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Poliomielite: saiba tudo sobre sintomas, causas e vacina

A Poliomielite não possui registros no Brasil desde 1989 e para que continue extinta é preciso que as crianças sejam vacinadas. Entenda tudo sobre essa doença e como se prevenir e tratá-la.

Bastante temida no início do século XX por paralisar milhares de crianças a cada ano, a poliomielite voltou a ser pauta de notícias devido à recente campanha de vacinação no Brasil.

Nas décadas de 1950 e 1960 foi criada e aplicada uma vacina que praticamente eliminou o problema nesses locais, porém, países em desenvolvimento ainda sofriam com a doença.

Na década de 1970, lançaram uma campanha de vacinação no âmbito global para a erradicação da pólio, que conseguiu imunizar milhões de crianças em mais de 200 países.

No Brasil, o último registro que se tem de poliomielite é de março de 1989 e foi constatado em Souza/PB.

Olhando mundialmente essa é uma doença considerada quase que erradicada, embora em 2013 e 2014 tenha tido um em 10 países. Ainda são considerados locais endêmicos o Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

Atualmente, considera-se que ela esteja 99,9% erradicada, porém, recentemente foi constatado que 312 municípios brasileiros estão com a vacinação abaixo dos 50%, o que pode fazer com que a doença volte.

Um dos motivos que pode estar levando a baixa vacinação é que a doença foi erradicada no país há cerca de 30 anos e muitos dos pais não conhecem o problema ou sabem da sua real gravidade.

O que é a poliomielite?

A poliomielite é uma doença causada por um vírus que afeta os nervos e pode causar paralisia total ou parcial e, por isso ficou conhecida como paralisia infantil.

Após o vírus entrar no organismo, ele começa a se multiplicar na garganta e intestino e depois chega à corrente sanguínea. É atraído pelas terminações nervosas e provoca inflamação, o que pode resultar em danos aos nervos que movimentam os músculos.

O poliovírus pode ser transmitido pelo ar e a pessoa caba respirando após ser expelido por espirros, tosse ou gotículas da fala da pessoa contaminada.

A transmissão também pode ocorrer do contato com as fezes, alimentos ou água que estejam contaminados.

Após o contato com o vírus ele fica incubado por cerca de 7 a 12 dias, sendo que esse período pode ser maior, indo de 2 a 30 dias. Somente após esse tempo é que começam a aparecer os Sintomas.

A doença, quando leve, pode apresentar sintomas parecidos com os de uma gripe ou problema intestinal, mas, em casos graves leva à paralisia ou até mesmo à morte devido a paralização dos músculos do sistema respiratório.

Tipos de poliomielite

Existe mais de um tipo de poliomielite: a Poliomielite paralítica e a Poliomielite não-paralítica. Entenda melhor cada um deles:

Poliomielite não-paralítica

A Poliomielite não-paralítica é o tipo mais comum da doença e que afeta a maior parte dos pacientes.

Na maioria das vezes, a pessoa tem sintomas leves, parecidos com o da gripe e que duram cerca de 10 dias.

Dentre os sintomas mais comuns estão: febre, dor de cabeça, vômitos, cansaço, dor de garganta e fraqueza muscular.

Poliomielite paralítica

Esse é um tipo mais raro da doença e também chamada de Poliomielite abortiva, poliomielite espinhal, poliomielite bulbar ou ambos poliomielite bulbospina, de acordo com a parte do corpo que é afetada.

Como o próprio nome diz, ela leva à paralisia, mas os sintomas começam com dores de cabeça e febre e se agravam para dores musculares graves, fraqueza, perda dos reflexos e membros soltos e flácidos.

Existem ainda os sintomas pós-doença, o que é chamado de Síndrome pós-pólio e pode seguir a pessoa por cerca de 35 anos.

Quando ele ocorre, sintomas como dores na articulação, fraqueza muscular, atrofia muscular, dificuldade para respirar, intolerância ao frio, problemas cognitivos e oscilação de humor podem ser uma constante.

Foto: forsythwoman.com

Quais são os fatores de risco?

O maior risco é o contato com o vírus por quem não foi imunizado, por isso, a vacinação é uma parte importante na prevenção da doença.

Existem grupos que são mais suscetíveis a se contaminar com o poliovírus e desenvolver o problema: crianças com até 5 anos de idade, portadores de HIV, que estiver com o sistema imunológico enfraquecido, grávidas e idosos.

Além das populações, alguns hábitos podem elevar o risco de contrair a Poliomielite:

  • Contato com pessoas que estão infectadas ou tiveram o vírus recentemente;
  • Viajar para áreas onde a doença seja comum, os locais considerados de risco;
  • Ter retirado as amígdalas, tendo menos uma barreira de proteção;
  • Esgotamento físico ou mental que pode diminuir a resistência do sistema imunológico;
  • Falta de saneamento básico;
  • Falta de cuidado e higienização na manipulação de alimentos.

