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EIS O CORDEIRO DE DEUS


Ao celebrarmos a Ceia do Senhor, nós o fazemos sempre como um dia de festa e alegria. É costume entre nós dizer que não há momento mais repleto de significados e beleza que este, quando a igreja de Cristo se reúne para relembrar e reafirmar a sua certeza e fé de que naquele homem de Nazaré, levado ao sacrifício, estava o Deus encarnado e com isso a remissão exigida por Deus estava satisfeita.
Para entender o momento do sacrifício vamos voltar um pouco para a anunciação feita por João, o Batista, a Jesus por ocasião de seu batismo: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29).
Sobre o tema do cordeiro como animal imolado no ritual de remissão de pecados como prescrito no AT muito haveria de ser dito; mas o que queremos aqui refletir é sobre o Cristo e como ele se apresentou como o Cordeiro de Deus. E será nesta reflexão que celebraremos a Ceia do Senhor, como quem agradece pelo sacrifício apresentado a Deus.
Em primeiro lugar, o sacrifício de Cristo foi voluntário. Já é lugar-comum afirmar que a encarnação e paixão foram movidas primariamente pela vontade soberana de Deus – Ele fez por que quis! O próprio Cristo afirmou que seu sacrifício era resultado do seu amor, e mais que isso era a prova dele (leia Jo 15:13 e também 10:17).
A disposição de Jesus em se entregar ao sacrifício fica ainda mais clara quando ele repreende a Pedro no episódio do Getsêmani, ordenando que guardasse a espada e não o impedisse de cumprir a sua missão (narrado em Jo 18 a partir do verso um e em especial o verso 11).
Celebramos em nossa Ceia a disposição de Cristo em se dar em favor de nós.
O segundo aspecto é que o sacrifício de Cristo foi completo. A argumentação encontramos no texto aos Hebreus. Segundo o texto, enquanto os sacerdotes da antiga aliança tinham que repetir indefinidamente o ritual, o oferecimento de Cristo no Calvário foi definitivo (a base está em Hb 10). Tendo se oferecido de uma vez por todas como oferta e oficiante, Cristo se qualificou como a satisfação completa da exigência divina de reparação (pouco antes é dito explicitamente isso em Hb 9:22).
É esta obra consumada na cruz que celebramos em nossa Ceia (ainda volte às palavras na cruz citas por Jo 19:30).
E finalmente o sacrifício de Cristo é aceitável a Deus. Na argumentação paulina, o sacrifício de Cristo chegou ao trono de Deus como um cheiro suave (leia Ef 5:2). Ou seja, o próprio Deus se satisfez com o que lhe foi oferecido pelo seu Filho em favor da humanidade. A comunhão agora estaria refeita pois Deus se alegrara com a obra cumprida. E na alegria divina está certamente a sua benevolência aos homens e mulheres.
É por causa da satisfação de Deus que também celebramos com satisfação a Ceia ainda hoje.
Certos de que pelo seu sacrifício Cristo se apresentou como o verdadeiro e único Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, ceamos quando nos unimos, como igreja, para celebrá-lo em adoração.
(Esta reflexão foi publicada antes nosítio ibsolnascente.blogspot.com – 24/07/2009.
A imagem lá em cima é uma reprodução da obra “Agnus Dei” do espanhol Francisco de Zurbarán atualmente exposto no Museo del Prado em Madrid)



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