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Construção do Conceito de Monoteísmo

Na Teoria de Sigmund Freud existem ligações, as quais não vamos aqui tratar, não porque estas se afastem da via que tecemos primariamente, mas porque nos levaria a uma quantidade infindável de textos sobre este mesmo tema, o qual já é infindável por si mesmo não necessitando de mais evasões. Contudo podemos noutras alturas explorar certos ângulos dessas mesmas vias.

Freud alerta-nos para o facto de que um indivíduo a solo não pode criar uma religião do dia para a noite, tal como nós mesmos havíamos argumentado em texto anterior, uma religião não nasce de um dia para o outro, o conceito de Monoteísmo é algo que levaria anos a formar.

Tal impossibilidade pode ser transportada para os nossos dias sob a forma do pensamento humano.

Senão vejamos, ninguém acreditaria, que eu hoje deitar-me-ia e amanhã levantar-me-ia com um novo conceito de sistema político, sem ter pelo menos meditado naquilo que são as formas de sistema político conhecidas e que herdámos ao longo da nossa existência, ou seja para que eu pudesse chegar à conclusão que um novo sistema político era necessário, e que o sistema que eu estava agora a desenvolver era mais justo e mais perfeito, teria de ter bases que me possibilitassem ter o conhecimento em duas vertentes, primeiramente, teria de ter o conhecimento sob a vertente dos sistemas conhecidos (e que considerasse ultrapassados e disfuncionais), e teria de ter o conhecimento das novas fontes de onde tivesse recolhido bases ás quais me pudesse apegar de forma a poder trabalhá-las para criar o meu próprio sistema político.

O conhecimento não nos chega do nada, tem de existir sempre uma base de partida do que é adquirido e apreendido (quer através da leitura, ou mesmo da própria vivência), e uma base de chegada aquilo que é formado de novo e que é reflexo do acto de criação. Freud diz-nos sobre este mesmo conceito o seguinte:"Mas como pode um individuo conseguir, só por si, criar uma nova religião? Aliás, se alguém pretende influir sobre a religião de outrem, não é natural que comece por convertê-lo à sua própria religião? O povo judeu do Egipto praticava, com certeza, algum culto religioso, e se Moisés, que lhe traz outra mensagem, era egípcio, tudo nos leva a presumir que essa religião era egípcia." Sigmund Freud (Moisés e a Religião Monoteísta). Pág. 33





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