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Varjot - I - Anathema

Tags: seu pai karma

"Eu não falo a sua língua 

Eu posso melhorar a sua mente 
Eu só posso olhar para a forma como a boca 
sua cabeça e olhos inflamados 

Você apenas se matou 
quando se rebelou contra isso  
Eu só posso olhar para a forma como a boca 
corpo e membros paralisados 


Anjos batem o chicote nas costas 
e riem da sua expressão 
a humanidade pratica 
cheia de violência 

sombras crescem 
o passo é reduzido 
você pode decidir por si mesmo 
forçado apenas a morrer 

Ninguém fica destruído 
se não, não quero machucar 
Eu só posso olhar para a forma como a boca 
me apego ao seu rosto e unhas 

Anjos cortam uma cruz no peito 
e riem da sua expressão 
criação como um passatempo 
cheios de violência 

sombras crescem 
o passo é reduzido 
você pode decidir por si mesmo 
forçado apenas a morrer"

Varjot - Turmion Kätilöt


  Uma nova historia se inicia em Holstein, mais precisamente na grandiosa cidadela de Anthirn, feita de pedras cinzentas trazidas de terras distantes. os muros eram altos e tinham o dobro da largura normal, tornando qualquer tentativa de invasão facilmente frustrada por seus numerosos arqueiros e balistas. na base da cidadela se encontravam as casas dos aldeões que eram feitas de pedras escuras e telhados de palha. dentro das casas apenas um local para a fogueira que servia tanto para fazer a comida quanto para se aquecer nos tempos mais frios. existiam também alguns moveis mas nada luxuoso, eram rústicos feitos em madeira também escura vinda da floresta que ficava apenas a alguns minutos da cidadela. as ruas eram calçadas com pedras parecidas com as que se encontravam nas paredes das casas mas um pouco mais claras e se estendiam até o topo  da cidadela onde se encontrava o suntuoso castelo do duque que era feito das mesmas pedras cinzentas encontradas nos muros da cidadela. era sem duvida um enorme castelo para quem o via, seja de perto ou de longe. tinha duas torres interligadas por uma passarela que passava por cima da estrutura principal do castelo, tinha inúmeras janelas pois a rainha adorava a luz do sol.

mas o castelo não é o ponto principal deste conto e a jovem Karma, ela é uma garota jovem e bonita mas infelizmente é incapaz de dizer uma unica palavra, não se sabe ao certo o real motivo disso já que nem mesmo ela lembra do que tinha lhe acontecido quando ainda era criança. Karma vivia com seu pai Barton, Barton era um famoso caçador em Holstein, conhecido por participar da grande gerra ele vivia como lenhador dentro da cidadela mas depois de ficar cego ele agora vive aos cuidados de sua unica filha. Karma assumiu seu cargo de lenhador, era o único modo de uma garota como ela conseguir dinheiro de forma honesta já que não gostava da tecelagem.

hoje ela completa dezoito anos então seu pai, com ajuda de sua melhor amiga Margareth, Karma havia saído para vender a lenha que tinha colhido a alguns dias, depois de já ter vendido toda a lenha ela volta para casa para que possa preparar o jantar de seu pai mas ao entrar encontra sua amiga e junto a seu pai lhe entregar um belo vestido azul. Karma se emociona com a surpresa pois este era um vestido tão belo e incomum que ela nunca tinha visto algo parecido em mais ninguém. todos tiveram uma ótima noite juntos ao comemorar seu aniversario, com direito até mesmo a um pequeno bolo que mesmo sendo pequeno e simples, era tudo e muito mais do que ela poderia desejar.

um novo dia nasce e Karma decide ficar um pouco com seu pai antes de ir até a floresta e praticar com seu arco. ela  prova o vestido que lhe coube perfeitamente, passado um tempo ela decide se trocar e seguir até a floresta deixando seu pai descansar. no caminho Karma encontra Margareth que parecia estar apressada e não pode parar para cumprimenta-la, como já estava acostumada com esse tipo de coisa ela não deu muita importância e seguiu seu caminho até a floresta.
já na floresta Karma pratica com seu arco enquanto decide caçar alguma coisa, o tempo passa rápido e ela mal percebe que já entardeceu, foi como se o dia tivesse passado em questão de minutos. já prestes a anoitecer ela encontra uma pequena raposa se esgueirar por entre os arbustos, ela dispara uma flecha que parece ter a atingido em seu dorso porém a raposa não parou de correr ate chegar numa clareira onde parou e se deitou, parecia esperar Karma disparar sua ultima flecha quando ela finalmente chega a clareira. Karma se prepara para disparar quando a raposa se levanta e caminha até ela, seus dedos estavam prestes a soltar a flecha quando de um jeito assustador a raposa começou a falar.

- pobre criança escolhida pelo destino a testemunhar tamanho tormento, tua má sorte hoje será tua ruína daqui a seis meses.

Karma se apavora com o que acaba de lhe acontecer, algo que só se via em pesadelos. a raposa olha para o lado como se estivesse vendo alguma coisa e é então Karma olha para a mesma direção em que a raposa olhara e nota uma estranha claridade alaranjada na mesma direção da cidadela e mais uma vez a raposa fala.

