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O Filme Visto de Hoje: Léon - O Profissional

Apesar da minha preferência por filmagens voltadas pro gênero terror em estilos mais realistas, eu assisto todo tipo de longa, mas não costumo analisa-los aqui, com algumas raras exceções. Existem alguns filmes que enquanto não digito sobre, não descanso, então aqui venho relatar minha experiência mais atual...

Léon
O Profissional


Esse filme é de ação com drama e, não é recente, na verdade é um filme até que bem antigo (1996 - França), que eu desconhecia e tive a sorte de assistir acidentalmente, pelo Universal Channel... Isso a primeira vez...

Bem, tentarei contar tudo o que puder, na verdade eu não sei tanto, mas quero compartilhar esse pouco de conhecimento... sem contar que minha memória é horrível e não quero que esse filme suma da minha mente... enfim...

Boa leitura.


Esse filme chamou minha atenção principalmente pelo ator que protagoniza ele. Esse cara interpretou um personagem em Onimusha 3, que foi a primeira vez em que notei um rosto familiar em um personagem de vídeo game, que não fosse a própria pessoa, mas sim um ator interpretando um personagem como em um filme mesmo. Confuso? Eu explico...



Existem jogos em que ocorre a captura de movimento e expressões pela utilização de atores e tal, como no caso de Until Dawn, mas isso nem sempre é notado, pois a aparência dos personagens geralmente é original e tal, ou simplesmente animalesca de mais. Mas, em alguns casos, o personagem recebe o visual facial do próprio ator e, nesses casos, é impossível não assimilar.

Esse ator, Jean Reno, tem uma feição memorável e, sempre que o vejo, lembro de Onimusha, mas até hoje eu nunca conseguia me lembrar de um filme em que ele tenha participado, justamente pela minha péssima memória... mas ai conheci "Léon", personagem este que jamais esquecerei.


Outra coisa que me chamou a atenção foi a garotinha que co-protagoniza, uma inocente porém inquietante menina de 12 anos que, foi impossível não notar... o momento em que eu precisei parar tudo pra assistir foi quando ela diz estar morta, pelo telefone, e menciona seu nome em terceira pessoa: Mathilda.


Na mesma hora lembrei de outro filme, de uma mocinha jovem chamada Matilda com super-poderes, e uma mulher gorda em uma escola... as informações se chocaram na minha mente, principalmente pela situação em si, afinal a menina diz "A Mathilda está morta" pra uma diretora de escola que ligou pra falar com seu pais, sobre o sumiço da Mathilda... somando isso com o fato da família da menina menospreza-la (eu havia visto ela sendo maltratada de relance), o que coincide com o tratamento da outra Mathilda, do outro filme, que não tinha mais nada haver além do nome e da situação familiar... alias o nome da outra moça é "Matilda", de um filme de mesmo nome de 1996.


Ambos são bem diferentes e feitos por elencos e diretores diferentes, a história não tem nada haver mas, na minha cabeça, foi isso que me fez prestar mais atenção no filme. Eu precisava entender o que tava havendo então, comecei a assistir.

A Mathilda, com uma roupa muito estranha e uma gargantilha que, bem, é bem interessante, acaba se destacando muito, tanto que eu precisava saber quem essa moça era e ai, Natalie Portman. Encontrei o nome da atriz e do filme (vendo pela programação da Universal) e me surpreendi... essa moça é a Padmé de Star Wars... 


Eu jamais reconheceria... e foi nesse momento que minha atenção se prendeu por completo, ao ver o que parece ser uma das cenas mais chocantes do filme...


A História

A mocinha testemunha, após sair pra comprar leite e retornar ao seu prédio, toda sua família massacrada, com direito a sangue escorrendo pra fora de seu apartamento, e ela caminha em linha reta, tentando não esboçar reações pra não chamar a atenção do cara mau na frente da porta, e ai vai até o vizinho, toca a campainha e suplica pra ele abrir antes que a notem. 


