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A VIAGEM - Parte 1


A fórmula : dois velhos amigos solteiros, de férias em Abril de 2006, com a ideia fixa de fazer uma viagem (longa) de carro pela América do Sul - Uruguai, Argentina e Chile.


O Percurso: Caxias do Sul - Punta Del Este - Piriápolis - Montevidéu - Colônia de Sacramento - Buenos Aires - Mar Del Plata - Neuquém - Bariloche - Travessia da Cordilheira - Puerto Mont - Temuco - Santiago - Valparaíso - Viña del Mar - Caldeira - São Pedro de Atacama - Copiapo - Los Andes - Mendoza - General Cabrera -  Uruguaiana - Caxias do Sul


Meio de Transporte: Ford Foccus sedan


Foco: Gastar pouco, se divertir muito e aproveitar cada segundo.


Estatísticas:  22 dias, 11.772 Km, combustível: US$ 1.070,00 ; pedágios: US$ 132,00, 1 pneu furado, 1 troca de óleo.




  • Dia 02 de abril de 2006: Saímos de Caxias às 6h30, demos uma paradinha em POA e fomos até o Chui, 7h de viagem. No percurso, estradas vazias, retas intermináveis e a Estação Ecológica do Taim. Apesar da tentação, a velocidade é controlada para preservar as vidas dos bichinhos nativos da reserva.  Pausa para o almoço em local "o que não mata engorda", o Xavier - nem se atreva a olhar a cozinha. Na fronteira, apresentamos os documentos - passaporte e carta verde - tudo bem tranquilo e rapidinho. 




  • No Uruguai, paramos na Fortaleza de Santa Tereza ( 30 km do Chui ), a beira do Atlântico. O local abriga um museu de arrepiar. Vale a parada. Seguimos para Punta del Este e ao chegar pegamos um por do sol lindo que combinou perfeitamente com uma cerveja uruguaia. Nos hospedamos em um Albergue na Praia Brava, US$ 10,00/pessoa. Beeem simples, mas bem simpático. Entramos em um restaurante com preços assustadores e quando o garçom virou as costas, saímos de fininho e acabamos por optar um jantar à la Xavier na beira da praia - baratinho baratinho..
  • Dia 03 de abril de 2006: Passeio por Punta com um dia lindo de sol: Playa Brava, Playa Mansa, La Barra, Montoya, a obra " La Mano" na beira da praia. No meio da tarde seguimos para Piriápolis - uma praia linda e tranquila entre Punta e Montevidéu. 
Piriapolis - Uruguai

  • Feito o reconhecimento, tocamos para Montevidéu. Chegando lá achamos um bom Hotel no centro. Depois de encontrar um mundo de torcedores colorados por lá, decidimos assistir o jogo do inter que iria acontecer no dia seguinte: Nacional X Internacional - fase de grupos da Libertadores de 2006. Apesar de torcermos para Juventude/Caxias, resolvemos prestigiar o inter - afinal é um time gaúcho. Mas não tínhamos GPS: usávamos mapas da cidade, pedidos de ajuda e a intuição para descobrirmos onde estávamos. Porém acabamos no estádio errado tentando comprar o tal ingresso para o jogo... Eis que surgiu um uruguaio hermano que resolveu nos ajudar - ele estava com receio de que fôssemos sozinhos até o estádio do jogo que fica em um bairro meio barra pesada. Ele entrou no próprio carro acompanhado da sua niña e pediu para que a gente o seguisse e nos conduziu até a porta do estádio - um querido.

  • Dia 04 de abril de 2006: Montevidéu. Manhã = passeio. Almoço no  Mercado do Porto: Parrillada básica. Hummmmm, imperdível. Tarde = passeio. Montevidéu é um lugar muito especial, vale a pena conhecer. Fechamos o dia com o jogo do inter, no meio da muvuca, que terminou em 0x0. Dormimos 2 noites em Montevidéu, o suficiente para um brasileiro falcatrua tentar nos aplicar um golpe na recepção do hotel. Felizmente não caímos na conversa. 


