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VAM Lerma, um desconhecido mexicano nascido da americana AMC (vídeo)

O México já teve um fabricante de automóveis próprio, que se aproveitou de sua parceria com uma empresa americana para criar seus próprios modelos nacionais. Hoje, o país latino se lembra mais de duas marcas de pequenos esportivos, mas o passado esconde algo interessante, a Vehículos Automotores Mexicanos S/A, mais conhecida pela sigla VAM.

Nos anos 40, a empresa Somex foi criada como uma importadora de modelos da Willys, sendo o Jeep seu produto mais famoso. A empresa chegou a vender inclusive o nosso conhecido Aero Willys, iniciando a produção regular de carros em 1953, desde o início operando como Willys Mexicana S/A.

Em 1960, um acordo com a americana AMC possibilitou que a Somex fabricasse carros da Rambler no país. Três anos depois, a empresa firma uma joint-venture com AMC-Kaiser, que passou a ter 40% do capital da nova empresa, batizada de Vehículos Automotores Mexicanos (VAM).

Modelos como American, Classic, Javelin, Wagoneer, CJ5 e outros, passam a ser fabricados no México pela VAM. Até mesmo um Jeep foi desenvolvido especificamente para uso militar no país. No final dos anos 70, a VAM tinha uma gama de origem AMC/Jeep bem completa, mas faltava algo para o consumidor mexicano.

Lerma

Assim, em 1981, a VAM surpreendeu o México com um carro único, que não exista no lineup da AMC. Fruto da junção do sedã American com o então recente hatchback Rally (baseado no AMC Spirit), que emprestou sua traseira, nasceu assim o Lerma. O modelo era um hatch – mais precisamente um fastback – com duas ou quatro portas e estilo bem mais próximo dos carros europeus.

A VAM decidiu apostar num processo de corte e soldagem simples para juntar as duas partes, mas descobriu que a operação – quase artesanal – demandava tempo e dinheiro, elevando muito o preço final do Lerma, que chegou ao mercado mexicano em 1981, com preço muito alto. O Lerma apresentava 2,74 m de entre eixos, garantindo assim um bom espaço para os ocupantes após a modificação fabril.

Com um estilo atraente para a época, o Vam Lerma tinha grade metálica discreta, quatro faróis e repetidores de direção integrados ao desenho, além de um para-choque bem parrudo e exclusivo. As colunas C com frisos chamavam atenção, inclusive na versão duas portas, que tinha janelas menores. A traseira portava vistosas lanternas retangulares e um para-choque igualmente robusto, mas não havia limpador traseiro na vigia. Mas, isso não impediu uma limitação do porta-malas, apontada como um dos pontos fracos do carro.

Como o preço já era alto, a VAM decidiu direcionar o Lerma para um consumidor de maior poder aquisitivo. O interior, por exemplo, podia ter tons de marrom, vinho, azul ou preto, tendo ainda muitos detalhes em plástico, mas outros cromados e imitando madeira. Os bancos dianteiros individuais e largos, eram bem acolchoados e reclináveis, chamando atenção pelo visual e conforto, não tendo similares nem na AMC. Revestimentos em carpete e alto-falantes estéreos eram outros dos destaques.

O VAM Lerma era bem completo, contando de série com vários itens, incluindo rádio AM/FM, espelhos com regulagem interna, volante em couro, direção hidráulica, cintos de três pontos retráteis na frente, apoios de cabeça ajustáveis, entre outros. Ar-condicionado, vidros elétricos, travas elétricas, antena elétrica, bancos com ajustes elétricos, abertura automática do porta-malas e coluna de direção ajustável eram opcionais. Ou seja, completo, o mexicano se igualava aos carros americanos da época.

Para mover seus 1.490 kg, a VAM adicionou um motor seis cilindros em linha 282 da AMC (4.6) com 129 cv, que funcionava com uma transmissão TorqueFlite de três marchas na coluna de direção. A tração era naturalmente traseira. Assim, ele fazia de 0 a 100 km/h em 17,6 segundos. Em 1982, o Lerma ganhou as versões 610 e 620, que traziam melhoramentos em várias partes, incluindo motor e câmbio, bem como o desejado limpador traseiro. Mas, em 1983, a produção parou por conta da quase falência da VAM, que foi vendida para a Renault.

A marca francesa decidiu encerrar as atividades de produção da empresa por conta da crise econômica que motivara sua venda. Assim, o mexicano Lerma viveu apenas dois anos no mercado local, tendo as últimas unidades vendidas como modelo 1983. Em seu primeiro ano, vendeu apenas 1.853 unidades, bem abaixo de seus rivais. Posteriormente, foi usado como teste público para demonstrar o motor de ciclo fechado Stirling, hoje usado como propulsão AIP (Air Independent Propulsion) em submarinos suecos. Abaixo, comercial de TV de 1981:

[Fonte: Auto Cosmos/Club Rambler México/Hooniverse/Lerma81mx)

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