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Paridade de Género: Acção Positiva à Portuguesa



A paridade de género nas administrações do sector público empresarial é uma disposição legal que obriga que, a partir de janeiro de 2018, os orgãos de administração das empresas públicas tenham 33,3% de mulheres e as empresas cotadas na bolsa tenham 20%.

Nos bons velhos tempos, uma secretária (personal assistant) era uma referência de eficácia e eficiência, era quase impossível funcionar sem ela; porém a Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro, deixa muito a desejar, senão vejamos:

Acreditamos que, além de despertar, além de fazer reconhecer que cada vez mais estes fenómenos de desigualdade no mercado de trabalho são passos decisivos para sairmos da lógica de políticas 'soft', digamos assim, que assentavam essencialmente em recomendações, em resoluções, em compromissos, protocolos, se deem[sic] passos mais firmes no caminho da igualdade gradual – Rosa Monteiro 

Se é para termos 33,3% de mulheres nas administrações de qualquer empresa tão baralhadas quanto este texto: poupem-me.

A igualdade só existe entre iguais. Porém, a igualdade de oportunidades é uma busca possível e justa.

Nos Estados Unidos da América (EUA) havia uma lei de imposição de quotas para as minorias – primeiramente para os negros e depois latinos e asiáticos – era a chamada Affirmative Action. Parece-me a mim que ao impôr 33,3% de mulheres nessas posições é um positivismo bacoco porque nos EUA não funcionou já que toda essa gente que foi quotizada foi estigmatizada como incapaz. 

Sabe-se que a igualdade é uma utopia: perante a lei é um pró-forma e entre iguais há sempre um que é mais igual que o seu próximo; então a lei deve ser direccionada para a igualdade de oportunidades; e em Portugal é possível porque o nº2 do Artigo 13º da Constituição Portuguesa proíbe a discriminação.

Eu quero acreditar que a maioria das mulheres que fazem parte da força laboral são sofisticadas o suficiente para discernir que o topo duma profissão atinge-se por mérito e por vontade própria e convenhamos: não é qualquer política inusitada que as livrará de parecerem umas quaisquer niggeretes, perante os seus colegas masculinos. Então para que serve esta imposição? Será como diz a Secretária de Estado Rosa Monteiro “Passos mais firmes no caminho da igualdade. Apresentação equilibrada de mulheres e homens nos orgãos de administração e nos orgãos de fiscalização” ou como diz o governo “agenda para a igualdade no mercado de trabalho e nas empresas”, ora:

  • As mulheres portuguesas não são uma minoria
  • As mulheres portuguesas não são sistematicamente perseguidas e discriminadas
  • As mulheres portuguesas (2/3) têm escolaridade universitária

Senhoras, vejam bem que a necessidade mais básica da mulher trabalhadora ainda não foi suprida:

  • Creche e escolinha até 8 anos nos locais de trabalho; 
  • Salário mínimo de €1.000 para a pessoa trabalhar afincadamente e pensar em progredir na sua carreira se assim o desejar (fazendo mestrados e ou doutoramentos) e,
  • Deduções mais alargadas no IRS. 

Contudo já vos estão a oferecer postos de chefia para irdes competir mano-a-mano com os vossos colegas homens que quase posso jurar que ganharão mais que vós.

  • Se a lei da paridade dá a chance a 1/3 da força laboral feminina de estar nesses lugares decisores, que acontecerá aos filhos dessas 33,3% de damas se tiverem que trabalhar até mais tarde? 
  • Vão ser os maridos das 33,3% de chefas que irão tomar conta dos miúdos? 
  • Que mecanismos serão criados para prevenir que as 33,3% das chefas levem cacetadas e abusos psicológicos dos maridos/companheiros não qualificáveis no topo do  funcionalismo público? 
  • Que acontecerá se os 33,3% das chefas que trabalha na bolsa quiser ver o Bloomberg ou outro canal financeiro no seu iphone às refeições, que por acaso foram preparadas pelo incansável down level

Que conversa da treta é esta que a esquerda internacional nos quer contar? Vamos tornar-nos numa sociedade de famílias transmutadas, onde um miúdo decide ser mulher e é só operar, onde uma rapariga quer ser rapaz e é só acrescentar qualquer coisita lá em baixo; onde um irmão pode fazer filho numa irmã; onde um pai/padrasto pode pedofilar as crianças?

Querem mesmo as mulheres estar entregues nas mãos de pessoas que lhes dizem que não basta ter um trabalho pago condignamente que lhe proporcione estar com as suas crias (banhos, esclarecimentos de matéria escolar, jantar, beijos e cama) e também auxiliar o seu homem com as despesas da casa?

Pronto mundo cão, façam o que quiserem: deixem-se formatar como se fossem coisas. E vocês gajas posso declarar que tenho pena de saber que sois tão idiotas como uma porta. Muitas de vós que servis nas repartições públicas andam amargas, gordas, feias e de testa franzida nos transportes públicos, pois por qualquer um que destratais recebeis uma praga; e quando chegam a casa não conseguem relaxar de tão amaldiçoadas que estais - imaginem como será depois da chefia? Serão desprezadas pelos vossos filhos se os tiverem e igualmente amaldiçoadas pelos vossos homens porque a vossa performance sexual será reles.

Até para a semana


[As opiniões expressadas nesta publicação são somente aquelas do(s) autor(es) e não reflectem necessariamente o ponto de vista do Dissecting Society (Grupo ao qual o Etnias pertence). © 2009-2018 Autor/a(es/as) TODOS OS DIREITOS RESERVADOS]


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