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"13 Reasons Why"-Crítica da Semana.


“Pegue um lanche. Acomode-se. Porque eu estou prestes a contar pra você a história da minha vida.”

Com essa frase começa “13 Reasons Why” a mais nova série da Netflix que chegou ao público para chocar e fazer refletir com uma história intrigante, misteriosa e muito viciante mas que pode ser muito perigosa se interpretada da forma errada. 


“Ninguém sabe o que realmente acontece na vida de outra pessoa. E você nunca sabe como o que faz vai afetar outra pessoa.”

 “13 Reasons Why”é produzida por Selena Gomez e conta a história de Hannah Baker interpretada de forma brilhante por pela atriz Katherine Langford que estreiou no curta-metragem "Daughter" (exibido no Festival de Cannes de 2016), uma adolescente que frequentava o segundo ano do ensino médio e que em um dia sem qualquer motivo óbvio cometeu suicidio. Mas, antes de dar fim a sua propria vida Hannah gravou 7 fitas cassete contendo os 13 motivos pelos quais ela decidiu tomar essa falha decisão.


“Parecia que não importava o que eu fizesse, eu sempre decepcionava as pessoas.”

Cada um desse motivos é referente a uma pessoa de sua vida, que a causou muito mal em algum momento e após gravar as fitas, ela as mandou para a casa de um desses “motivos” com coordenadas e as indicações do que fazer com as fitas. Fazendo uma "corrente" para que todos os “motivos ou razões” pudessem ouvir todas as fitas, que não tinham nenhuma ordem, e nenhuma indicação, fazendo com que cada pessoas tivesse que ouvir todas as fitas para souber qual era a sua. O que nos leva ao co-protagonista da série, Clay Jensen interpretado de forma muito competente por Dylan Minnette(O Homem nas Trevas -2016), um jovem colega de escola de Hannah que recebe as primeiras fitas sem saber por qual motivo ele poderia estar envolvido em sua morte, sendo que com sua timidez ele mal falava com a jovem. Durante os 13 episódios da primeira temporada nos deparamos com Clay ouvindo as fitas esperando que o seu motivo chegue e assim reconhecendo o lado obscuro de certas pessoas de seu convível, que magoaram Hannah. Clay não sabe quem já ouviu as fitas, não sabe quem sabe dos motivos e não sabe o porque de tudo isso, mas isso já é o bastante para ter uma ótima temporada de uma série que realmente envolve aquele que assiste.

“Mas você não pode fugir de si mesmo. Você não pode decidir não ver mais a si mesmo. Você não pode simplesmente decidir desligar os ruídos da sua mente.”

  O roteiro é baseado em um renomado livro adolescente, “Thirteen Reasons Why” escrito por Jay Asher, cria situações que acabam parecendo bastante real e atual. A série também chamou muita atenção por seu conteúdo que pode ser muito forte para pessoas que sofrem com depressão, pois acredita-se que a série possa conter muitos gatilhos e incentivos a pessoas cometerem esse tipo de ação, na psicanalise existe um termo chamado Efeito Werther, que identifica o quanto a constatação do suiciadio é inspiradora para pessoas que sofrem de algum nível de fragilidade emocional ou psiquica. SEm mencionar que vai contra as recomendações da OMS( Organização Mundial de Saúde) que proíbe a romantização do suícidio. Por seu conteúdo forte a série deveria emitir uma mensagem no início de seus episódios como forma de prevenção de quaisquer tipo de exposição a esse tema. Com a repercussão da série, uma campanha espontânea de conscientização se iniciou na internet como forma de alertar todos que não sejam porquês.


“Talvez você tenha feito algo cruel. Ou talvez só tenha observado acontecer.”


 “13 Reasons Why” é uma boa série, que prende e deixa muito curioso o espectador ao abordar temas como: bullying no ensino médio, machismo, LGBTfobia, abuso sexual e, de uma forma geral, a difícil missão de indivíduo adolescer nos dias de hoje. E a forma como cada episódio termina, deixa a vontade assim como de seu jovem co-protagonista de saber mais e mais assistido ou no caso de Clay ouvindo e se torturando ao ver sua amada marchar atravéz de suas angustias ou melhor, frustações, para seu derradeiro final.


“Tem que melhorar. A forma como nós tratamos uns aos outros e cuidamos uns dos outros, tem de melhorar de alguma forma.”

Apesar de cometer erros relacionados a suas temáticas mais dramáticas como estupro, depressão e até uma sutil mas complicada romantização do suícidio, a temporada consegue com que seu enredo cause repercussão e que seus acontecimentos ocasionem reflexão naqueles que assistem. Mas devo repetir e alertar a todos que os temas que são abordados devem ser levados a serio, e acaba que em alguns momentos o roteiro não deixa isso muito claro, contando uma boa história com personagens brilhantes que buscam constantemente "Um Porque" ou "Uma razão" aceitavel para uma jovem popular, extrovertida e inteligente ser fria e calculista a ponto de criar um emaranhado de situações onde o co-protagonista acaba preso. A série é bem produzida, atuada e dirigida... porém um tema tão comum entre a juventude atual e com a popularização do "Desafio da Baleia Azul" deveria ter um pouco mais de cuidado em não criar uma certa beleza no tema algo que pode soar como "uma saída" para qualquer frustação da vida. De uma forma geral a série atinge quem assiste e cria um espaço de reflexão e conversa para todos que sofrem em silêncio.


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