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| filme 122 | O PEQUENO PRÍNCIPE


ESSENCIAL PARA A VIDA!



De repente a história do Pequeno Príncipe passa a ser chata pra gente. Com o passar dos anos, aquele papo de cativar, amar, ser bondoso parece uma figura abstrata daquelas que fazíamos quando criança nas aulas de desenho: totalmente sem sentido. Talvez por isso, o primeiro contato com essa animação francesa do diretor americano Mark Osborne (o mesmo do ótimo Kung Fu Panda) seja meio ressabiado. Será que vale a pena ver, mesmo sem ter nenhum pequeno pra levar ao cinema? A resposta vem rapidamente: VALE!



Primeiro porque a história do príncipe que vivia sozinho em um planeta até a chegada da sua Rosa é contada dentro de outra história. Uma menina, oprimida pela mãe controladora, se muda para um bairro perto do colégio para onde estuda com afinco com a finalidade de prestar um exame ao final das férias. Acontece que, de cara, ela topa com um senhor excêntrico que viveu uma vida de aventuras. Rapidamente e com engenhosidade o velhinho consegue introduzir a história do príncipe solitário. E a vida da menina começa a mudar. A história dentro da história e os momentos em que a pequena começa a tomar as rédeas da sua vida são o ponto alto do filme. Muito porque as atitudes da garotinha são aquelas que nós poderíamos ter ou tivemos quando nos deparamos com os clássicos ensinamentos do livro na primeira vez que lemos. É como se fossemos nós ali na tela.

Em segundo lugar o aprumo técnico é uma maravilha. Usando duas técnicas distintas de animação, Mark mostra a vida da menina em animação digital. A história clássica é contada em stop motion, a técnica mais rudimentar de animação fotográfica com seus 24 quadros por segundo de filme. O contraponto entre as duas formas de arte traz um requinte visual que difere bastante das animações da Disney, que estamos acostumados a ver.


Nem mesmo a parte final do filme, que entra num ritmo frenético de aventura e crítica a sociedade de consumo e aos workaholics consegue destruir o que foi criado antes. A introdução de um desfecho dirigido tira a possibilidade da nossa livre interpretação. Certamente chegaríamos à mesma conclusão do filme, mas seria melhor que pudéssemos chegar até ela sozinhos. O desfecho pra lá de emotivo leva adultos e crianças às lágrimas e faz com que a gente saia do cinema com aquela sensação de que realmente o essencial é invisível aos olhos. E que seguir o coração talvez seja a única alternativa realmente plausível em dias de guerra como os que vivemos hoje. E que, acima de tudo, somos únicos e é nessa unicidade que repousa a grande vantagem de sermos humanos.


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