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10 centavos - A religião é a questão - Parte 2

Pré-requisito (obrigatório): A religião é a questão - Parte 1

Autor: Gustavo Spina


Na primeira parte deste tema, iniciamos a discussão apresentando algumas questões sobre alegações inerentes à própria religião, e as respostas dadas pelo Dr. William Lane Craig, evidenciando que, na tentativa de explicar a si mesmo, o cristianismo, exemplo de religião escolhida por nós para ser tratado nestes textos, acaba por gerar ainda mais dúvidas, em vez de conseguir de fato responder às questões.

Nesta segunda parte, vamos dar continuidade apresentando outras duas questões direcionadas e respondidas por Craig, em seu site. Entretanto, as questões apresentadas neste texto, não são inerentes à própria religião, mas sim sobre assuntos externos à ela, a fim de investigarmos como a religião se sai ao tentar explicar às questões sobre assuntos extrínsecos a si mesma.

Questão 3 – Dr. Craig, você parece defender que Deus exista fora do tempo quando não há universo [Deus (a)] e dentro do tempo quando há um universo [Deus (b)]. Minha questão é: qual dos dois criou o Universo?
Deus (a) não pode criar o universo porque um ser atemporal não “cria” [“criar” é uma ação temporal].
Deus (b) não pode criar o universo porque um ser que exista no tempo não pode criar o tempo no qual Ele existe. Blake. [Questão enviada a Craig por um fã]. [1]

Resposta dada por Craig: “Eu me pergunto se você percebeu, Blake, que você acabou de apresentar um argumento que diz que o Cristianismo é incoerente ao dizer que Deus criou o Universo? Deus pode ser temporal ou atemporal, e, de acordo com o seu argumento, criação não faz sentido em nenhuma das alternativas! Isso é realmente bastante para a doutrina da criação.

O problema de Deus, tempo e criação é complicado, e eu vim a propor a visão que defendo em “God, Time, and Eternity” (Kluwer, 2001) e em “Time and Eternity” (Crossway, 2001) precisamente para resolver esse enigma.

Primeiro vamos lidar com a visão que eu proponho. Ao descrever minha posição como “Deus existe fora do tempo quando não há Universo e dentro do tempo quando há um universo”, seu uso da palavra “quando” pode levar a um desentendimento. Se tomada literalmente, isso implicaria que havia tempo antes da criação do Universo. Eu penso que o tempo começou com o primeiro evento, o qual eu tomo para ser a primeira ação criativa de Deus. Então eu prefiro afirmar da seguinte maneira: Deus é atemporal sem o Universo e temporal com o Universo.

A razão pela qual eu defendo que Deus é atemporal sem o Universo é porque penso que um infinito regresso de eventos é impossível e, de acordo com a teoria relacional do tempo, na falta de quaisquer eventos o tempo não existiria. A razão pela qual eu defendo que Deus é temporal desde o início do Universo é que a criação do Universo traz Deus a uma nova relação, isto é, co-existindo com o Universo, e tal mudança extrínseca sozinha (sem mencionar Deus usando de seu poder causal) é suficiente para uma relação temporal.

E, é claro, isso não leva a dizer que Deus (a) e Deus (b) são dois “Deus”, mas uma única entidade descrita em dois diferentes estados.

Então vamos considerar primeiro a segunda parte do seu dilema: “Deus (b) não pode criar o universo porque um ser que exista no tempo não pode criar o tempo no qual Ele existe.” Um argumento similar para a atemporalidade divina foi oferecido pelo filósofo da Universidade de Oxford Brian Leftow, então você está em boa companhia! Mas na minha opinião, entretanto, essa assertiva é falsa (veja God, Time, and Eternity, pgs. 19-23). Leftow pensa que se Deus é contingentemente temporal, Ele não pode em um tempo t criar t porque sua ação em t depende da existência de t: a existência de t é explicativamente anterior à ação de Deus em t. Eu não concordo. Numa teoria relacional do tempo, tempo é logicamente posterior à ocorrência de algum evento. Então em uma teoria relacional do tempo, a ação de Deus é explicativamente anterior à existência do tempo. Tudo que Deus tem que fazer é agir e o tempo é gerado como uma consequência. Deus pode tanto criar t como existir em t.

