Eu Tava voltando pra casa, de tarde, num ônibus da linha Jardim Ipê, pensando na vida, nessas coisas, quando a gente não tá lá nos melhores dias, e acabei dando de cara com um desses poemas no ônibus - sim, dando de cara quase que literalmente, porque o ônibus tava cheio e eu fiquei de pé, olhando pro Poema, que era praticamente a única coisa que eu conseguia ver; eu era obrigada pelas circunstâncias a ler esse poema! Então eu li, e reli, e entendi a mensagem: era pra mim.
Fui procurar na internet, ver se conseguia achar ele em algum lugar. Achei:
vira o disco
Vira o tétrico disco e segue adiante.
E daí que a vida matou o amor,
que enegreceu o que era somente cor,
que envelheceu teu coração infante?
Segue adiante e vira o tétrico disco.
Há de ter outras cores numa esquina
próxima. A tristeza não quer ser sina
tua. E, se for, inventa um melhor risco.
O coração, se estás vivo, não morre
e, mais, pode ser outra vez criança.
Inventa com o que vier teu porre
de coisa boa. Dança a nova dança
e diz à tristeza que a vida corre
sem o disco ruim da desesperança.
A tristeza não será minha sina. A propósito, encontrei o poema no blog do autor. :)