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As vezes que me fraturei parte 3

De uma criança elétrica, fui passando a Ficar mais contido, tanto pelos eventos de quedas quanto pelo próprio amadurecimento. Enquanto na primeira e segunda me quebrei porque estava correndo, na terceira a história foi bem diferente. Esta ocorreu no ensino fundamental, já em outra Escola, lá pela segunda série e pode ser considerada o começo da onda de azar e casos improváveis. 

Como já não era mais tão agitado, minhas brincadeiras em casa não envolviam mais correria desenfreada e na escola gostava de ficar parado, conversando com meus amigos ou geralmente observando a folia do pessoal nos intervalos. Apesar de eu já não ser mais uma criança tão agitada, o mesmo não podia ser dito dos meus coleguinhas de turma, que aproveitavam qualquer ocasião para bagunçar. 



O caso ocorreu durante recreio. A escola em que eu estudava havia vários lugares que costumava sentar e ficar observando a galera, como a arquibancada, os bancos do pátio ou a biblioteca (minha preferida). Nesse contexto, havia acabado de bater o sinal para o recreio, saí da sala e fui procurar algum lugar para sentar. Nesse dia em especial, os lugares que costumava ficar estavam bastante cheios, o que fez com que eu tivesse que procurar outro canto para ficar. 

O pátio da escola na época era bastante irregular, com lugares altos e baixos, e também a parte cimentada da calçada havia alguns degraus, para compensar o terreno desnivelado. Foi justamente num desses degraus que resolvi sentar. Lembro que era alto o suficiente para poder balançar minhas pernas no ar e sobrar cerca de um metro do chão ainda. 

Enquanto estava sentado sozinho esperando o tempo passar, uns colegas de turma estavam atrás de mim, correndo, brincando e se empurrando. Nessa brincadeira, um dos moleques atrás de mim acabou empurrando uma menina e foi tão forte que provavelmente ela iria cair e se machucar seriamente se não fosse um detalhe: ela se apoiou em mim e quem foi para o chão fui eu.

Só senti a mão em minhas costas me empurrando com força e a minha queda ao chão pareceu acontecer em câmera lenta. Assim que me dei conta senti a dor e olhei para meu braço: estava torto. Tinha caído em cima do braço direito. No mesmo instante já me levantei chorando, por uma mistura de dor e pena, pois sabia o que tinha acontecido. Mais uma vez, tive que engessar o braço e ficar três meses com o gesso. 

Três dias depois do ocorrido, já estava de volta na escola. Foi nessa época que aprendi a escrever com a mão esquerda.






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