Os Crimes de Grindelwald), com muitos caminhos se entrelaçando, envolvendo o próprio Dumbledore. Resumidamente, o Obscurial mais forte, e mais velho que já surgiu, revela-se membro da família Dumbledore, e é manipulado pelo mago das trevas vigente, Grindelwald. Scamander acaba entrando no caminho dele outra vez, mas nesse caso não há uma boa justificativa (é ai que desagrada um pouco). Pra piorar, o Trouxa com quem ele interagiu, volta também, mesmo não tendo lugar na nova trama... aparentemente.

No terceiro filme meio que corrigem os buracos e falhas e conseguem botar um pouco mais de fluidez nos eventos e participações, mesmo que usem uma fórmula esquisita pra Trama dessa vez: Aleatoriedade.

Desde o começo a proposta já nos é apresentada, onde o filme diz claramente que tratará do caos narrativo, com uma adaptação do estilo cinematográfico de "Assalto a Banco" por assim dizer, mas com tudo invertido.

Temos as peças do mistério jogadas logo no começo, e nos cabe apenas acompanhar o desenrolar sem a menor ideia de onde tudo vai chegar, pois o objetivo final, o grande "Banco" nunca é anunciado. Não sabemos nada, e isso é incrível.

Pois o filme consegue prender nossa atenção nos mínimos detalhes, na tentativa de antecipar algum dos mistérios mas sempre nos deixando um passo atrás da resposta. Mesmo o final, com a resolução soando um pouco "fácil", tudo é surpreendente e intrigante.

O foco final está no que dá título a esse terceiro filme, com ênfase no plural.

Além do enredo principal, o longa não nos deixa em momento algum esquecer seu subtítulo: Animais Fantásticos.

Scamander participa dele com muito mais que o protagonismo, agora ele é nosso guia, nosso representante na jornada pelo mundo mágico da época. Através dos olhos dele, percebemos o mundo em plena mudança, naquele tempo, e caramba... tudo começa a fazer sentido.

As criaturas que ele tanto estuda são um fator decisivo nessa realidade, e os contatos que ele faz também. Mesmo que ele não tenha intenção em se misturar nas grandes problemáticas mundiais, desde política até sociedade em geral, Scamander e seus singelos estudos acaba por influenciar diretamente em muitas mudanças, em escala micro e macro.

Este é o melhor filme até o momento desta nova leva da franquia Harry Potter, justamente por nos mostrar o quanto um livro pode afetar o curso da história.

Tem mais, a terceira proposta de Animais Fantásticos é a expansão do universo. Sair um pouco da Inglaterra e seus Trens a Vapor e Castelos Majestosos, e ir pra todo mundo, sempre com Scamander como nosso guia turístico. 

A motivação dele é o estudo variado das criaturas, claro, mas o resultado é um confronto a políticas diferentes, culturas, e fronteiras, além de claro, o universo bruxo expandindo diante os nossos olhos.

No primeiro filme, o tema foi os Estados Unidos e seu Ministério da Magia. No segundo a viagem foi por Paris, e o Ministério da Magia da França. Agora no terceiro, não há um foco exatamente, apesar de se passar na Alemanha, pois também há resquícios de outras nações, e um retorno à Inglaterra. Porém, o ambiente político da miscigenação é sem dúvidas intencional.

Eu queria ter visto mais do Brasil, e a Castelobruxo (escola de bruxa brasileira!), mas quem sabe no próximo filme ela seja mais explorada... ganchos pra isso existem.

Por hora, eu gostei.

É um filme muito bom de assistir, e resgata com maestria a essência da magia.

Sobre Grindelwald...

Não é segredo pra ninguém que o ator foi reescalado, pela terceira vez tecnicamente. Grindelwald no primeiro filme surge somente no final, revelando sua identidade já interpretado por Johnny Depp, porém durante o filme inteiro, outro ator (Colin Farrew) faz as honras como Percival Graves (neste caso o disfarce de Grindelwald) tecnicamente interpretando outro personagem mas que, era o próprio Grindelwald fingindo.

No segundo filme Johnny Depp assume o manto de vez e entrega um ótimo Grindelwald, mas por conta dos contratempos judiciais dele e a esposa, a Warner optou por retira-lo do papel, passando pra Mads Mikkelsen no terceiro filme.

Apesar dos pesares, a transição facial do mesmo não é justificada de forma alguma dentro da trama (o máximo que da pra entender é que ele teria envelhecido). Inclusive ele sofreu uma mudança significativa em suas características mais marcantes, como os olhos, que nos filmes anteriores chamavam bastante atenção, e aqui mesmo havendo a diferença, não conseguem se destacar.

A ator é incrível, consegue dar forma a um vilão meticuloso e pavoroso, além de cruel. O que ele faz é revoltante, em muitas camadas. Mas...

Confesso que em muitos pontos me confundi pois, ele é bastante parecido com outro vilão que aparece no meio da história, um cara que acaba oferecendo a chance dele se tornar uma ameaça maior do que já era: Anton Vogel, Ministro da Magia da Alemanha.

O cara tem várias diferenças em relação ao Grindelwald, mas durante o filme todas as falas e ações fazem ambos se assimilarem muito, além da aparência física deles ser bem semelhante. O que me salvou para diferencia-los foi a dublagem, onde felizmente a voz de um era um pouco mais grave que a outra. Sem isso, o cabelo grisalho de canto do Grindelwald jamais me ajudaria a identifica-lo perto de Vogel (Oliver Masucci). Sem contar que... fica bem vaga a relação que ambos tinham. Acredito até que ele estava sob a maldição Imperius, pois só assim pra ser tão babaca.

Só pra constar, Oliver e Mads não são parecidos, mas pela maquiagem e fotografia do filme, ficaram bem parecidos. Daí a grande confusão (pelo menos pra mim). Nessas horas, eu até prefiro a versão mais caricata do Depp.

Enfim...

É isso! Lembrando que isso tudo é só minha opinião. Você pode acabar assistindo e curtindo muito mais do que eu, ou odiando o resultado. Ai vai do seu gosto mesmo... mas eu recomendo.

Se você foi como eu e não gostou do segundo Animais Fantásticos, acredito que compense ver o terceiro pois, ao menos corrigir os erros eles corrigem.

See yah.




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