Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Qualidade na Gestão de Fábricas: papo carreira com Fabiana Medeiros

Nessa nossa décima a Gente vai falar então sobre a importância da qualidade na gestão de fábricas. A nossa convidada sabe muito bem disso e é um exemplo brilhante de aplicação. A Fabiana Medeiros é engenheira química, pós-graduada em engenharia de qualidade. Ela tem MBA em gestão de negócios pela Fundação Dom Cabral. Atualmente ela é gerente de manufatura de uma grande empresa com foco em liderança de pessoas e performance.

Desde o início você seguiu pela área da qualidade, mas Você passou aí por várias cidades, como foi seu percurso e o que destaca de aprendizado?

primeiro é um prazer eu quero comentar que eu sou muito apaixonada pelo que eu faço eu me formei em engenharia química e trabalho em fábrica que é a minha grande paixão e hoje eu estou na minha décima terceira mudança então na minha vida profissional muitas coisas aconteceram por algumas vezes por necessidade minha mas a grande maioria por uma necessidade da própria empresa. Eu Acho que eu sempre estava disponível e muito sedenta por conhecimento, desenvolvimento e aprendizado.

Cada desafio, cada transferência ela vinha pautada a uma promoção ou um ou algum desenvolvimento que fazia aquele friozinho na barriga, que eu digo que é muito gostoso, que é quando a gente diz assim, eu acho que eu estou apta, mas eu não sei se tá cem por cento pronta pra isso, mas a gente desenvolve isso e eu acho que o que mais me, me deixou fortalecida  nas nessas tomadas de decisão era uma segurança muito grande daquilo que eu gostava de fazer

Como você comentou eu trabalhei dezesseis anos na área de qualidade como gerente de qualidade, como regional de qualidade e eu acho que como regional eu até pontuo você está distante da operação você faz um trabalho de consultoria mas a responsabilidade do resultado é sua. Então é diferente de uma consultoria porque você está inserido no contexto. Então o PDCA eu usei ele muito fortemente ao longo do meu trabalho porque a gente tinha que ter objetivos e planos muito bem definidos, o direcionamento do caminho. Mas ao longo dessas mudanças o que eu digo pra você a flexibilidade e adaptabilidade ela ela sempre teve muito forte na minha carreira.

Queria que você contasse um pouquinho mais com detalhes suas vivências em qualidades dentro de fábrica, e se você sentiu resistência pelo fato de ser uma mulher dentro de uma fábrica, como lidar com isso?

Como eu comentei foram dezesseis anos na área de qualidade e eu acho é uma área que eu sou apaixonada porque você faz interface com todas as áreas da fábrica, né? Eh você você fala com manutenção, você fala com o meio ambiente, você fala com segurança, você fala com a produção, você tá ali e você trabalha com todos os níveis. Então é uma área de muita interface e realmente o chão de fábrica principalmente há vinte e seis anos atrás a figura feminina era mais escassa do que é hoje.

Mas eu acho que ao chegar na área eu sempre fui uma pessoa que tinha liderança a minha primeira atividade ao sair da faculdade já foi uma uma atividade de supervisão e de coordenação. Então já tinha pessoas ali numa quantidade menor. mas pessoas a ao qual eu tinha que desenvolver liderança recém saída de uma faculdade cheia de informações importantes, mas você lidar com aquele operador de amplo conhecimento que sabe tudo sobre a fábrica e tudo mais e vai ser coordenado e liderado por uma pessoa inexperiente, uma pessoa que está ali pra aprender? Eu trouxe muito amor e muita paixão pelo que eu fazia mas uma humildade muito grande. Eu acho que isso é fundamental pra que a gente possa aprender, ter escuta ativa e estar aberta ao aprendizado.

O posicionamento sempre muito forte e aí quando você tem um posicionamento forte eh que você tem você direciona eh aquilo que você acredita. Sempre fui uma pessoa muito alegre mas naquela época eu era uma pessoa mais reservada. A gente não era muito de falar de vida pessoal. Até como uma forma de se blindar exatamente por esse mundo muito machista dentro da da indústria. Mas eu eu não tive problemas ao longo da minha vida pessoal, eu digo que assim, os poucos problemas que eu tive não foram coisas grandiosas, foram coisas que a gente conseguiu contornar, a gente conversou, mas é muito de você também trazer a transparência, a verdade pra aquilo que você fala junto com teus liderados.

Na sua percepção quais principais habilidades um líder um líder tem que ter?

Eu acho a gente ter essa escuta ativa constante né? E essa flexibilidade no dia a dia ela é importante. E ter um direcionamento claro de pra onde nós estamos seguindo. Eu acho que também as pessoas, os liderados precisam te conhecer e saber quem é você. Quem é a Fabiana que está aqui conduzindo e levando esse direcionamento? E pra isso você precisa ter um propósito claro.

Eu sempre busquei muito isso no dia a dia de deixar muito claro pras pessoas quem sou eu. Inclusive tem uma frase do meu propósito que eu tenho ela na minha mesa do trabalho e que eu gosto muito de falar sobre ela porque me representa. É brilho nos olhos, faca nos dentes, coração quente em defesa dos meus sempre, essa sou eu.

Então é desta forma que eu tento passar pras pessoas eh a a energia positiva no trabalho que eu faço mas também nos momentos de conflito o que que é importante. E eu acho que o líder hoje, também depois de toda essa pandemia a gente está em constante mudança né? E com a entrada de com com tantos outros temas que são importantes eu trago algumas coisas que a gente precisa no dia a dia quanto líder, de inovação eu acho que assim pensar fora da caixa.

