Uma vez me disseram que o destino é inexorável. Que mitologicamente, a razão do viver de todas as espécies é um grande tecido fiado por três Marias, e que a sina - ou fio - de cada criatura se cruza, se rompe, se une umas às outras, dando história ao nosso curto período de tempo que passamos com ciência de que somos algo. De forma alguma não escolhemos nossa natureza, tampouco a nossa identidade. Como sábios, sabemos o que somos e até o que fazemos, como animais... agimos por impulsos nervosos, instinto - muito corrompido pela concessão da sanidade; e ainda não temos ciência de nossa consciência. Visualizar um ato, ou até mesmo o destino (ou sentido) de qualquer coisa não é ter controle. De fato, não posso discordar de que o destino é inexorável, caso eu visualize a morte. Também não posso discordar, caso eu visualize inúmeros eventos totalmente fora de nosso controle e/ou sabedoria. Entretanto, o fado não é imutável. Há pouco, uma senhora disse-me singelas palavras: "Sempre corra atrás de seus sonhos, não importa o quão difícil seja, você é um humano, e não uma peça em um tabuleiro esperando o turno em que um jogador qualquer vai te tirar do lugar."
E eu não preciso falar mais nada.