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Alergias alimentares em crianças estão ficando mais frequentes e severas: entenda o que você precisa fazer

Você conhece alguma criança com Alergia alimentar? Eu conheço várias e acredito que o mesmo aconteça por aí (se é que isso não ocorre na sua própria casa, com o filhote). Isso não era frequente na nossa infância, mas, de uns tempos para cá, tenho notado um aumento muito grande de casos de crianças com alergia a Leite de vaca, soja, glúten, ovo, entre outras. São muitas as mães que me escrevem contando que, depois de um período difícil, em que o bebê só chorava, ou tinha refluxo intenso, diarreia, pouco (ou nenhum) ganho de peso e até mesmo sangue nas fezes, descobriram que o filho era alérgico a algum alimento.

Na minha história com Catarina, eu tive essa mesma dúvida (que acabou não sendo confirmada). Como ela era um bebê que chorava demais e regurgitava frequentemente, desconfiei de alergia a leite de vaca – e percebi que o diagnóstico não era algo fácil. Isso porque, quando a criança é pequenininha, seu sistema imunológico está imaturo e responde diferente do corpo de um adulto a uma alergia. Assim, algumas alergias não são detectadas por meio de exames de sangue (o que seria bem mais fácil). E elas podem estar lá, apesar do resultado do laboratório ter sido normal.

Imagem: 123RF

Mas como descobrir que o filho é alérgico, se a alergia nem sempre é percebida pelos exames laboratoriais? É justamente aí que começa a dificuldade (e o motivo de tantas alergias em crianças demorarem para serem percebidas). Em geral é preciso retirar totalmente da dieta do pequeno o alimento possivelmente alergênico – como o leite de vaca e seus derivados, por exemplo. E se o bebê ainda estiver sendo amamentado, a mãe precisa deixar de consumir o alimento também, por semanas, pois as partículas que causam alergia podem ser passadas por meio do leite materno. Eu fiz esse teste de exclusão de leite na época, e posso garantir que ele é muito custoso: imagine ficar quase um mês sem tomar leite, comer manteiga, queijo, iogurte ou qualquer coisa que tenha esse ingrediente? É bem difícil, mas extremamente necessário para o diagnóstico da alergia alimentar.

Depois da retirada desse alimento, o médico que está acompanhando seu filho indicará a realização de um teste de provocação: com o monitoramento dele, a criança volta a ingerir o alimento por um curto período de tempo, para ver se os sintomas da alergia voltam. Se voltarem, pode estar certa: você tem um pequenino com alergia alimentar em casa!

Agora um detalhe importante: as alergias alimentares em crianças estão ficando mais frequentes (como você pode se informar nesse estudo científico aqui, publicado em inglês), e também mais severas e duradouras. Um exemplo: a alergia ao leite de vaca costumava sumir ao redor de 2 ou 3 anos de idade (nesse caso a criança pode voltar a consumir o alimento normalmente); mas agora, boa parte das crianças alérgicas a leite continua demonstrando os sintomas até os cinco anos, o que afeta muito sua dieta.

Se para mim foi difícil excluir leite e derivados por apenas um mês eu imagino a dificuldade que é manter uma dieta equilibrada no caso de um filho que tem essa alergia diagnosticada, e que precisa fazer a exclusão por anos. Tanto não é fácil que muitos estudos recentes estão constatando que há efeitos negativos provocados por uma substituição inadequada do leite, como peso diminuído para a idade (algumas crianças, por conta dessa dificuldade na alimentação, caem de sua curva normal de peso ao nascimento e não conseguem voltar), menor mineralização óssea e até maior chance de desenvolvimento precoce de osteoporose . Isso porque não é fácil substituir o cálcio presente no leite (e que é fundamental para o crescimento e desenvolvimento de dentes e ossos) com outros alimentos (por exemplo, Cálcio está presente na couve, no espinafre, no brócolis, nos tofu – mas será que seu filho comeria um prato cheio disso todos os dias? Aqui em casa eu tenho certeza de que não).

Para quem tem vontade de saber mais sobre alergias alimentares em crianças, eu recomendo esse estudo aqui (em português), que fala justamente sobre o estado nutricional das crianças alérgicas a leite de vaca e derivados. Nele você vai encontrar também uma recomendação importante: do uso certo de suplementação para que a criança alérgica continue tendo um bom desenvolvimento e crescimento. Muitas mães sabem que existem formulas artificiais específicas para bebês alérgicos a leite de vaca, mas não sabem como proceder depois que o filho cresce, e passa da idade de consumi-los. E atenção: produtos à base de soja, com adição de suco de fruta não são adequados nutricionalmente como substituto do leite de vaca na alimentação das crianças, por serem pobres na maioria dos nutrientes essenciais ao crescimento e desenvolvimento.

Aqui no Brasil há apenas um produto destinado a crianças maiores, que já não são bebês. Chama-se Neoforte® (é da Danone), e pode ser usado por crianças com alergia a leite, a ovo e a glúten, pois não contém traços de nenhum deste alergênicos. É fundamental que você converse com o Pediatra do seu filho e consulte um Nutricionista para que seja prescrita uma dieta específica para seu filho com alergia alimentar. Assim ele não sofrerá os prejuízos que eu citei anteriormente, e que ocorrem quando não há esse acompanhamento.

Por fim, queria dizer que pode ser muito frustrante ter a dúvida de uma alergia alimentar acontecendo com o filho, e mais ainda quando a confirmação ocorre. Mas o lado bom da história é que atualmente há produtos específicos para essas criança que ajudam na correta substituição do alimento.


*** Este conteúdo foi originalmente publicado por ᐅ Mil dicas de mãe ***




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