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BRANCA - Poema para a Antologia 'Entre o Sono e o Sonho' vol X

 


Foi a 21 de Outubro que a Chiado Editora fez mais um lançamento da Antologia de poesia Portuguesa Contemporânea "Entre o Sono e o Sonho", o Vol. X.
Esta obra reúne cerca de 1000 poemas. A cerimónia de lançamento teve lugar no Grande Auditório do Convento São Francisco, em Coimbra.

 
 
Desta feita participei com o poema ‘Branca’, uma analogia com a conhecida história, que dedico a todas as minhas amigas mulheres:

 

Branca
Vivia na floresta desencantada
Maçã envenenada que comeu
Sete vezes dera o seu coração
E nunca vira o seu reflexo
'Espelho meu, espelho meu...'
Ao primeiro amou sua inocência
Quimera infante que não cresceu
Ao segundo a sua severidade
Mas de tão zangado envelheceu;
'Espelho meu, espelho meu...'
Amou o mestre que a quis ensinar
Mas o amor não se fez aprender
Trocou-o por quem nada fazia
E no vazio se foi perder;
'Espelho meu, espelho meu...'
Conheceu o mais sensível
Mas as lágrimas foram duas
E até com o mais enfermo
As dores foram suas;
'Espelho meu espelho meu...'
Sorriu ao encontrar alguém feliz
Mas era só dele aquele fausto
Deixou a floresta desencantada
Abandonou o negro claustro;
E foi na montanha da neve
Que encontrou o caçador
'Espelho meu espelho meu...'
Agora refletes dois corações
Ele chama-a de Branca de Neve
...para sempre sem os sete anões.
 
 
 


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