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O Patrono








Em tempos cinzentos e escassos de bom senso e clareza sobre o que se imporá ao país em nome de um eleitor em desalento, pode ser providencial apelar para Moro – não o juiz de Curitiba, mas Tomás Moro, o filósofo, estadista e mártir inglês do século XV.

Nascido em Londres no ano de 1478 de uma respeitável família, Tomás Moro era estimado por todos pela integridade moral, argúcia de pensamento, caráter aberto e divertido e extraordinária erudição. Eleito pela primeira vez para o Parlamento em 1504, no reinado de Henrique Viii, teve o mandato renovado dois anos mais tarde pelo rei, que o constituiu representante da Coroa, abrindo-lhe uma carreira brilhante na Administração Pública.

Tomás Moro desempenhou com sucesso várias missões diplomáticas e comerciais. Foi membro do Conselho da Coroa, juiz, vice-tesoureiro, cavaleiro e presidente da Câmara dos Comuns. Negando-se a apoiar Henrique VIII em sua decisão de assumir o controle da Igreja na Inglaterra, retirou-se da vida pública. Por ordem do rei, foi preso na Torre de Londres, condenado pelo Tribunal e decapitado.

Pela sentença, o réu deveria ser suspenso pelo pescoço e cair em terra ainda vivo, antes de ser esquartejado e, por último, decapitado. Pela importância do condenado, Henrique VIII, “por clemência”, reduziu a pena de Tomás Moro à decapitação. Os registros da época narram que, após tomar conhecimento disso, Moro teria comentado: "Não permita Deus que o rei tenha semelhantes clemências com os meus amigos”.

Beatificado pelo Papa Leão XIII em 1886 e canonizado quase meio século mais tarde por Pio XI, São Tomás Moro foi proclamado, em outubro de 2000 pelo Papa João Paulo II, “Patrono dos Governantes e dos Políticos”. Entre as muitas razões para essa proclamação, João Paulo II deu ênfase “à necessidade que o mundo político e administrativo sente de modelos credíveis, que lhes mostrem o caminho da verdade num momento histórico em que se multiplicam árduos desafios e graves responsabilidades”.

Fosse vivo, o patrono poderia estar horrorizado com tanta inclemência de seus defendidos para com o povo que dizem representar.


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