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{Lá Vem Resenha} O Crime do Vencedor


Autor(a): Marie Rutkoski

Páginas: 360

Editora: Plataforma21

Série: Trilogia do Vencedor #2


Sinopse: Existe a tentação e existe a coisa certa a se fazer. E está cada vez mais difícil para Kestrel fazer a melhor escolha.
Um noivado imperial significa uma celebração após a outra: cafés da manhã com cortesãos e dignatários influentes, bailes, fogos de artifício e festas até o amanhecer. Para Kestrel, porém, significa viver numa gaiola forjada por ela mesma. Com a aproximação do casamento, ela deseja confessar a Arin, seu ex-escravo e atual governador de Herran: que só aceitou se casar com o príncipe herdeiro do império em troca da liberdade dele, Arin. Mas será que Kestrel pode confiar nele? Ou, pior: será que pode confiar em si mesma?
No jogo do poder, Kestrel está se tornando perita em blefes. Age como uma espiã na corte. Se for pega, será desmascarada como traidora de seu próprio império. Ainda assim, ela não consegue deixar de buscar uma forma de mudar seu terrível mundo... e está muito perto de descobrir um segredo tenebroso.
Nesta sequência fascinante e devastadora de A maldição do vencedor, Marie Rutkoski desvela o alto custo de mentiras perigosas e alianças pouco confiáveis. A revelação da verdade é iminente e, quando finalmente vier à tona, Kestrel e Arin vão descobrir o preço exato de seus crimes.





Hey amores e amoras! Coisa complicada é escrever a resenha de um Livro que você amou. Mais complicado ainda, é escrever uma resenha sobre a sequência de um livro que você amou, sendo que você conseguiu amar a sequência, mais ainda! É meus caros, como fazer jus a O Crime do Vencedor?


Enfrente o perigo antes que ele enfrente você.

Acho que a primeira coisa que devo dizer, é que diante tantas decepções literárias envolvendo séries; seja distópica, fantástica, ou apenas ficção; estou realmente empolgada sobre para onde caminhamos na trilogia do Vencedor. O livro não passou pela maldição do segundo livro e nem muito menos se perdeu em sua história. Na verdade, me arrisco a dizer que se tornou ainda mais atrativo, sedutor e instigante. 


A visão dela foi um ataque. Ele não conseguia ver seu rosto direito – não queria ver seu rosto, não quando todo o resto nela o fazia querer fechar os olhos.

Antes de mais nada, ouvi muita gente reclamar que no primeiro livro, tudo é muito parado. E concordo que a autora perde muito tempo expondo a sociedade valoriana e nos mostrando como Kestrel e Arin se comportam nesse mundo injusto. Mas creio que tudo, foi extremamente necessário para que a história fosse bem construída como é. 

Enquanto em seu primeiro livro, grande parte se passa entre bailes e salões, no segundo temos um palácio e o alto mar, com Arin e suas viagens políticas. E sim, grande parte do livro envolve pouca ação em si

Costumo dizer que essa saga é totalmente diferente do que estamos acostumados a ler, por isso é estranho entrar em seu ritmo, e aceitar que muito mais do que uma fantasia, esse é um livro estratégico, inteligente, em que a aventura é um jogo de raciocínio e lógica e as peças tem de serem colocadas aos poucos na mesa. Devagar se chega ao ponto de xeque. 


Arin teve o pressentimento – incômodo, suave, elétrico, como faíscas saindo de roupas no inverno – de que o interesse dela seria o motivo de sua ruína. E Arin era Arin: ele forçou sua sorte, como sempre.(...) Depois veio o impulso cujo perigo ele devia ter notado – teria notado, se tivesse admitido a si mesmo o que o fazia querer acordá-la embora os olhos dela estivessem abertos. Por que ela devia se importar com o que um escravo fazia? Arin faria com que ela se importasse.

Creio que não teremos às tão bem conhecidas cenas de guerras e batalhas, detalhes sangrentos e perdas memoráveis. Mas é isso que é brilhante! A autora faz com seus personagens usem mais da inteligência do que da força. E em movimentos brilhantes, transforma essa história em uma das melhores que já li na vida! Te amo Marie!!!❤ rsrs 


Uma emoção apertou o peito dela. Espremeu-o até cair num silêncio terrível. Mas Arin não disse nada depois disso, apenas o nome dela, como se seu nome não fosse um nome, mas uma pergunta. Ou talvez não tenha sido a forma como ele o dissera, e ela estivesse enganada e só tivesse ouvido uma pergunta porque o som dele falando seu nome a fizesse querer que ela fosse a resposta.

É bem difícil falar desse livro sem dar spoilers, portanto não irei me ater a detalhes de enredo. É vou fazer vocês ficarem curiosos. Quero que leiam! haha Mas se posso dizer algo, é que com certeza O Crime do Vencedor, se saiu tão bem quanto seu antecessor. Em uma trama extremamente inteligente, forte e veloz, Marie mais uma vez me arrancou suspiros, palavras de raiva e até lágrimas. Sim, lágrimas!


