Get Even More Visitors To Your Blog, Upgrade To A Business Listing >>

Conhecendo o Museu do Ouro em Bogotá

O Museu do Ouro de Bogotá (Museo del Oro) é mais um museu com curadoria do Banco de la República da Colômbia. Considerado um dos maiores museus do ouro do mundo, seu acervo é constituído de trabalhos pré-colombianos que utilizam como matéria-prima fundamental o ouro da região. Com foco também na parte de metalurgia, o museu de três andares preserva uma das mais importantes coleções de metalurgia pré-hispânica do mundo.

O museu foi fundado em 1939 e teve sua exposição permanente renovada em 2008. Desde então se tornou um emblema da memória cultural da Colômbia. Considerada Patrimônio Histórico e Arqueológico Colombiano, a exposição permanente do museu está organizada em quatro salas de exposição. Nelas é possível conhecer a história do ouro e outros metais entre as sociedades pré-hispânicas. Na entrada, uma escultura em pedra, denominada Talla, achada no Alto Magdalena em San Agustín.

A metalurgia é uma das grandes conquistas da humanidade, tendo início no Oriente há aproximadamente nove mil anos atrás. O trabalho com os metais transformou as sociedades e a vida das comunidades. Com a descoberta da maleabilidade dos metais, foi possível construir ferramentas, utensílios domésticos, artigos de beleza e defesa corporal, assim como intensificou o comércio dos metais nobres como ouro e prata.

Na época pré-hispânica, ouro, cobre, platina e prata – esses dois em menor proporção – foram os metais usados no território colombiano. A produção de objetos metálicos a partir do martelo surgiu nos Andes, se estendendo para a Colômbia. Na primeira parte da exposição, “El trabajo de los metales”, estão relatadas as técnicas de mineralogia e de metalurgia antiga. Entre eles os ourives, mas também a mineração, que transformou os materiais que a natureza forneceu-lhes para criar obras de arte atemporais dignas de admiração. A mistura dos metais com cera, fios e pregos, permitiu a confecção dos primeiros artefatos de decoração.

Na segunda sala, “La gente y el oro”, oferece uma viagem de sul a norte do país para conhecer o clima, ambientes, sociedades e culturas antigas que viveram na cordilheira dos Andes e da costa do Pacífico e regiões do Caribe, onde se trabalhava com os metais. Nela estão expostos objetos de ouro, assim como de cerâmica, madeira, pedra, conchas e têxteis, apresentados em grandes vitrines, parecendo flutuar, graças aos suportes de aço que os aparam. Nesta ala, estão expostos os primeiros artefatos de ouro usados pelos grandes líderes, sobrepostos a uma sombra indicando a estrutura de uma pessoa, de forma a evidenciar em que partes do corpo esses artigos eram utilizados.

Na terceira parte da exposição, “Cosmología y simbolismo”, estão vários tesouros que refletem o pensamento indígena da época. Não é possível saber exatamente o que eles pensavam, no entanto, entre os ameríndios hoje existem semelhanças nas formas e conteúdos de pensamento simbólico. Há também reuniões entre o simbolismo do índios hoje e os objetos de seus antepassados há 500 ou 2.000 anos atrás. Nesta ala estão expostas máscaras e urnas funerárias de ouro, que por ser considerado um metal sagrado e imutável ao tempo, imortalizavam com seu poder simbólico os caciques, de forma que eles continuassem participando da vida da comunidade. Cobrindo-se com ouro, o cacique se apropriava das forças seminais e procriadoras do sol, se tornando uma divindade.

Como continuidade, a quarta parte da exposição, “La ofrenda”, explica como o metal transformado pelos ourives regressa ao seu local de origem. Entrando na última sala da exposição no terceiro andar, podemos conhecer como os objetos de metal voltam à terra como presentes aos deuses. Dotados de profundos significados religiosos, são ofertados em lagoas e cavernas para reestabelecer o equilíbrio do mundo. Dessa forma o ciclo do metal se encerra, uma vez que manipulado pelos homens, lhes serve também para manipular o universo. Em uma sala com vídeos e sons, vivenciamos uma simulação de ritual xamânico.

Achei interessante conhecer o museu, mas caso você tenha pouco tempo na cidade, este é um programa que poderia ficar de fora do seu curto roteiro. O museu fica próximo ao Cento Histórico de Bogotá e está aberto de terça a sábado das 09h às 18h e aos domingos e feriados das 10h às 16h. O ingresso custa COP 4.000 e pode ser adquirido direto na bilheteria do local.

Endereço: Carrera 6, 1588 – Tel.: +57 1 3432222

Durante a viagem para a Colômbia, nossa conexão com o chip do Mysimtravel funcionou perfeitamente.

O post Conhecendo o Museu do Ouro em Bogotá apareceu primeiro em Maior Viagem.



This post first appeared on Maior Viagem, please read the originial post: here

Share the post

Conhecendo o Museu do Ouro em Bogotá

×

Subscribe to Maior Viagem

Get updates delivered right to your inbox!

Thank you for your subscription

×