Gosta de viajar (solo)? Este relato pode-lhe ser útil. Desculpe pelo textão, mas vale a pena!
Texto: Nilson Silva
Moto revisada, provisão de dinheiro em especie mais saldo no banco e limite no cartão lá fomos nós.
Pra não ficar muito maçante, vamos apresentar em forma de relatório, especificando sempre a etapa percorrida, as distâncias e as despesas, tudo bem?
Terceira Etapa: data; 15/09/2018. Pontes e Lacerda-MT,(saida 07:36h) a Itapuã do Oeste-RO, (19:00h (900 Km). Tempo nublado a chuvoso. Combustível: 126,00; Hospedagem: 60,00; Alimentação: 40,00. Total: 226,00. Chuva intensa repentina, com raios e trovões entre Ariquemes e Itapuã do Oeste. Parada forçada. Capa de chuva molhou, bota 100% impermeável encharcou, baú de alumínio da moto e mochila impermeável também não suportaram.
Quarta Etapa: 16/09/2018. Itapuã do Oeste-RO (Saída: 07:30h) a Rio Branco-AC.(chegada: 18:00h). 700 Km. Combustível: 180,00; alimentação: 35,00. Hospedagem: 98,00. Total: 313,00. Obs: tempo chuvoso, tráfego intendo de carretas, com chuva persistente até Porto Velho. depois de Porto Velho mais chuva. totalizando 430 Km de chuva, com calçado e roupa de chuvas encharcados. 20 Km de muita lama entre Porto Velho Abunã, na obra de elevação do do leito da estrada. Almoço e travessia de balsa do Rio Madeira em Abunã. Poucos quilômetros de tempo ensolarado e mais chuva até chegar em Rio Branco. Hotelzinho aconchegante, limpinho e lanche em quiosques de comidas típicas na praça da Revolução, no Centro da Cidade.
Oitava Etapa: 21/09/2018. Epitaciolândia-AC 06:30h Porto Velho-RO 17:30h Total: 720 Km. Combustível: 198,00. Alimentação: 55,00. Hospedagem: 130,00. Total: 380,00. Tempo bom com pouca chuva. paradas de mais de uma hora na travessia da balsa do Rio Madeira, e na obra de elevavação do, leito da estrada próximo a Jaci-Paraná-RO. Tempo fechado com chuva fina e vento na chegada a Porto Velho. Hotel Accord na beira da BR foi providencial. Caiu chuva torrencial no inicio da noite.
Nona Etapa: 22/09/2018. Porto Velho-RO 08:00h Vilhena-RO 18:30h. Total: 705 Km. Combustível: 179,00. alimentação: 12,00. Hospedagem: 70,00. Total: 261,00. Obs: pela manhã em Ariquemes encontrei uns irmãos motociclistas que estava indo para um encontro do AMM Motoclube em Presidente Médici. Fui convidado fiquei por lá por cerca de 20 horas, almoçei, fiz novas amizades e conheci entre outros o José Carlos, de Ilhéus que estava vindo do Peru e parou no encontro também e a partir daí tocamos juntos até Brasilia. pequeno contratempo após o almoço; após uma parada no acostamento para colocar a capa de chuva as duas motos foram ao chão. Grande esforço para colocá-las de pé. após a operação, fui acometido de um mal súbito repentino, uma vertigem.Percebi que estava desidratado e com desarranjo intestinal, motivo pelo qual conseguimos chegar á Vilhena após muita chuva ao anoitecer, onde decidimos dormir. Indo para o banheiro a noite toda tomando apenas água.
Décima etapa: 23/09/2018 Vilhena-RO 07:00h a Pontes e Lacerda-MT 12:00h. Tempo bom.Total: 313 Km. Combustível: 85,00; Alimentação: 15,00; Medicação: 17,00; Hospedagem: 70,00. Total: 187,00. Mal estar persistente, um episódio de diarreia; um episódio de vômitos, desidratação e sonolência, motivos que nos obrigou a pernoitar em Pontes e Lacerda e investir na recuperação. Deus abençoou, deu certo, no outro dia conseguimos prosseguir melhor.
