Essa vai ser curta mas, aqui vamos nós:
O Gambito da Rainha
Boa leitura.
Sinceramente, não consigo pensar em muito pra escrever sobre essa série.
Ela é curta, com apenas 7 episódios, e apesar de se estender um pouco pela duração de quase 1 hora cada, seu enredo não é tão grandioso assim, não deixa pontas pra continuidade e nem precisaria disso. Além do mais, ele conta uma boa história, de certa forma direta e sem enrolações, com inicio, meio e fim.
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O gênero dele é drama esportivo(?!), e da pra entender melhor quando conhecemos a sinopse: Uma jovem descobre aptidão em Xadrez, e acaba seguindo carreira nesse jogo, se tornando uma das melhores do mundo.
Claro que, a série nos faz mergulhar nas reviravoltas, altas e baixas desse processo. Todas as perdas que a protagonista teve, todas as descobertas, todas as conquistas e claro, todas as derrotas.
Mas o foco fica justamente numa única jornada, a dela se tornando a melhor no que faz.
O bacana é que, enquanto a história dela progride, outras são contadas em paralelo, ofuscadas por seu brilho mas ainda presentes, o suficiente para que percebamos. Ocorre com a história do orfanato em que ela cresceu, com sua mãe biológica perdida na infância, com a mãe adotiva que também acaba sendo perdida, e dentre tantos outros, com o Zelador Enxadrista que a inspirou e descobriu.
O que aprendemos com a experiência de assistir tantas narrativas se chocando com a protagonista é tão somente que... a vida é um balaio de eventos misturados.
Todo mundo vive de uma forma, todos tem sonhos, e todos os perseguem à sua própria maneira. Uns vencem rápido, outros custam a chegar la, e uns desistem no caminho, mas todo mundo ta vivendo e lutando.
A mensagem da série não é apenas um ode ao Xadrez, nem àquela jogadora excepcional e talentosa que só precisava aprender humildade pra de fato vencer. A mensagem por trás da obra, ao meu ver, seria como a vida é espetacularmente variável desde sempre.
Se você tem um sonho, acredite em seu potencial e manda brasa. Uma hora você chega lá, e se não chegar, continue tentando, sua parte por si mesmo você ta fazendo.
E é isso. Eu não vejo razão pra dar spoilers ou enrolar mais. A própria série é simples o suficiente pra contar tudo isso de forma fácil de entender, então é só assistir, eu acho que compensa mais.
Eu não conseguiria transmitir com um texto o que a série passa, pois ela aborda todo uma jornada de vida e busca por vitória que, só acompanhando pra realmente sentir e compreender.
No mais, devo adiantar que, as partidas de Xadrez são muito dinâmicas, combinadas com ótimas edições e cortes, e uma trilha sonora incrível.
E pra quem acha que Xadrez é algo chato... assista e entenderá o quão desafiador, divertido e impactante esse esporte é. Eu curto Xadrez, mas não jogo oficialmente desde o dia que fui derrotado por um dos meus melhores amigos em um torneio.
Isso realmente abala a gente.
Pior é ter de ir na casa dele e ver o troféu ali na estante todas as vezes! Parece até que ele colocou la de propósito, num local que eu sempre veria e lembraria do dia em que ele me derrotou.
Só não entendi aliás, a razão da série se chamar "O Gambito da Rainha". Primeiro que na dublagem os caras não usaram a palavra "Rainha" uma única vez. Eles chamam a peça de "Dama" assim como os profissionais na área. Segundo que esse é só um dos movimentos de Xadrez pré-existentes.
Acontece que, nesse esporte, tem muitos movimentos quase que coreografados que você pode fazer se tiver cabeça pra decorar. São sequências que sempre te levam pra vitória, variando e dependendo somente das respostas do oponente.
O "Gambito da Rainha" é quando o jogador inicial pega uma peça e sacrifica ela de propósito pra ter vantagem no jogo, redirecionando o outro jogador pra alguma armadilha que ele queira preparar (é o que eu entendi resumidamente).
É só um de vários movimentos que todos usam na série, e olha que usaram pouco. Um movimento muito utilizado é a Defesa e Abertura Siciliana, mas sinceramente, eu não tenho a menor noção de quais são esses movimentos.
Na real, eu particularmente jogo por instinto, movendo as peças como achar melhor, e me adaptando ao jogo que vai surgindo. Mas, muitos jogadores preferem seguir quase que "roteiros" para terem essa coreografia e vitória quase que automática (Tipo, todo mundo que sabe realmente jogar! Eu sou muito ruim meu).
Acho mó chato sair decorando tudo e dando nome aos movimentos, mas, tem gente que ama e precisa fazer isso pra conseguir jogar. Cada um com seu jogo.
Bem, agora sim é isso.
Nem da pra dizer que o título da série é pela protagonista fazer sacrifícios em prol de suas derradeiras vitórias pois, o tempo inteiro ela tem ou não controle do que fará na vida. A vida é assim no fim das contas, e nem tudo está nas mãos dela.
Assista se puder, ta na Netflix e, é bom pra relaxar um pouco.
See yah!