Dois mecânicos conversavam ontem, sábado, 22 de abril, num bar de Cremona, Itália.
▬ Seria legal se voltássemos a ter um rei.
▬ Tá maluco…?
▬ Um cara meio doido, que executasse Quem se aventurasse a lhe fazer oposição.
▬ Entrou pro partido da monarquia? Eu é que não quero viver à sombra de um mandão decidindo a minha vida.
▬ Um rei com uma meia dúzia de ministros e mais os parentes e cunhados – que cunhado não é parente – livres de roubar. Um rei e seus quarenta ladrões.
▬ Da última vez não deu certo…
▬ Isso porque vieram com aquela conversa mole de igualdade, liberdade…
▬ E você acha correto deixar a nobreza roubar do povo?
▬ Seriam só uns quarenta, cinquenta. Hoje, quantos são? Dez mil, vinte mil?
▬ Ainda prefiro a Democracia.
▬ O quê…? Não escolhemos em quem votar, votamos em quem decidem eles; reduzem os nossos benefícios e salários, enquanto os deles só aumentam; chamam de vagabundo quem trabalhou a vida toda pra se aposentar; decidem até o que podemos ou não fazer e criam leis para se protegerem… Se isso é democracia, então eu não sei o que é ditadura.
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