    Parrillada do Mercado do Porto - Montevideu

  • Dia 05 de abril de 2006: Rumo à Colonia de Sacramento, uma cidade com um bairro histórico bem interessante, para pegar o Buquebus ( barco de transporte de passageiros e automóveis, com free shop, restaurantes, e assentos confortáveis) até Buenos Aires pelo Rio de la Plata. Duração da viagem: 1 hora de soninho. Chegando na Argentina, planejamos pouco tempo em Buenos Aires pois já a conhecíamos bem, então dormimos uma única noite depois de um jantar na Calle Florida. Parenteses para o hotel: Hotel Córdoba, 2 estrelas, um muquifo com papel de parede inspirado nas casas da máfia italiana e um chuveiro cujo jato d'água ficava exatamente encima do vaso sanitário. Um espetáculo. 
  • Dia 06 de abril de 2006:  Ainda em Buenos Aires, ficamos tempo suficiente para dar uma volta na Recolleta, algumas lojas e nos bandeamos para Mar Del Plata. Na estrada vimos o único acidente da viagem toda: ao tentar desviar de um cachorro, um hermano perdeu o controle do seu Renault  e entrou a mil em um posto de gasolina se chocando contra as bombas!!! O Cachorro nada sofreu e tampouco o hermano. Tudo aconteceu na nossa frente, mas apesar do susto o final foi feliz. Mar del Plata é tudo de bom! A-do-ra-mos! Com cassinos antigos lindos e enormes na beira da praia. Nos hospedamos no Hotel Metropol, nota 7. A noite descobrimos um bar em Mar del Plata com um tiozinho bigodudo cantando umas músicas argentinas inacreditáveis!!!   
Mar Del Plata - Argentina
Bira


  •  Dia 07 de abril de 2006: Apesar da ressaca, aproveitamos o dia em Mar del Plata. Passeamos muito. A noite, só um mini vinho argentino de frigobar e cama.
  •  Dia 08 de abril de 2006: Lá fomos nós para Neuquen. Passamos por Bahia Blanca. Como sabíamos que a estrada tinha poucos pontos de parada, ainda em Mar del Plata fomos no super e compramos jamon, queijo, pão e uma Coca-Cola para um pique-nique na estrada ( Choele Choel ) até Neuquen. Estrada mais ou menos. Em Neuquen conhecemos o pior hotel que já ficamos na nossa vida: Hotel Cristal. Apesar da temperatura de 12°C , dormimos com o ventilador ligado pois o aroma era algo sobrenatural. Disgusting!
  •  Dia 09 de abril de 2006: Sobrevivemos na cápsula de gases tóxicos do Hotel Cristal de Neuquen. Acordamos e saímos desesperados em busca de ar puro. Ufa! E nos mandamos para Bariloche. Almoçamos no ponto de parada entre Neuquen e Bariloche- uma vila chamada Piedra del Aguila. E a partir daqui, as paisagens até Bariloche são de babar!!! Lagos azuis, com águas cristalinas, totalmente desertos.. 
Nosso carro, carinhosamente apelidado de Juanito, apreciando o Lago Nahuel Huapi
Lago Nahuel Huapi
    Água muito limpa e gelada 



  • Chegamos em Bariloche e aí sim caíram os butiás do nosso bolso, é ridiculamente lindo! É um misto de  Gramado e Canela com a cordilheira ao fundo, os cerros cobertos de neve, os lagos refletindo o sol, as casas caprichadas, os hotéis glamourosos. Divino. Ficamos em uma pousada lindinha de frente para o lago. A noite, um jantar magnífico: Carne de cervo, raviolis harmonizados com um vinho argentino, é claro. Ah! Não posso esquecer que quando estávamos nos dirigindo ao restaurante impecavelmente vestidos e perfumados, o Juanito resolveu nos presentear com um pneu furado. Mas nem nos abalamos!






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