O cara, que estava de tocaia, armado, assistindo tudo pelo olho mágico e preparado pra atirar caso fosse incomodado, abre a porta e acolhe a mocinha. E ai começa o filme de verdade...


A história gira em torno de Léon, um assassino profissional que acolhe Mathilda, uma menina de 12 anos e órfã. Ambos passam a conviver e é isso.


Se, o fato de um assassino profissional cuidar de uma menina que não tem qualquer vínculo familiar com ele não te soa polêmico, talvez saber o objetivo da mocinha com isso soe: Ela quer se tornar uma assassina profissional pra matar aqueles que mataram sua família, porém ela não quer vingar a morte da família toda, afinal ela mesma os mataria se pudesse... 


Ela apenas quer vingar a morte de seu irmão de 4 anos.


E se uma menina de 12 anos com desejos vingativos não soa polêmico pra você ainda, saiba que ela se apaixona pelo assassino profissional, e chega a se tornar amante dele. 


Mas calma, calma, sei que é difícil porém, calma. Mathilda e Léon passam a compartilhar afeição, que vai além do comum, e inicialmente se assemelha ao amor fraternal... mas supera isso, por ambas as partes, e rola romance. A moça chega a descrever o amor que sentia, e o cara chega a ficar todo confuso com o que sente por ela, e ambos até dormem juntos, mas calma, pelo amor de Deus, calma, não rola nada sexual, e jamais rolaria.


Léon é um adulto, de idade avançada (eu acho que passa dos 30) mas ele é recluso, tímido, e por incrível que pareça, ele é ingênuo. Tudo o que ele sabe fazer, é seu trabalho como assassino, aos mandos de um cara que lhe passa as missões e "guarda" seu dinheiro (o cara é gente boa mas abusa muito da ingenuidade de Léon). Com essas características, ele não é capaz de pensar em Mathilda de uma forma física, tanto que fica evidente sua surpresa quando ela diz que ta apaixonada por ele... 


Mas, ele aprecia o carinho dela, e aos poucos se apaixona da mesma forma. 


No começo, ele quer se livrar dela, mas ele passa a gostar e até busca agradar a mocinha. e no final, ele assume o que sente, e faz tudo por ela (ele chega a dar uma roupa decente de presente mas ela faz mó descaso).


Mathilda é uma criança, de 12 anos declarados (a atriz tinha 11), que esbanja provocação. Não só pela vestimenta, mas os jeitos, ela não faz isso de propósito, mas ela esbanja sensualidade. É complicado explicar, mas já me respaldo dizendo que é algo proposital pelo diretor. Ele buscou justamente por alguma atriz que conseguisse provocar e sensualizar, de uma forma sutil, razão pela qual ele inclusive optou por garotas com uma idade mais avançada (15 anos pra cima), e recusou Natalie na primeira entrevista, mas posteriormente ele acabou escolhendo ela e... foi uma boa escolha. Ela cumpre o papel perfeitamente, e chega a ser algo desconcertante. 


Tem várias partes complicadas pra se explicar, mas tem uma que ilustra bem a personalidade de Mathilda: Pra descontrair, ela pede pra Léon brincar com ela, e começa a se fantasiar pra ele adivinhar quem ela é. Logo de cara ela veste roupas intimas por cima da roupa normal dela (que por si só já não é tão adequada assim) e interpreta a Madonna, cantando "Like a Virgen". 


Depois ela veste um vestido branco, passa maquiagem e começa a cantar "Happy Birthday To You, President", interpretando Marilyn Monroe, sendo o mais sensual possível (e sim, essa é a palavra, apenas veja a foto...)


E logo em seguida, percebendo que Léon não consegue identificar as atrizes... (olha a cara dele na última)...


Ela passa pra um personagem masculino, vestindo-se como o Charlie Chaplin, fazendo os mesmos movimentos dele e até pinta um bigodinho... nessa parte ela deixa a entender que a malicia tava nos olhos de quem via...


