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Amor, Sublime Amor

Embora não seja um refilmagem do filme homônimo de 1961, mas sim uma nova adaptação do musical original da Broadway, o novo Amor, Sublime Amor não pode escapar de um questionamento comum aos remakes: sua existência é necessária? Ninguém menos que Steven Spielberg, resolveu encarar o desafio de mostrar que é preciso sim uma releitura desta história clássica.

Uma versão musical de Romeu e Julieta passada no Upper West Side em Nova York. Esta é a sinopse mais simples de Amor, Sublime Amor, que conta a trágica história de amor entre Tony (Ansel Elgot) e Maria (Rachel Zegler). Ela uma porto-riquenha recém chegada à NY, ele um ex-membro de gangue em busca de uma vida mais pacifica. Casal pertencente à lados opostos à guerra entre os Sharks e os Jetts, que é inflamada pela aproximação dos dois.

O romance trágico entre jovens de grupos rivais é conhecido do público, assim como algumas músicas icônicas da peça. Mas é verdade, a produção de 61, não conversa mais com as gerações atuais. Seja pelo ritmo, seja pela representação problemática dos personagens latinos. Então sim, talvez seja realmente a hora de uma releitura. O que não significa que a tarefa vai ser fácil. 

Afinal, amor à primeira vista e com pouco tempo de desenvolvimento é complicado de vender. Então Spielberg aposta nas motivações e carisma dos atores para estimular nossa empatia, e nossa consequente torcida por eles. Tony é determinado, insistente e deseja uma vida melhor, Maria é adorável, sonhadora e anseia por independência. Ansel Elgot surpreende com habilidades de canto e dança, mas é a novata Rachel Zegler quem surpreende com presença em cena e canto impecável. 

Outros que se destacam são David Alvarez, e principalmente Ariana DeBose. Imponente e esbanjando carisma, a nova interprete de Anita torna as cenas mais cativantes sempre que aparece, além de entregar performances musicais e de dança incríveis. E por falar em Anita, a presença de Rita Moreno interprete da personagem do filme de 61 no elenco, é um belo aceno para os fãs do longa original.

Cenários grandiosos, abrigam números musicais, são deslumbrantes bem coreografados, e um pouco longos. Tracionais nos palcos, e em musicais antigos, as coreografias mais longas, podem não conversar tão bem com as gerações acostumadas com musicais de hoje.

Aliás não são só as danças que evocam filmes de outrora. Spielberg se utiliza da tecnologia e facilidades de hoje, para emular musicais clássicos. A textura da imagem, a fotografia, o posicionamento de câmera e até a movimentação dos atores em cena, nos fazem ter a curiosa sensação de estar assistindo uma produção de outra era. Se este visual característico vai conversar com outras gerações, cabe ao público decidir. De qualquer forma, é tecnicamente perfeito e visualmente belo.

Sim, Amor, Sublime Amor, precisava de uma nova versão para ser devidamente apresentado às novas gerações. E a versão de Spielberg, tem carisma e personalidades próprias para não viver à sombra do clássico da década de 1960. Elenco eficiente, boa música, cenários perfeitos e belos figurinos completam o pacote de uma produção tecnicamente impecável. Resta saber se as escolhas por um tom mais grandioso e solene vai encantar o público de hoje, assim como o fez com outras gerações. Eu achei um bom filme.

Amor, Sublime Amor
2021 - EUA - 156min
Musical, Drama



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