Queria que comentasse mais detalhadamente a sua experiência com essa aplicação, o que as pessoas tem que aprender exatamente com WCM?

o WCM hoje é uma ferramenta um sistema de gestão, uma metodologia japonesa muito utilizada na Toyota e com foco em excelência operacional. Eu acho que o WCM ele é dividido em pilares gerenciais e pilares técnicos. Eu acho que o que eu aconselho e falo muito inclusive no dia a dia é que a gente não pode olhar essa melhoria contínua como sendo algo fora da rotina. Eu faço a minha rotina em algum momento eu paro pra poder utilizar o WCM. O WCM tem que ser a minha forma de gerir o meu dia a dia. Então esse tem que ser o grande objetivo. Isso faz com que a gente consiga trazê-lo pro dia a dia e a gente trazer essa melhoria contínua também pro dia a dia.

A base do WCM, a gente precisa definir o seguinte, qual é a máquina que eu vou definir como modelo? Pega aquela máquina de pior performance que hoje não está fazendo boas entregas, que o resultado não está legal. Escolha ela como uma máquina modelo e junte um grupo de trabalho de pessoas de diversas áreas pra começar esse trabalho efetivo aonde a gente vai olhar a capacitação das pessoas que estão ali, a padronização dos processos, a comunicação visual daquela máquina e todo o acompanhamento ali de gestão básica dessa máquina. Então planos de manutenção, planos de calibração. O próprio operador gerindo a sua máquina. Quando os resultados começarem a vir a gente vê o quão valoroso é.

É a melhor ferramenta que a gente tem que aí ela é muito rica eh com todos esses pilares técnicos e interface deles pra que a gente possa desenvolver um trabalho e trazer muito mais resultados.

Quais seus maiores desafios e dificuldades enfrentados no dia a dia? principalmente em um cargo de gestão.

Os maiores desafios no dia a dia, eu acho que o que eu tenho que compartilhar aqui com vocês é que assim, os problemas eles acontecem e eles acontecem muitas vezes, muitos e muitas vezes complexos, né? Eu acho que a gente precisa no dia a dia ter muita serenidade e isso é muito da paixão que eu comentei.

É ali que você quer estar. É com aquelas pessoas que você quer desenvolver. Imagina que a gente num ambiente de trabalho está todos os dias com as mesmas pessoas eh e ali se torna um ambiente que você passa muito mais tempo com os teus colegas de trabalho do que com tua família. Então tem que ser um ambiente prazeroso, né?

Você precisa energizar as pessoas, você precisa botar uma energia forte, você precisa levantar o limite que você vai cobrar ali do teu time, desafiar as pessoas, fazer com que todo mundo esteja ali de guarda alta pra entrega do resultado, pra entregar o seu melhor. Quando você está num momento de crise é aonde você tem que ter exercitado essa serenidade. E essa calma e você precisa neste momento cuidar das pessoas ainda de forma mais ativa. Porque são nos momentos de crise que muitas vezes você vê as pessoas se perdendo. E as pessoas precisam estar no lugar certo. Então dedique um pouco da energia pra você conhecer os teus liderados e conhecer o teu time pra ter as pessoas certas no lugar certo gente. A gente também precisa entender que como desafio e dificuldade a gente vai errar no dia a dia. E e tudo bem e faz parte e que a gente precisa reconhecer o erro eu sempre digo que se desculpar, identificar o erro e corrigir rota não faz mal pra ninguém.

O líder precisa chamar a responsabilidade e e segurar a ansiedade pra si, liderar pelo exemplo é fundamental?

Quanto líder a gente sempre vai tá sendo observado sempre, a gente vai tá sendo observado de baixo pra cima, pelos lados, de cima pra baixo, a gente sempre vai tá sendo foco de observações e tudo mais. Na pandemia a gente teve momentos muito difíceis, difíceis assim de falta de pessoas porque o absenteísmo, ele foi alto. A gente precisou contornar situações como essa, olhar pras pessoas que a gente tinha e pensar na multifuncionalidade dessas pessoas o que a gente podia desenvolver pra que aquelas pessoas pudessem entregar um pouquinho mais.

Eu perdi operadores meu por causa do covid eu perdi coordenador meu por causa de covid é que isso quantas pessoas não tiveram impacto disso e imagine um ambiente de trabalho onde você perde um colega teu por uma pandemia que você não esperava por ela, né? A gente  foi inserido num contexto que não estávamos preparados pra ele.

E como fazer essas pessoas darem o seu melhor num ambiente de muita insegurança né? Quando a pandemia entrou a gente virou um mundo banner que era aquele mundo de incertezas, instabilidade e o que fazer com tudo isso. Então aquela palavra que eu comentei do líder de trazer a serenidade de trazer o olhar pra crise e o olhar fora da crise e entender o contexto foi fundamental.

E e eu sempre comento que o exemplo ele precisa ser dado. E este exemplo vai muito daquilo que você faz. Não só do que você fala. Porque falar é fácil mas no dia a dia as pessoas estão te observando ali. Você precisa que o caminho que você está percorrendo seja um caminho que está te leve a fala que você teve lá no início.

Leia mais:

  • Excelência: é possível alcançá-la?
  • Inteligência emocional na Liderança: 5 princípios

O post Qualidade na Gestão de Fábricas: papo carreira com Fabiana Medeiros apareceu primeiro em FM2S.



This post first appeared on Blog Lean Seis Sigma FM2S, please read the originial post: here

Share the post

Qualidade na Gestão de Fábricas: papo carreira com Fabiana Medeiros

×

Subscribe to Blog Lean Seis Sigma Fm2s

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×