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SérieMorte: Vikings

Já ouvi muita gente falando da série Vikings e de como era interessante, uma série originária do History Channel que foi comprada pela Netflix e transmitida em 6 temporadas longas, de 20 episódios de quase 1 hora cada.

Tomei coragem, tirei um tempo, e maratonei.

Aqui vão minhas impressões.

Boa leitura.

Dizer a real comecei a assistir por causa da minha chefe, colega, irmã e amiga do trabalho, quem recomendou indiretamente. Ela fazia comentários filosóficos a respeito de como os Vikings eram brutais e como a história da religião era bem complexa, que acabei ficando curioso.

Não nego que fiquei chocado com o fato dessa série ter um nível de violência gráfica e nudez altíssima, no entanto tudo meio que faz sentido e é inquestionavelmente importante pro enredo.

Agora, o enredo por si só é a cereja do bolo. O que mais gostei aliás, foi o constante debate sobre religião, e sobre como cada povo segue Suas próprias crenças, além de como tudo isso fica quando posto frente a frente.

Na verdade o debate rola muito mais em torno do paganismo nórdico em comparação ao cristianismo, pois a época retratada é o ápice da era Viking e suas explorações, guiada pela Mitologia Nórdica, em paralelo a ascensão do Cristianismo em torno do mundo.

Outras religiões como a Romana, Budismo e Árabe chegam a ser mencionadas, mas normalmente servem só de argumento pra mostrar o quanto o Cristianismo cresceu e se espalhou.

Outro ponto forte abordado é o cultural. Diferentes povos e Seus hábitos chocando-se uns com os outros em meio a guerras sobre quem resistirá mais.

Claro que, nós acompanhamos principalmente o lado dos Vikings, e sua luta incessante pela sobrevivência de seus deuses. Mas já temos plena ciência de como tudo terminará, visto que a série se baseia em fatos reais.

Tanto figuras histórias e lendas, como eventos. Muito do que é mostrado tem sim seu embasamento na realidade, apesar de também terem suas adaptações e frutos fictícios.

Algo que com toda certeza me agradou foi o fato de reforçarem a existência dos deuses, e de Deus, e de todas as figuras que os personagens acreditam, em seus respectivos pontos de vista.

Até mesmo monstros chegam a ser vistos, e não da pra negar que a ameaça desses monstros foi real pra queles que os viram, mesmo que fosse apenas algo da imaginação.

A série flerta constantemente com o sobrenatural, como faz por exemplo com o Vidente. Tal personagem tem a habilidade de prever o destino de todos, e ele nunca erra, em nenhuma de suas previsões. Além disso, ele nunca morre.

O bacana é que até isso é questionado em alguns pontos, levantando a dúvida sobre suas profecias darem certo por incitarem os envolvidos a buscarem por elas, por conta dos enigmas das palavras do Vidente, assim como a falta de detalhes das profecias.

Por outro lado, o místico tem seu lado ainda bem presente e real, como ocorre com a aparição dos deuses. E sim, vários deuses aparecem, não em imagem, nem em vislumbre somente, mas fisicamente e assumidamente como deuses.

O próprio Odin aparece! E foi essa a parte que me vez recomendar a série pros meus irmãos. Como ele surge, é simplesmente impressionante, e o que ele faz e diz é equivalente a grandiosidade do momento em que surge.

Da mesma forma, Deus também aparece, mas seguindo bem mais o Cristianismo. Exceto por um vislumbre em meio a guerra, de seu corpo físico, sua presença vai de encontro ao que o Cristianismo prega, que é onipresente, onisciente e um ser de pura luz.

Sempre me perguntei sobre o quanto de semelhanças que os deuses de outras culturas tinham com o padrão "deus, anjos e santos" do cristianismo. E isso é algo também bastante questionado em discursos da série.

Os personagens defendem com unhas e dentes seus deuses, seus hábitos, suas culturas, suas crenças... no entanto alguns ousam questionar: "Mas e se forem todos os mesmos?".

Sabe, somos levados a momentos de real indignação, e alguns de extrema satisfação, quando acompanhamos os destinos e desfechos de personagens tão bem construídos e desenvolvidos, em meio aquilo que acreditam.

O Valhala, o Paraíso, ambos existem para aqueles que acreditam. É assim que a série aborda essa dúvida universal, e ela faz questão de validar isso com os personagens chegando aos seus tão sonhados objetivos ao estilo "O Labirinto do Fauno". 

Não quero dar spoilers, não quero me estender, apenas quero dizer que compensa assistir.

Essa é uma jornada de Vikings pelo mundo, conhecendo a Inglaterra, França, Arábia, China, Rússia e até mesmo Índia, se não me engano. Com muita guerra e sangue, sacrifícios, e algumas coisas bem tensas, podemos assistir e conhecer um pouco de como esse povo foi, como suas crenças lhes serviam, e como eles "terminaram", de certa forma.

Ah, mas nem tudo é perfeito viu. Tem muitas conveniências de roteiro, e facilidades que ocorrem só pra história continuar. Nada disso prejudica a experiência, e da pra relevar, mas que existe, existe. Por exemplo os mensageiros relâmpagos que conseguem viajar por mares desconhecidos e chegar exatamente onde precisavam.

Tem também a facilidade que o pessoal encontra pra aprender idiomas diferentes. É um destacado mérito o fato dos povos retratados usarem seus idiomas reais/naturais as vezes, incluindo os nórdicos. Porém as vezes um personagem se vê preso em um novo mundo no qual nada sabe dizer, e não demora (em tela) pra que aprenda a falar perfeitamente.

A série também tem uma passagem de tempo bem precoce, com meses e até anos passando de um episódio pro outro. Isso ocorre bastante, mas novamente não prejudica a experiencia (deixa meio vaga as vezes, mas não é nada tão ruim assim).

E pensar que tudo começa com um jovem Viking sonhador, e um Viking construtor de barcos maluco, se unindo pra explorar o proibido.

Queria falar mais a respeito mas, assista. Talvez fique surpreso. 

See yah!



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