A Vida é efémera. Tudo é efémero. Não vale a pena negar, mas a partida apanha-nos por vezes de surpresa. Então sinto um aperto na garganta, um peso no peito: como se este fosse explodir e estilhaçar-se.
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Não pressenti a tua partida. Ninguém pressentiu.
Sei que devo abrir as mãos, e sentir como se tivesse um punhado de areia fina em cada mão... fechar os olhos e deixá-la escoar-se por entre os dedos. Mas lembrar-me-ei de ti… dessa forma generosa de rir, de dar gargalhadas… fora das convenções… do politicamente correcto:
- "Deixa isso, está tudo bem. Oh mulher, não te rales!" - Estas são as palavras que ecoam em mim.
E a roda da labuta a girar a girar, pressionando-nos até deixamos de ver e de sentir o que na realidade é importante. Mas a roda da Vida… a roda do Tempo, essa é a principal. É aquela de que nunca nos lembramos… e que um dia simplesmente pára… chegou ao fim o seu girar.
E agora… já não importa. Mas será que alguma vez importou?