Agora considere a primeira parte do seu dilema: “Deus (a) não pode criar o universo porque um ser atemporal não “cria” [“criar” é uma ação temporal].” Como os filósofos medievais bem apontaram, nós devemos distinguir dois sentidos bem diferentes para essa afirmação:

1 Não-possivelmente (Deus é atemporal & Deus cria o Universo), e

1’ Deus é atemporal & não-possivelmente (Deus cria o Universo)

A ambiguidade na primeira parte do seu dilema é como a ambiguidade na sentença “Não é possível para a Casa Branca ser marrom” - nós queremos dizer que “Não é possível para a Casa Branca ser branca e também ser marrom” ou que “Não é possível para a Casa Branca vir a ser marrom”? Entender no sentido da primeira sentença é verdadeira, mas entender no sentido da segunda é falso.

Então pense sobre (1). Pensar se é possível para Deus ser atemporal e juntamente criar o Universo vai depender, estou convencido disso, da sua teoria do tempo. De acordo com a normalmente chamada Teoria-A do tempo, tornar-se temporal é uma característica real e objetiva do mundo, e as coisas vem e vão em ser. Mas em uma Teoria-B do tempo ou em uma teoria “tenseless”, todos os eventos e momentos são igualmente reais, e tornar-se temporal é uma ilusão da consciência humana. Agora em uma Teoria-B do tempo eu penso que é fácil ver como Deus criou o Universo no sentido de que o Universo contingentemente depende de Deus para a sua existência. Toda variedade de quatro-dimensões de espaço e tempo apenas existem em bloco nessa visão, e Deus existe “fora” do bloco e sustenta sua existência. Nessa visão criar não é necessariamente uma ação temporal; Deus poderia criar atemporalmente. Então (1) é falso.

Por outro lado, se você adota uma teoria-A do tempo, e eu estou fortemente inclinado a aceitar, então (1) é verdadeiro. Então no primeiro momento de sua existência o universo passa a existir. A relação causal de Deus com esse evento será nova nesse momento, e então Deus deve ser temporal nesse momento. Nessa visão criar verdadeiramente é, como você diz, uma ação temporal e logo em criando o Universo Deus deve ser temporal. Então em uma Teoria-A, (1) parece ser verdadeiro.

Mas e que tal (1’) em uma Teoria-A do tempo? Se Deus é atemporal, ele é incapaz de criar o Universo? Ele está de alguma maneira aprisionado na sua atemporalidade, congelado em imobilidade? Eu não vejo razão para pensar que sim. A afirmação de que, se Deus é atemporal, é impossível para ele criar o Universo é baseada no pressuposto que a atemporalidade é uma propriedade essencial, ao invés de contingente, de Deus. Mas como no caso da cor da casa, eu não vejo razão para que Deus ser temporal ou atemporal ser uma característica contingente, dependendo de Sua vontade. Existindo atemporal sozinho sem o Universo, Ele poderia “segurar-se” de criar o Universo e continuar atemporal; ou Ele poderia querer criar o Universo e passar a ser temporal no seu primeiro exercício de poder causal. Isso depende Dele.

Então na visão que eu proponho, Deus existe atemporalmente sem o Universo com uma intenção atemporal de criar um Universo com um início. Ele exercita Seu poder causal, e como resultado o tempo passa à existência, junto com o primeiro estado do Universo, e Deus livremente entra no tempo. Tudo isso acontece co-incidentalmente, isto é, tudo junto de uma vez. Essa é, como eu vejo, uma solução quebra-cabeça, mas me parece mais plausível que as alternativas.” [1]


A confusão e o malabarismo pseudocientífico e filosófico que Craig faz, nesta longa e tortuosa tentativa de resposta, é digna até de, em alguns momentos, umas boas risadas. No desenvolvimento de suas ideias, para que o objetivo de sua resposta pudesse ser atingido, ele utiliza de tantos artifícios lógicos com os conceitos de temporalidade e atemporalidade que se esquece, novamente, de evitar erros básicos e simples provenientes de seu complexo brainstorm.

Vamos nos atentar especificamente para seu erro na passagem entre a atemporalidade para a temporalidade de Deus e do Universo pois, isto posto, todo o resto de sua argumentação perde sua validade, por consequência. Vejamos.

