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Temer agradece a presidente da China reabertura do mercado à carne brasileira


O presidente, Michel Temer, convidou os embaixadores dos maiores mercados importadores de carne do Brasil para ir a uma churrascaria – Givaldo Barbosa / Agência O Globo

BRASÍLIA — O presidente Michel Temer afirmou, em nota divulgada neste sábado, que a decisão do governo da China de reabrir o seu mercado à proteína animal produzida no Brasil é o reconhecimento da confiabilidade do sistema brasileiro de defesa agropecuária. Ele aproveitou para agradecer, publicamente, o gesto do governo do presidente Xi Xinping.

“Nosso país construiu grande reputação internacional neste segmento. E o posicionamento chinês é a confirmação de todo trabalho de esclarecimento levado a termo pelo governo brasileiro nestes últimos dias em todos os continentes. Agradecemos o gesto do governo do presidente Xi Jinping”.

Segundo o Ministério da Agricultura, a abertura da China — divulgada mais cedo com exclusividade pelo GLOBO — só não vale para os 21 frigoríficos sob suspeita. O ministro Blairo Maggi já havia determinado a cassação do certificado de exportação dessas empresas. Os chinenes também proibiram a entrada de cargas liberadas pelos fiscais acusados de corrupção e de uma planta da JBS em Lapa, no Paraná, SIF 530, que está na lista dos 21.

CONFIRA: A lista dos frigoríficos investigados

Temer aproveitou para enfatizar a parceria com a China.

“Temos uma parceria que gerou muitos frutos e, com certeza, muitos ganhos ainda teremos com a sólida relação bilateral entre nossas nações. Estamos plenamente confiantes que outros países seguirão o exemplo da China”.

Em nota, o Ministério da Agricultura confirmou a reabertura do mercado chinês à Carne brasileira.

A decisão da China está sendo vista como um alívio para os importadores, sobretudo depois que os chineses anunciaram um grande acordo com a Austrália abrindo o mercado de carnes para a atuação de 59 frigoríficos de carnes vermelhas. Até então, somente 11 estavam autorizados a vender na China.

Para tentar reverter o impasse com os chineses por causa da operação Carne Fraca, que bloquearam totalmente a importação de Carne Brasileira, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, estava se preparando para viajar ao país nos próximos dias.
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Na prática, as retenções começaram a ser feitas no próprio dia em que foi deflagrada a operação “Carne Fraca” e ainda afetaram contêineres que já haviam sido inspecionados pelas autoridades locais e esperavam apenas a liberação dos certificados que liberavam as mercadorias para a venda no mercado.

Antes de decidir retomar os procedimentos de importação, as autoridades chinesas resolveram desabilitar o SIF530 da Seara. Este era o único frigorífico brasileiro entre os 21 que estão sendo investigados pela Policia Federal que estava exportando para o mercado chinês. Isso significa que as vendas da planta para a China não estão apenas suspensas; o estabelecimento foi “banido”.

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As mercadorias desta unidade devem levar anos para voltar à mesa dos chineses, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO. Não há acusação de carne podre, uso de materiais indevidos, problemas de embalagem ou aditivos químicos sobre os produtos da Seara. Mas, aos olhos chineses, a companhia obteve o certificado sanitário por meios questionáveis e pode prejudicar a saúde do consumidor.

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O Brasil nunca exportou tanto para a China. Foram cerca e US$ 2 bilhões somente no ano passado. Hoje, o Brasil tem 65 plantas habilitadas para vender para a China, das quais 57 estão autorizadas a fazê-lo neste momento.

A verdade é que, na prática, nem quem está autorizado está podendo exportar. Desde a sexta-feira passada, a ordem é reter todas as carnes vindas do Brasil nos portos. Aproximadamente 58 mil toneladas de carnes terão sido impedidas de entrar no país até a liberação na segunda, ou o equivalente a 21dias das exportações brasileiras para o mercado chinês entre carnes de frangos, suínos e bovinos.


  • Seção de carnes em supermercado no Rio Foto: Agência O Globo

    Carne, frango, linguiça…

    A operação Carne Fraca da Polícia Federal identificou várias irregularidades em frigoríficos brasileiros. Especialistas avaliam que elas são pontuais. Por via das dúvidas, vale a pena ter alguns cuidados na hora de comprar carne, frango, suínos e embutidos.


  • Carnes em supermercado Foto: YASUYOSHI CHIBA / AFP

    Atenção com aparência

    A principal dica é atentar para a aparência do produto: a textura deve ser lisa e a cor, avermelhada no caso de carne bovina. Se tiver qualquer ponto esverdeado, não compre.


  • Efeito cascata. Unidade da JBS no Texas. Os EUA são o maior produtor mundial de carne e principal rival do Brasil no setor Foto: Julio Bittencourt / Divulgação/JBS

    Odor e procedência

    Verifique o odor do produto. Mercadorias estragadas costumam ter mau cheiro. Uma das obrigações dos estabelecimentos é apresentar ao consumidor as informações de rastreabilidade e, nas embalagens, indicar: origem, data da manipulação, pesagem correta, prazo de validade. Cheque todas essas informações.


  • ECO Rio de janeiro (18/03/2017) Fiscais da Vigiância Sanitária coletam carnes para análise nos supermercados Prezunic (Botafogo) e Mundial (Copacabana) Foto: Analice Paron / Agência O Globo

    Dê preferência a alimentos frescos

    Priorize alimentos in natura ou minimamente processados e não embalados. Evite alimentos ultraprocessados. A utilização de carne estragada, papelão e pedaços de cabeça de porco em salsicha e linguiça, como foi apontado pela operação, ficam mascaradas por conta do nível de processamento do produto e a inclusão de conservantes e aromatizantes.


  • Nhoc à bolonhesa Foto: Rodrigo Azevedo / .

    Prefira carne moída na sua presença

    Embora a carne moída previamente não seja imprópria para consumo, o processo é proibido por lei em todo estado do Rio. A carne só pode ser moída na presença do consumidor e após o pedido dele. A única exceção é se o estabelecimento estiver registrado junto a um órgão da agricultura, estando embalada e apresentando na sua rotulagem o número do SIE.


  • Oitava maior companhia de alimentos do mundo, a BRF detém as marcas Sadia e Perdigão Foto: Adriano Machado / Bloomberg

    Ligue para a Vigilância Sanitária

    Se o consumidor está com receio de consumir ou tem alguma dúvida sobre a procedência ou qualidade do produto que tem em casa, pode ligar para a Vigilância Sanitária pelo 1746 e solicitar o recolhimento da peça para que seja feita análise da mercadoria.

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