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Tanto!



Ao som da chuva te escrevo.
Não, ao som da chuva te sinto.
Tanto! Que te passo para o papel.

É nestas alturas que a caneta se torna a minha melhor aliada.
Só ela me entende.
Só ela me exprime.
Só ela me sente.
Tanto! Que nos tornamos extensão uma da outra.

A tinta desliza no papel, deixando o seu rasto.
De forma que fique registado para a eternidade o que lhe digo.
Talvez ela ache importante o que me sente.
Algo que não se mede nem se toca.
Apenas se sente.
Tanto! Que transborda nos olhos em forma liquida.


A mente expande com os cenários guardados de um passado presente.
Tão presente, que o passado deixa de ser passado e passa a ser presente, que se transforma em futuro.
Um passado presente e futuro.
Um passado, que é presente, que cria o mais imediato futuro.
O coração dança ao som da melodia criada pela mente.
Pelo passado presente e futuro.
Os pulmões oxigenam todas as células, inspirando o vapor do momento criado pela mente.
O passado presente e futuro.
Mas isto são apenas manifestações físicas de algo mui nobre que enche a alma.
Tanto! Que se somatiza no físico.

A alma esvoaça entre os planos do tempo.
No tempo sem tempo.
Levando-a à leveza da sua verdadeira natureza.
Porque está cheia.
Cheia com aquilo que a alimenta.
Tanto! Que se eterniza no tempo.

Margarida


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