O problema discutido aqui, se tratado de forma genuinamente cientifica, não fica tão difícil de se entender. A origem do Universo é considerada, cientificamente, o primeiro evento ocorrido e, como Craig bem afirma: se não há evento nenhum ocorrendo, se não há nenhuma mudança de estado ou propriedade de algo, então o tempo não existe. Como não há, até então, nenhuma evidência que suporte qualquer afirmação sobre ter existido algo antes do Universo, logo, assumimos que o primeiro evento que aconteceu foi a própria origem do Universo, e a teoria mais aceita, o Big Bang, sustenta que isto ocorreu por meio da explosão do átomo primordial e, como este é um evento, uma mudança de estado e de propriedades, foi neste mesmo momento singular que o tempo surgiu, há cerca de 13,8 bilhões de anos atrás.

Portanto, o que quer que possamos entender ou imaginar que tenha existido antes do Universo, deve ser necessariamente atemporal, pois o tempo veio a existir juntamente com a origem do Universo. Obviamente esta é uma explanação muito breve e curta, de uma teoria que se mantém na ciência como uma das maiores e principais, baseada em milhares de fatos, e centenas de anos de estudo; no entanto, o suficiente para entendermos o pequeno erro da argumentação feita por Craig.

Tendo o surgimento do tempo e do Universo havido em um momento único, fato que Craig argumenta a favor no trecho “...Se tomada literalmente, isso implicaria que havia tempo antes da criação do Universo. Eu penso que o tempo começou com o primeiro evento, o qual eu tomo para ser a primeira ação criativa de Deus.“, tudo o que imaginarmos que pudesse haver antes disso era, por definição, atemporal, caso contrário o tempo haveria surgido antes do início do Universo.

Por diversos motivos, como por exemplo o fato de ainda ser uma grande lacuna científica onde a religião ainda consegue, com todo este esforço que vimos acima, espremer seus contos de fada; Craig, ou melhor, a religião pela qual ele se sente na obrigação de ser porta-voz, acredita que o que havia antes da existência do Universo era justamente Deus.

Mas é aí que está o pequeno deslize, que gera uma grande contradição: como é que pode Deus ter sido atemporal? Deus ter sido atemporal implica em ter apenas existido, sem nenhuma mudança de estado, sem ter tido nenhum pensamento, nem uma intenção sequer. Mas será que isto é possível?

Toda e qualquer ação pressupõe intenção. Se Deus veio a criar o Universo, antes disso, deve ter havido a intenção, como o próprio Craig afirma no trecho “na visão que eu proponho, Deus existe atemporalmente sem o Universo com uma intenção atemporal de criar um Universo com um início. Ele exercita Seu poder causal, e como resultado o tempo passa à existência, junto com o primeiro estado do Universo, e Deus livremente entra no tempo...”, sem perceber a incoerência intrínseca de seus argumentos.

No exato momento que Deus tem a intenção de criar o Universo, ou que exercita seu poder causal, ou mesmo antes em qualquer momento em que tenha tido consciência de si próprio ou de seus planos os quais os religiosos tanto falam, o tempo teria surgido através dessa mudança de estado. Deus, um ser consciente e com tantas propriedades complexas, portanto, não pode ter existido e tomado atitudes antes do Universo pois, dessa forma, não teria sido atemporal.

E isto não se trata de sua onipotência, veja bem. Por mais que a onipotência possa ser definida como o poder de fazer tudo, há sim um limite, e isto não deve soar tão estranho. Este limite é justamente o limiar entre o possível e o impossível. Deus ser onipotente significa que ele pode fazer tudo, mas somente tudo o que é possível. Deus não pode simplesmente fazer um triângulo redondo, por exemplo, pois por definição um triângulo não é redondo e, portanto, não é possível de ser feito. Da mesma forma, não pode ter criado o Universo sem uma intenção, pois toda ação pressupõe intenção, tampouco ter tido uma intenção sem causar uma mudança de estado, e ocasionado o início do tempo, pois isto seria impossível. Coisas ilógicas não são factíveis, mesmo por quem possa fazer tudo. Dessa forma, falar que Deus teve uma “intenção atemporal” é tão infantil filosoficamente quanto dizer que tenha criado um “triângulo redondo”.

