Um calor dos infernos, suada e pensativa, ela se balançava na rede vermelha. Porque se preocupar tanto? Porque não deixar a mente voar livre pelo branco... Não pensar em nada.
Que delícia, fazia tempo que o cérebro não experimentava o torpor, digo, sem nenhum aditivo.
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Pra que serve ser "orgânica", não é?
Levantou, pensou em tomar um banho e ser a mulher de vermelho. Cor que se repete. Conheceu um cara, certa vez ele disse não gostar de mulheres que usavam vermelho, só por que são muitas as que usam.
Faz sentido.
Pegou o verde, gostava desse. Espelho. Fez careta, mas não achou graça. Essa terapia não funciona. Pensou que agir de forma tranquila, sem planejar nada, seria mais divertido.
Beijou os pais, acariciou o poodle e tchau.
Na bolsa pequena os documentos, batom, cartões e celular. Ninguém precisa mais do que isso. Pegou o primeiro táxi - Pra onde,moça?
Olhos no retrovisor. Um bigode de estimação... - Não sei, segue por aí.
Olhos no retrovisor, de novo. Mas era o bigode que parecia perguntar. Sorriu, achou engraçado um bigode com personalidade própria.
Discou um número no celular. - Oi, vai fazer o que hoje? ... Humm, sei. Parece bacana ... Ah? Não, não! Valeu!
Desligou. Que porcaria de bofe, rá!
Discou de novo. - Hey, sou eu! ... É né... e aí, vamos fazer uma loucura hoje? ... Não, nem pensar, não leva o namorado, não! ... Isso, só nós duas... Topo, por que não?! ... Daqui a pouco eu chego, beijo.
- Moço, segue por ali, à esquerda, por favor.
Usou o celular como espelho, passou batom e fitou os próprios olhos - Pare, consciência! Não vai ficar narrando e pesando... sem ciência dos atos hoje!
Foto de Aaron Hawks
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Almas perdidas, é com prazer que apresento Isadora - e sua consciência. De vez quando vamos passar por suas aventuras. =]
Adoro escrever crônicas, espero que gostem >.
Beijos da
Diaba