Daí ela se veste como o cara do Cantando na Chuva, e por ser um filme que Léon amava assistir, ele reconhece facilmente... pois então... depois ele se fantasia e tal, é engraçado e tal, mas tudo isso serve mais pra mostrar exatamente como a mocinha é involuntariamente sensual. Mano, a parte do Happy Birthday é esquisita, é difícil assistir e não pensar "Mano, isso ta muito errado"... mas no final das contas, os limites são mantidos.


Bem, Léon passa a enfrentar o estranho relacionamento com Mathilda, e enquanto isso, o espectador aprende a gostar dos dois, e torcer pra que ao menos eles consigam sobreviver à trama. Alias, ele treina a moça na arte da "limpeza", sempre relutante, porém confiante e objetivo. 


Em troca, a menina cuida dele, faz compras, limpa os apartamentos (eles se mudam com frequência) e até o ensina a ler e escrever (sim, ele não sabia). 


Léon era italiano (curiosamente, o ator é francês, o filme é francês, mas o personagem é italiano, pelo menos os bandidos o descrevem assim), e não tinha domínio do inglês, razão pela qual ele conversa pouco. Ele também não tem amigos, exceto o cara que da trabalho pra ele (que tecnicamente, não é seu amigo) e uma planta, que ele cuida como se fosse filha dele. Alias... o filme faz questão de ressaltar o tratamento de Léon com a planta, e ele sempre é mostrado colocando a plantinha pra tomar banho de sol todo dia, uma rotina tão comum, que se torna praticamente uma regra. 


Mathilda chega a questionar sobre a planta, e ele responde que, a planta não é de falar, é confiável, sempre ta feliz, e não tem raízes (ela vive num vaso) exatamente como ele. A moça chega a ser cruel com sua resposta, dizendo que "Se você ama mesmo a planta, você a plantaria num parque pra criar raízes". Isso é uma indireta... e ele faz sua comparação com tamanha alegria, que chega a ser tocante ver seu sorriso sumir com a réplica da sincera garota.


E é isso, o relacionamento de ambos é o foco de boa parte do filme, até que Mathilda começa a tentar dar cabo do assassino de seu irmão, sozinha. Ela pensou em contratar Léon, mas ele logo disse o preço, algo que ela contorna posteriormente, voltando ao apartamento do homicídio e pegando o dinheiro escondido de seu padastro, e deixando para Léon com uma cartinha de despedida e amor.


Ela tenta pegar o principal assassino sozinha, da muito errado, e o Léon resgata ela matando todo mundo, é muito show. O cara, secretamente, estava matando os assassinos do irmão de Mathilda, então ele já tava ciente de quem eram os caras, e o que eles eram: Policiais.


O principal vilão era um policial da narcóticos que matou a família de Mathilda pra pegar drogas, só isso. A moça era um de seus alvos também, mas Léon tinha salvado ela. Porém, quando ela aparece pra mata-lo, ele quase acaba com ela, drogado como ele tava, quase mata ela ali mesmo, no banheiro masculino do prédio da narcóticos (ela tinha se disfarçado de entregadora de comida e levou várias armas pra matar o cara, seguiu ele até o banheiro e foi surpreendida). 


Por sorte, Léon já tinha aprendido a ler, pegou o bilhete, e foi atrás de Mathilda. Em 10 minutos tinha resgatado ela, mas o policial corrupto é o último a ficar vivo. Daí ele resolve caçar o "italiano" que apagou seus parceiros e, leva toda a polícia ao prédio de Léon e Mathilda, em um ataque total e mortal. Os caras não vão la pra prender, vão pra matar... 


O Final
SPOILER - SPOILER - SPOILER

Depois de dormir com com Léon (não pense maldade, eles apenas dormiram... ela tava de roupas intimas e tal, mas ela só tava vendo ele roncar... rola piada com isso... para de maldade seu infeliz!)...


Mathilda tinha saído pra comprar mantimentos, e mais uma vez, chega quando a merd4 ta no ventilador industrial. Os caras raptam ela, mantém ela como refém enquanto atacam Léon... mas ele consegue liberta-la, e se despedir.


