O primeiro passo na implantação de um sistema de gestão da energia é estabelecer, juntamente com os limites da abrangência do projeto, a política energética que norteará os esforços de toda a organização em prol de um objetivo em comum, qual seja a busca incessante pela otimização energética em seus processos e usos finais. Tal política Deve, dessa forma, estabelecer com clareza o compromisso da organização com a melhoria contínua do seu desempenho energético e deve contar com o apoio irrestrito da alta administração, que se responsabilizará por canalizar todos os esforços necessários para que esta seja, efetivamente, implementada.
A PolÃtica Energética da Organização
Na definição da política energética alguns cuidados devem ser tomados pela alta administração, pois devem se certificar que a política energética estabelecida é apropriada à natureza, escala e impacto dos usos finais dos insumos energéticos pela organização, que contempla o seu compromisso para a melhoria contínua do seu desempenho energético e em assegurar a disponibilidade das informações e dos recursos necessários ao cumprimento das metas e objetivos estabelecidos, bem como seu compromisso com o cumprimento de toda a legislação e normas técnicas aplicáveis e quaisquer outros requisitos técnicos e/ou legais aos quais a organização esteja subscrita, no que se refere ao uso das diversas formas de energia ao longo de seus processos.
A política energética, para ser útil e válida para a organização, deve, assim, prover um meio no qual seja possível estabelecer e rever as metas e objetivos energéticos. Para tanto, deve estar devidamente documentada e amplamente divulgada, assim como Deve Ser, ainda, facilmente compreendida por todos os membros da organização, e não apenas por um seleto grupo. Por fim, a política energética deve privilegiar a aquisição de produtos e serviços energeticamente eficientes, iniciando um movimento de atualização tecnológica dos processos e das máquinas e de uma mudança de cultura na organização e em seus membros individualmente, esta segunda parte bem mais difícil de ser alcançada.
Como facilmente pode ser observado, a política energética deve ser, antes de qualquer coisa, uma ferramenta que direcionará a organização para um patamar de excelência superior em termos de eficiência energética, podendo ser considerada, de certa forma, um organismo vivo, em constante metamorfose e atualização, de maneira que deve ser regularmente revisada e atualizada sempre que a alta direção entender como necessário.