Kestrel ergueu os olhos. Quando encarou os olhos dela – de um castanho extremamente claro, o tom mais suave antes de se tornar dourado –, Arin soube que era um tolo. Mil vezes tolo. Ele precisava parar. Eram terríveis esses sonhos que tinha acordado.

Essa série veio para me mostrar que nada, nada na vida é para sempre. Eu nunca me imaginei lendo uma história sem muita ação. Com um ritmo ditado por descobertas, intrigas e segredos trancafiados em castelos e navios. Sempre fui daquelas que espera tiros, lutas com espada, corporal e o que mais tiver! haha. Ou um romance doce, água com açúcar, de fazer rir e chorar, acalentar o coração. E então me pego presa entre os dois pólos. Nem muito romance, nem muita ação...E amo! haha.

Arin e Kestrel estão separados. Pelo destino, pela justiça, pelo poder, pelo amor. Mas diante a decisão de Kestrel de casar-se com o príncipe herdeiro em busca da liberdade de Arin, sem seu conhecimento do assunto, ela também escolheu abrir mão do que tinham, do que eram, de si mesma.. Mas para Arin as coisas não são tão simples assim. E ele não vai descansar até saber porque Kestrel o traiu. 


Meu garoto. Você anda um pouco perdido, não?

Boa parte do livro me peguei imaginando, sofrendo, desejando e sonhando o reencontro desse casal. Mas quando acontece, meu coração foi ao chão. Kestrel se mantém firme em sua decisão, e propositadamente faz com que Arin crie uma ideia errada a seu respeito. Partindo o coração do Herrani. Obviamente, que Arin conhecendo Kestrel, sabe que não pode ter sido tudo tão fácil assim. Mas Kestrel é convincente, uma ótima jogadora, maestra na arte do blefe e da enganação. Uma ótima mentirosa.

E por conta de suas mentiras, nos vemos atrelados a um enredo totalmente novo. Não há mais Arin e Kestrel, há uma mulher tentando sobreviver às suas próprias escolhas e um homem fadado a salvar seu povo, a única coisa que lhe resta. 

Temos acesso a um Arin mais maduro, mais sério, mais triste. Isso quase me matou, confesso. Já estava acostumada com seu jeito impulsivo e brusco. Mas de repente, lá está sua outra metade desconhecida. Em todo o momento tive vontade de bater na Kestrel por fazê-lo passar pelo que estava passando. Mas como poderia julgá-la? Ela também estava sofrendo... Sofri duas vezes! 😭


De todas as lições que você poderia ter aprendido como imperatriz, a mais importante teria sido esta: a lealdade é o melhor amor.

Kestrel continua a mesma menina de sempre. Inteligente, forte, segura de si. Mas também está incerta sobre suas últimas decisões, escolhas e sentimentos. Como lutar contra algo que só cresce a cada dia? Como reverter o que já foi feito? Como sobreviver com tanta culpa pesando nas costas? 

E em meio a tanto sofrimento, ela ainda tem que lidar com outras relações mal resolvidas, já que seu pai parece estar sempre distante. E justo quando Kestrel mais precisa dele, ele se vai para longe. Mas por que? Kestrel está decidida a descobrir. 


– E a próxima? Você vai continuar lutando até o dia em que for morto e eu tiver um lugar vazio àmesa para o fantasma do meu pai?– Não acreditamos em fantasmas.– Então você vai me deixar sem nada.


Os protagonistas dessa saga são the best! Melhoram a cada livro e não tenho que reclamar de nenhum dos dois! Nada que a Kestrel tenha feito, foi descabido ou inocente. Ela estava entre a cruz e a espada e não havia nada a ser feito, já que o imperador é um tirano desprezível e faz questão de mostrar quem detém o poder em mãos.  Mas há tantos outros personagens nesse livro que somam ao enredo de forma triunfante, que não me deterei apenas em Kestrel e Arin.


Esta era a verdade: o que ele imaginou era uma mentira. A verdade e a mentira o abraçaram firme.

O Imperador, provavelmente, foi o único de quem não gostei. Sedento por poder, inescrupuloso e doentio, assusta não só a Kestrel, mas até o leitor, com suas maldades. Sem nem um pingo de compaixão ou amor, o homem despreza seu filho, e comanda seu reino com punhos de aço. Mas não posso negar, que ele tem muito a somar na trama!

O Príncipe, diferente do que eu havia pensado, não se apaixona pela Kestrel! Há! Obrigada Senhooooor!! Nada de triângulos aqui baby! haha Na verdade, ele se torna um grande aliado de nossa heroína. Já os antigos amigos de Kestrel, a abandonaram por completo. E quem eu pensei que se tornaria peça chave, me decepcionou. Mas não tenho como negar, que compreendo sua amargura. E embora eu não tenha gostado do rumo que esse personagem tomou, entendo a decisão da autora. Só queria um final diferente para o Ronan... 