Décima primeira etapa: 24/09/2018. Pontes e Lacerda-MT 08:00h a Rondonópolis-MT 17:30h. Total: 630 Km.Tempo bom na maioria do percurso, chuva fina por volta das 15 horas. Combustível: 160,00; Alimentação: 40,00; Hospedagem: 70,00. Total: 270,00. Percurso mais tranquilo. Transito intenso entre Várzea Grande e Cuiabá e entre área conurbada próximo a Rondonópolis.
Décima segunda e última Etapa: 25/09/2018. Rondonópolis-MT 07:00h a Brasilia-DF 20:30h Total: 918 Km. Combustível: 167,00. Hospedagem: 70,00. Alimentação:30,00. Total: 267,00. Chuva fina no inicio da manhã.Tarde ensolarada. Algumas paradas para fotos, descanso e alimentação. Viagem tranquila. Graças a Deus cheguemos casa são e salvo, após 7.791 Km, 4 estados e mais um país carimbado nem nosso passaporte.
Observações Gerais:
1) A Moto: Triumph Tiger XRX 800 preta, ano modelo 2015, com 30 mil km rodados; Revisada, ainda co a relação original, pneus novos. Gastou somente combustível e lubrificação de corrente uma vez ao dia.
2) Vestuário: Levei bastante roupas, principalmente camisas polo, camisetas, bermudas, 3 calças com a jeans que fui vestido e não lavei. Voltou parecendo um baixeiro ( quem é da roça sabe o que é isso). Não usei nem metade das roupas. O conjunto impermeável que comprei na autorizada da Triumph aqui em Brasilia, paguei caro, se mostrou ineficiente. Deixou-me molhado e com principio de gripe. A Bota marca Texx, 100% Stop water, mostrou-se um fiasco também. Deixou molhar até a minha alma. Tive que deixá-la em Rio Branco, onde comprei outra da marca Mondeo, que se mostrou mais eficiente.
4) Missão: Na condição de cristão evangélico que sou, aproveitei viagem para distribuir exemplares de Novos Testamentos personalizados com o logo de nosso Motoclube, além de distribuir botons e adesivos do mesmo.
5) Presentes: Ticket médio de despesa diária, na faixa de 300,00.Despesa com presentes para familia em Puerto Maldonado: 200 sólis.
6) Hotéis: Os 3 melhores hotéis que fiquei foram: Horto hotel em Rondonópolis, a mais ou menos um Km do centro e a 400 metros da BR; D’ Milez, em Porto Maldonado, também próximo á BR. Hotéis no Peru parece que não oferecem café da manhã, e Hotel Accord em Porto Velho, também próximo á BR, longe do Centro, mas tem um serviço de restaurante bom. O proprietário é uma pessoa simples, ajuda os garços a servir e além de tudo é motociclista.
7) Os peruanos e o dinheiro: Pessoas digamos legais. Pessoal da migração muito atencioso, mas ao longo do percurso se mostraram um pouco retraídos, apáticos, pouco receptivos á estabelecer “novas amizades. Não são muitos bons de passar informações, mas no geral a gente se entendeu. Hospedagem e alimentação nos lugares que fomos achei o preço super bom. consegui almoçar ou jantar a partir de 5,00 sóis. A moeda nacional, o Sol peruano é mais valorizado que o nosso real, na proporção de 1 real para 0,75 de sol. Acho que dá uns 25% a mais. Um galão de gasolina comum (3,6 litros) vale de 9 a 11 solis. Mais ou menos ente 2,50 a 3,00 sóis o litro e sem álcool, mais barato do que aqui? pagamos a maior parte das despesas á vista. Mas também usamos cartão de débito e crédito. chegamos em casa com o tanque da moto marcando 3/8 e grana no bolso ainda!
8) Satisfação: Imensa, conhecer novos lugares, novos estados, novo país, novas culturas novas pessoas, mesmo indo de maneira solo, foi muito bom. recomendo e se o Senhor Deus em sua infinita bondade o permitir, faremos novamente. Recomendo!