- teu martirio se inicia nas ruas de Anthirn.

Karma então percebe que a cidadela poderia estar em chamas, ela ignora a raposa e corre de volta para casa pois seu pai poderia estar correndo grande perigo. ela chega rapidamente a saída da floresta de onde pode confirmar suas suspeitas, a cidadela realmente estava em chamas. o medo agora lhe domina por completo, iniciando assim sua corrida desesperada até os portões de Anthirn que estavam totalmente escancarados como se os guardas tivessem deixado passar uma grande multidão. Logo de cara podia se notar a ausência do castelo no alto da pequena colinha ao centro da cidadela. As ruas estavam completamente vazias e as casas em chamas, nas ruas apenas uma substancia escura com cheiro de sangue escorria da porta das casas até o centro da pequena praça que lá havia. Mesmo com o fogo nos telhados era impossível ver o que se passava mais adiante pois uma densa escuridão se formava por entre as casas e as ruas. Assustada Karma corre ate a sua casa mas tudo o que encontra são suas coisas todas reviradas e seu vestido queimando perto da lareira. Ela procura por seu pai mas não o encontra dentro da casa. O telhado começa a desabar então Karma se afasta, ela então consegue ver por entre as chamas e a escuridão uma familiar silhueta caminhar com dificuldade em sua direção. Ela permanece atônita tentando descobrir se era mesmo seu pai que estava vindo até ela naquele estranho momento. Ela dá um passo em direção a silhueta que para por um momento e volta a andar passando por cima das chamas, neste momento ela comprova realmente se tratar de seu pai.

Karma começa a chorar ao ver seu completamente sujo com a mesma substancia escura que escorria pelas ruas, ele estava machucado e seus olhos estavam completamente escuro como se tivessem dois buracos vazios em seu rosto, ele não falava, ao em vez disso, emitia grunhidos como se estivesse em agonia. Karma tenta ajudar mas é empurrada por ele caindo fora da casa batendo a cabeça no chão. Tonta pela queda ela tenta se levantar mas devido a dificuldade acaba por se sentar no chão, ela sente um forte puxão em seus cabelos e ao olhar quem a puxava percebe que era seu pai que a arrastava até a praça. No meio do caminho enquanto se debatia ela nota algo diferente, as ruas que estavam vazias, agora estavam repletas de corpos mutilados, eram os corpos dos moradores e soldados da cidadela que pareciam ter sido atacados por animais selvagens.

Chegando ao centro da praça ela percebe uma enorme pilha de corpos em chamas e em volta dela sete sombras dançavam como se estivessem festejando alguma coisa. Apavorada Karma tenta se soltar mas parece inútil, ela então se agarra a perna de seu pai que tropeça e cai, ela tenta fugir mas ele se levanta e a agarra pelo braço, num acesso de raiva seu pai lhe da um soco em seu rosto voltando a arrasta-la em seguida. Chegando a praça Karma percebe a intenção de seu pai que era joga-la dentro da fogueira. Ela se desespera e se debate com todas as forças que lhe restavam mas parecia em vão. Ele a agarra e a arremessa para a fogueira, ela cai bem perto dela mas antes mesmo de poder sair daquela situação um dos corpos na fogueira agarra suas pernas que começavam a queimar. Aquilo tudo parecia um terrível pesadelo do qual ela não conseguia acordar.

Ao tentar se soltar ela acaba queimando as próprias mãos. Karma começa a gritar mas parece em vão pois não havia sobrado mais ninguém na cidadela. Karma havia esquecido completamente de seu pai possesso que neste momento apanha a espada de um dos soldados no chão. no momento em que ele se aproxima para atacar ela percebe e se deita no exato momento do golpe que acerta o rosto do cadáver que a segurava, ela então é souta e começa a se arrastar para longe de seu pai que já começava a erguer a espada. Karma percebe que não vai conseguir escapar desta vez, seu dia acabaria ali mesmo, assim como a raposa havia dito, ela então baixa a cabeça quando finalmente seu pai se aproxima e a ataca.

Neste instante ela ouve a voz de uma criança dizendo algo que naquele momento era incompreensível, ao abrir os olhos ela vê uma enorme lança escura passar por cima de sua cabeça e atravessar o peito de seu pai jogando-o diretamente na pilha de corpos em chamas.
Sem mais forças ela se deita e aos poucos começa a perder a consciência mas não antes de ver um jovem rapaz apanha-la nos braços e carrega-la em direção aos portões. Ela ainda nota duas outras figuras paradas em frente a entrada da cidadela, era um homem de velho porem alto e forte, nos ombros dele havia uma menina com longas tranças no cabelo segurando um grosso livro em sua mão direita. Ela então olha para o rosto de quem a carregava mas o rapaz possuía um estranho brilho amarelado em seus olhos tornando impossível ver detalhes de seu rosto. seus olhos ficam pesados, sua mente se esvai mas antes mesmo de desmaiar ela pode ouvir a voz do rapaz que num tom suave lhe disse:
 -você esta a salvo agora!

eles continuarão a dançar até que o ultimo seja  expulso



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