Esse é aquele tipo de filme que te faz amar os personagens pra sofrer com suas perdas... e nem preciso dizer como termina né? 


Eu não quero dizer. O filme faz questão de alimentar uma esperança que já não existe, principalmente quando você já ta acostumado com histórias clichês em que o herói se sacrifica no final... no caso, em vários momentos Léon faz ou diz algo que sugere que ele não sobreviverá, como o momento que ele pede pro seu patrão dar todo o dinheiro dele pra Mathilda, caso algo ruim ocorresse com ele... 


O final é injusto... Léon sobrevive a toda a provação, combina com Mathilda um ponto de encontro após abrir um buraco pra ela e a planta fugirem (por onde ela quase não passa, o que evidencia que não seria uma rota de fuga pra ele) e numa manobra genial, ele consegue sair vivo, passando despercebido por todos os policiais... 


E ai... o fdp do policial corrupto aparece.


Mathilda no fim se encontra com o patrão de Léon, ambos lamentam a perda... o cara usa o mesmo golpe com Mathilda (da 100 dólares pra ela e pede pra voltar na semana que vem... alias ele quem entregou, sob tortura, a posição do casal) e... a mano é ruim dizer isso.


Eu sou meio emocional de forma absurda e tipo, eu to chorando horrores por causa dessa bost4 de filme. Eu realmente gostei da história e o final foi de amargurar a alma... bem... Mathilda vai pra quela escola que ela fugiu no inicio de tudo e conta sua história, é acolhida e por fim, planta Léon, a planta de Léon... 


E diz que agora eles ficarão seguros... eu sou doente... só pode, eu to realmente chorando e eu assisti essa porcaria ontem... cara como eu odeio filmes dramáticos... pif...


O policial corrupto matou Léon, que não morreu sozinho e detonou um colete de bombas, dizendo "Faço isso por Mathilda". 


Fim.

Assista. Eu sei, é doloroso pra caral%$, eu já contei o final tudo, já estraguei as surpresas, mas eu te desafio a assistir, se já não assistiu é claro. A versão do diretor, pelo menos a que ele reconhece como sua versão mesmo, tem algumas censuras. Na real são cortes de coisas que reforçam a relação de Léon e Mathilda, que o público é incapaz de relevar, mas que nada comprometem a narrativa. A versão estendida conta com 30 minutos de cenas extras e bem, assista qualquer versão, pois vale a pena.

Eu precisava relatar esse filme. Eu não quero esquecê-lo...

Alias, o diretor e roteirista escreveu esse filme em 30 dias de tédio... e tipo, deu de presente pro Jean Reno, que topou filmar... o filme foi um sucesso, e o diretor (Luc Bessom) fez o roteiro da continuação logo após, mas ele queria que Natalie Portman reprisasse seu papel, o que exigiria tempo pois a personagem estava mais velha. O cara saiu do estúdio original, criou seu próprio, mas perdeu os direitos autorais (yep, que merd4) mas, Natalie diz querer que esse filme se torne realidade... tipo... seria um "Mathilda, a Profissional"... eu sei la... não seria a mesma coisa... mas eu adoraria(ei) assistir.

Ah, e antes que eu me esqueça, ao que parece a ideia de fazer toda essa polêmica de idades e tal, foi proposital por parte do diretor... era algo inspirado na própria vida dele, onde ele estava se casando com uma atriz, que trabalhou com ele e se apaixonou, em torno dos 12 anos... e ele era bem velho já (mais de 30). A ideia do filme, ao que parece, é mostrar que nem tudo é preto no branco... enfim...

E ai? Curtiu? Eu não disse nada novo, você pode achar essas informações tudo por ai na net... fiz isso mais pra registrar o que penso, o que sinto, o que vi... e é estranho... eu não chorei quando assisti, me senti mau, mas não chorei... porém agora eu to em prantos... por pura frescura só pode.

Bem, obrigado pela leitura e... 

See yah! 


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