Diagnóstico

Ao perceber os primeiros sintomas da poliomielite é indicado que seja buscada ajuda médica, uma vez que eles podem ser confundidos com outras doenças.

Na consulta, o médico fará uma série de perguntas como há quanto tempo existem os sintomas, se eles melhoram ou pioram, se foi vacinado contra a doença e se esteve em algum local que existe incidência do problema.

É muito importante manter atualizada a carteira de vacinação e assim auxiliar na análise médica.

Com base nas respostas e com uma verificação física para saber se existe rigidez muscular, reflexos, dificuldade de respiração e outros o médico pode solicitar uma análise laboratorial.

Essa análise pode ser feita com as fezes ou coleta de secreção da garganta e um laboratório verificará se existe a presença do vírus.

Quem possui um plano de saúde familiar, empresarial ou individual tem maior agilidade no diagnóstico e tratamento porque é muita mais fácil conseguir atendimento médico e os exames laboratoriais muitas vezes são cobertos pelo plano. Mas quem não possui deve recorrer ao plano de saúde mais próximo assim que houver uma suspeita.

Tratamento

Quando é detectada a presença do vírus, o médico providenciará maneiras de amenizar o desconforto dos sintomas e tentar ajudar na recuperação do paciente, pois não se conhece uma cura para a poliomielite.

Durante esse período é recomendado que a criança fique em repouso, tome bastante líquido para se manter hidratada, tenha uma alimentação bastante nutritiva, utilize analgésicos para amenizar as dores e antitérmicos para regular a temperatura corporal.

Porém, se a medula óssea e o cérebro não tiverem sido afetados pelo vírus, em 90% dos casos é possível conseguir uma recuperação completa.

Entretanto, se esses locais tiverem sido afetados, a paralisia temporária ou permanente pode ocorrer.

Quanto antes começarem os cuidados mais será difícil do quadro se agravar e levar o paciente a morte.

Para tratar os sintomas da Síndrome pós-pólio pode ser que a pessoa precise de uso de analgésico para minimizar as dores, realizar exercícios e fisioterapia por conta das deformações e paralisia muscular, fazer uma dieta elaborada e usar respiradores para auxiliar.

Vacinação

A maneira mais eficaz de prevenir a poliomielite é com a vacinação. No Brasil, a campanha ocorre no chamado Dia D e visa imunizar as crianças entre 1 e 5 anos contra a pólio e o sarampo.

Porém, ela costuma durar vários dias, normalmente no mês de agosto. Nesse período existem mais postos de atendimento e um horário estendido para que os pais possam levar os filhos para serem imunizados.

Em 2018, a previsão é que sejam imunizadas cerca de 11 milhões de crianças contra a paralisia infantil somente no período da campanha.

A vacina é aplicada em 5 doses no total, sendo que as injetáveis devem ser aplicadas com 2, 4 e 6 meses de vida. Nesses casos é aplicada a Vacina Inativada Poliomielite (VIP) para que o organismo possa criar anticorpos.

A vacina utilizada é chamada de trivalente e visa prevenir os vírus tipos 1, 2 e 3 e possui uma eficácia de cerca de 95%.

Com 15 meses e 4 anos é preciso reforçar as doses. As crianças nessa fase a recebem de forma oral, as famosas gotinhas, a Vacina Oral Poliomielite – VOP.

Essa forma de vacinação foi adotada em 2016 para seguir com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e auxiliar na erradicação da poliomielite.

Entretanto, quem não foi imunizado e está fora dessa faixa etária deve procurar atendimento nas unidades de saúde para obter informações e saber como se prevenir da poliomielite.

As crianças que não foram imunizadas no período da campanha podem ser imunizadas durante todo o ano em postos de atendimento de saúde.

Vale lembrar que não existe contraindicação para a aplicação da vacina, porém, existem casos em que é preciso evitá-la. Quando a criança estiver com febre alta, infecções agudas, sistema imunológico debilitado ou internada é preciso conversar com o médico sobre como proceder.

Porém, quem possui plano de saúde ou usar a rede particular, poderá optar por usar as clínicas particulares para imunizar as crianças. Nesse caso, será preciso pagar por ela de forma particular ou ter um plano de saúde que contemple a vacinação.

E quem for viajar para países com risco?

Quem vai viajar para locais em que haja surto de contrair a poliomielite é preciso estar imunizado.

As doses que são aplicadas nos primeiros anos de vida são suficientes para garantir que a pessoa esteja livre de adquirir a doença. Entretanto, ao sair do Brasil, para comprovar que está imunizado é preciso ter um Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia.

Esse documento pode ser obtido nos Centros de Orientação a Saúde do Viajante da ANVISA e credenciados e atesta que a pessoa está imunizada contra a poliomielite.

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