Podemos concluir, dado o que discutimos, que o único modo possível de Deus ter existido antes da origem do Universo, para que pudesse tê-lo criado, seria como uma forma imutável, completamente estática, para que pudesse ser atemporal: sem intenções, pensamentos, sem nada, apenas um amontoado de propriedades complexas absolutamente estagnadas.

Sua primeira e única ação, deve ter sido a da criação do Universo e, mesmo assim, pressuposta pela sua intenção de fazê-lo, o que ocasionaria na criação do tempo um instante antes da criação efetiva do Universo. Este fato talvez gerasse outras incoerências e impossibilidades, no entanto, parece que não é isto o que Craig e sua religião parecem acreditar.

Dessa forma, a argumentação desenvolvida por Craig na tentativa de explicar a origem do Universo através da religião é confusa, irrisória e ilógica, gerando uma infinidade de dúvidas ainda mais complicadas que a primeira. Neste caso, não formularei os exemplos de questões que são geradas pela sua tentativa de resposta. Deixarei que o leitor o faça e as deixe aqui nos comentários, evidenciando que, mais uma vez, esta “resposta” gerou mais dúvidas do que certezas.


Questão 4 – Podemos ser bons sem Deus? [2]

Resposta dada por Craig: “Eu acho que é importante em relação a valores morais que façamos uma distinção entre “valores morais objetivos” e “valores subjetivos”. Por “valores morais objetivos” eu me refiro a valores morais que são válidos e obrigatórios independentemente de qualquer pessoa acreditar neles ou não. Valores subjetivos seriam expressões de preferências pessoais, como “baunilha é mais gostoso que chocolate”. Isso pode ser verdade para você, mas não é verdade para mim. Estes são valores subjetivos. Mas o que eu argumento é que se não existe nenhum Deus, então não existe nenhum valor moral objetivo na vida. Na ausência de Deus, os valores morais parecem ser ou simples expressões de preferência pessoal ou então subprodutos de evolução biológica social. Assim como uma tropa de babuínos exibirá comportamentos cooperativos e altruístas, porque a seleção natural determinou que isto é vantajoso na luta pela sobrevivência, então seus primos primatas homo sapiens evoluíram um tipo de moralidade rude que é útil na propagação da nossa espécie. Mas não parece haver nada nos Homo Sapiens que torne esta moralidade objetivamente verdadeira. Se você voltar a fita do filme da evolução e soltá-la novamente um tipo diferente de criatura poderia ter evoluído, com um conjunto diferente de valores morais, e seria arbitrário se nós pensássemos que nossos valores morais são objetivos e verdadeiros em comparação, com os valores das outras criaturas. Pensar que os seres humanos são de alguma forma especiais e que sua moralidade é objetivamente verdadeira parece ser mero especicismo, que é simplesmente uma inclinação e uma preferência injustificada em relação à nossa própria espécie. Então me parece que sem Deus como uma âncora transcendente para os valores e deveres morais, então simplesmente não existem certo ou errado objetivos. Bem ou mal. Tudo se transforma em relativismo social e cultural, e não há ninguém que possa dizer se ela está certa e eu estou errado. Agora, isso tem consequências profundas. Isto significa que nós não podemos dizer que estupro, abuso infantil, tortura, infanticídio, injustiça e discriminação racial são realmente errados. Também não podemos dizer que amor, tolerância, abertura de mente, auto sacrifício e caridade são realmente bons, pois em um universo sem Deus coisas como bem ou mal não existem." [3]


Nesta última questão que analisaremos, Craig trata o dilema da moralidade, demonstrando a tentativa religiosa de explicar as questões acerca de nossos Valores Morais e da existência do bem e do mal. Aqui, por sorte, sua argumentação é construída de forma muito mais simples e fácil de entender, sem tantos malabarismos argumentativos como na questão anterior, e nossa análise seguirá o mesmo caminho.

