O chefe de gabinete militar israelense, Herzi Halevi, disse na noite de domingo que teme que a controvérsia sobre a Reforma Judicial leve a que mais jovens israelenses se recusem a se alistar, comprometendo a eficácia do exército.

Essas preocupações foram expressas por Halevi durante uma reunião com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o ministro da Defesa Yoav Gallant. Segundo o chefe do exército, um número crescente de reservistas está dizendo que vai se recusar a cumprir o serviço de reserva voluntário em protesto contra as reformas.

Diante desse vento de revolta, Gallant instou o primeiro-ministro a iniciar um diálogo entre a oposição e a coalizão governista sobre a reforma judicial, a fim de apaziguar os manifestantes e chegar a um acordo. O líder do partido Unidade Nacional e ex-ministro da Defesa, Benny Gantz, que se opõe à reforma, também expressou sua preocupação com o espírito de protesto que varre os militares, dizendo que enfraquecer o exército - e, portanto, o país - não era a maneira certa de expressar oposição ao projeto de lei.

As declarações foram feitas horas depois de 37 dos 40 pilotos reservas de uma unidade de elite da Força Aérea de Israel anunciarem que não participariam de alguns dos exercícios programados para esta semana em protesto contra a reforma judicial.