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Como a direita está tentando tomar conta da América Latina

Após os golpes parlamentares que derrubaram os presidentes Manuel Zelaya em Honduras (2009), Fernando Lugo no Paraguai (2012), Dilma Rousseff no Brasil (2016), bem como da eleição que levou Maurício Macri ao poder na Argentina (2015) e da reviravolta que levou o Presidente eleito do Equador, Lenin Moreno, a adotar uma agenda neoliberal (2017), o golpe segue avançando na América Latina.
Desta vez, um novo processo de impeachment visa apear do poder o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, além de Pablo Sánchez, Procurador Geral, e de vários juízes do Tribunal Constitucional. Com a manobra – fraudulenta e ilegal – os golpistas passarão a dominar a cúpula das principais instituições do País: Ministério Público e os Poderes Executivo e Judiciário.
Desde a derrota nas últimas eleições, ocorridas há um ano e meio, os golpistas vêm buscando, de forma sistemática, desestabilizar o novel governo peruano – o qual acusam com base em meras delações. Segundo a acusação, o líder peruano teria, supostamente, buscado ocultar suas relações com a construtora Odebrecht.
Buscando dificultar ao máximo o governo de Pedro Pablo Kuczynsky, os golpistas – encabeçados por Keiko Fujimori,  filha do ex-presidente Alberto Fujimori e presidente do partido Força Popular,  também já censuraram dois ministros de Pedro Pablo Kuczynsky e forçaram outros dois a renunciar a seus cargos.
Devemos ressaltar que, desta vez, diferentemente dos golpes anteriores na América Latina, o presidente do Peru não é de esquerda, mas de direita. É um defensor da ideologia neoliberal. Esses fatos demonstram que a onda golpista faz suas vítimas também entre a própria direita e entre os próprios aliados dos imperialistas.
Dominado pelos fujimoristas, o Congresso peruano autorizou o debate sobre a instauração do processo de impeachment contra o presidente Kuczynsky, que será realizado na próxima quinta-feira, dia 21/12.
Importante observar que as ações dos golpistas no Congresso contra o presidente Kuczynsky ocorrem paralelamente à instauração e à condução de várias investigações contra Keiko Fujimori em razão de um suposto financiamento irregular de suas campanhas eleitorais – inclusive com contribuições da própria Odebrecht.
No último dia 16/12, os peruanos organizaram um protesto contra o golpe nas ruas da capital do Peru, Lima. A manifestação, chamada de “Marcha Contra o Golpe Fujimorista”, teve início na Praça de San Martin e reuniu cerca de duas mil pessoas.
É importante ressaltar que a ofensiva imperialista, mediante sucessivos golpes de Estado na América Latina, tem um objetivo muito claro: promover o desmonte e o controle dos governos, possibilitando um verdadeiro assalto ao patrimônio público desses países. Paralelamente, essa ofensiva visa subjugar as populações e retirar, um a um, os direitos dos trabalhadores, aumentando ao máximo sua exploração e os lucros do grande capital internacional. Fonte: Causa Operária.


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