A discordância, neste caso, não está no desenvolvimento de sua argumentação, mas em suas premissas e conclusão. Concordo com Craig em quase toda sua linha de pensamento: suas definições de valores morais objetivos e subjetivos me parecem corretas, de fato tem razão ao dizer que “não parece haver nada nos Homo Sapiens que torne esta moralidade objetivamente verdadeira” e, por fim, é absolutamente sensato ao dizer que “sem Deus como uma âncora transcendente para os valores e deveres morais, então simplesmente não existem certo ou errado objetivos. Bem ou mal. Tudo se transforma em relativismo social e cultural”.

Tudo vai indo bem até que ele conclui: “Isto significa que nós não podemos dizer que estupro, abuso infantil, tortura, infanticídio, injustiça e discriminação racial são realmente errados. Também não podemos dizer que amor, tolerância, abertura de mente, auto sacrifício e caridade são realmente bons, pois em um universo sem Deus coisas como bem ou mal não existem”. Às vezes me pergunto se uma pessoa com um currículo tão invejável quanto o dele cometeria erros tão bobos, ou se se trata realmente de desonestidade intelectual com o intuito de induzir e forçar argumentos para que algo que não é racional passe a ser. Acompanhe comigo.

Em seu desenvolvimento ele argumenta corretamente que sem a existência de Deus não existem certo, errado, bem ou mal objetivos. Mas, ao concluir afirma que, sem Deus, bem ou mal não existem. Percebe a diferença? Dizer que bem ou mal não existem é MUITO DIFERENTE de dizer que bem ou mal OBJETIVOS não existem. Este último está correto, mas o primeiro está completamente errado.

Dessa forma, isto NÃO significa que nós não podemos dizer que estupro e todos os outros maus exemplos que ele deu são realmente errados, e que amor e todos os outros bons exemplos que ele deu são realmente bons. Nós podemos SIM dizer isto, baseando-se justamente em nossos valores morais subjetivos!

Ao mesmo tempo em que sua argumentação é, por um lado, especicista, como ele mesmo aponta, é também, por outro, derrotista, pois afirma que sem Deus como uma âncora transcendente para valores morais estaremos para sempre perdidos, como se fôssemos incapazes de construir um sistema moral, baseado em nossos próprios pensamentos e em nossa carga genética evolutiva. Não me parece que é isto o que acontece, quando olho ao meu redor e vendo nossa atual sociedade, que por mais defeitos que possua, está sendo construída há milhões de anos, desde muito antes da existência da Bíblia e que, ainda bem, proíbe diversas práticas provindas da moral que reside dentro daquelas páginas antigas e obsoletas.

Enfim, sem grande esforço podemos retirar da resposta dada as seguintes questões, por exemplo:

  1. Quantos valores morais objetivos existem?
  2. Quais são eles?
  3. Todos eles são apresentados dentro da Bíblia?
  4. O que pensar dos valores morais objetivos apresentados pelas outras religiões?
  5. Visto que a humanidade existe há milhões da anos e a Bíblia só existe há poucos milhares, como podemos saber se haverá ainda mais valores morais objetivos a serem apresentados a nós, em algum outro livro, no futuro?

Por fim, apresentamos diversas questões, intrínsecas e extrínsecas à religião, e sua tentativa de responde-la. Para exemplificar, escolhemos o cristianismo, e seu porta-voz Dr. Craig, mas o resultado há de ser semelhante para qualquer outra religião e porta-voz que escolhermos, arbitrariamente. Evidenciamos, com este exercício, que, mesmo não nos atentando para a validade em si de suas afirmações, considerando apenas o objetivo da religião de prover respostas às mais diversas e complexas questões que a humanidade formular, ela falha, gerando cada vez mais e mais questionamentos, seja acerca de suas próprias afirmações, seja acerca de questões externas a si mesma.

Mostramos então, após esta longa conversa, que a religião não é, entre muitas outras coisas, a resposta, ela é apenas mais uma questão.

Estes foram meus 10 centavos acerca das respostas dadas pelas religiões à todo e qualquer questionamento.


[1] - https://williamlanecraig.wordpress.com/2010/12/18/deus-tempo-e-a-criacao/ Acesso em: 08/09/2018

[2] - https://williamlanecraig.wordpress.com/2011/02/24/podemos-ser-bons-sem-deus/#more-262 Acesso em: 08/09/2018

[3] - https://www.youtube.com/watch?v=Y-TpcLc1QFk Acesso em: 08/09/2018


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