É o que fazemos. É a nossa natureza. Se não pudermos conquistar o que queremos com nossaspróprias mãos, não merecemos vencer.


E por outro lado, há os aliados de Arin. Tirando Tensen e sua prima, os outros são bastante duvidosos... Mas todos, sem exceção, tem algo a acrescentar. A autora soube conduzir à todos com maestria. 

Enquanto Kestrel aguarda seu casamento, os encontros com Arin, governador de Herrán, que está hospedado no palácio para a cerimônia, são inevitáveis. Em um desses encontros, após uma tentativa frustrada de entender o que houve, Arin revela que o seu posto de governador é mero apelido. E que embora livre, seu povo segue escravizado pelo imperador. 

Diante a revelação chocante de Arin, Kestrel tem uma ideia. E se ela fosse espiã de Herran, no palácio de Valória? Mas é claro que ela não poderia contar isso a Arin, ou sua mentira cairia por terra e tudo estaria perdido. Então junto a Tensen, ministro de Herran, Kestrel se coloca em uma situação extremamente perigosa que só pode resultar em uma coisa... desastre.

Durante o período de espiã de Kestrel, que se revela importantíssimo, já que um segredo capaz de salvar Herran é descoberto por ela, Arin segue seus próprios planos de espionagem. E após muitos altos e baixos entre os dois, conflitos pessoais e tragédias pessoais, alianças perigosas são formadas. E se é que é possível, tudo que já estava difícil, se torna insustentável. A guerra se aproxima.


Talvez seja o que acontece depois que uma pessoa cresce e entende que foi traída pela própria família.(...) Olhe só para você, Arin. É feito de tantos limites esplêndidos e estúpidos.

Acho que o ponto alto desse livro foi Arin. Além de conhecermos mais sobre o personagem, conhecemos  mais sobre seu passado. E o reino aliado de Arin não poderia ser mais cativante, surpreende e fantástico! Embora sua rainha não tenha me agradado, tira os olhos do Arin dona rainha! haha não posso negar que os cenários dessas ilhas, descritos pela autora são de tirar o fôlego! Além do mais, a amizade improvável que surge entre o irmão da rainha, Roshan e Arin é enternecedora. Já que durante todo o livro, o clima é de pura tensão.


– Por que você vem aqui, se não para eu dizer o que ninguém mais diz?– O que eu quero – Roshar disse – é que você me acuse. É isso o que ninguém mais faz. Nemmesmo meu povo, que me vê como vítima. E nunca, jamais, a rainha.– Acusar você de quê? Escapar quando sua irmã não escapou? Sobreviver? – Delicadamente, Arindisse: – Se esse é o seu crime, é o meu também.


E assim, separados durante todo o livro, seguimos em trajetórias distintas, recheadas de surpresas e segredos prestes a serem revelados, com Arin e Kestrel. O final me rasgou o coração em tirinhas e me fez ter vontade de entrar no livro e matar algumas criaturinhas que não deveriam fazer parte do planeta! Estou ainda mais ansiosa pelo desfecho da série. Com um final eletrizante e chocante daqueles, só posso crer que virá algo inacreditavelmente belo por aí!

Para terminar essa resenha, só posso acrescentar que esse é um livro muito inteligente. E com as mesma pinceladas de política e estratégia do primeiro. Com um romance na medida certa, talvez um pouco menos do que em A Maldição do Vencedor, nesse livro temos a chance de conhecer nossos heróis em suas individualidades. Já sabíamos como agiriam juntos. Mas como fariam separados?  


Ela fixou o olhar no anel de Tensen. Fazia um tempo que ele não o usava. Ela imaginou que ele o tivesse perdido e reencontrado. Às vezes, as coisas são assim. Em outras, porém, como Kestrel bem sabia, o que estava perdido continuava perdido para sempre.

Com seu final surpreendente, esse é mais um livro da mesma trilogia, que irei levar para sempre comigo. E depois de dois meses de leitura, ainda é difícil colocar em palavras meus sentimentos por ele. Mesclando fantasia, distopia e romance, essa sim é uma história onde pode se dizer que sua autora foi corajosa. Marie não segue padrões, tudo em sua escrita é original. O final do livro é a prova disso. Ainda não tinha visto um livro, onde os personagens se mantém separados durante toda sua história. E nem muito menos alguém finalizar um segundo livro como Marie fez. Sim estou apaixonada! haha. 

Espero mesmo que vocês tenham gostado e conseguido entender meus pensamentos bagunçados e sentimentalóides, por esse livro. Espero mais ainda que LEIAM! Esse é meu desafio para vocês esse ano! Deem uma chance e depois venham me contar o que acharam! Como eu disse lá em cima, nada do que eu diga fará jus a essa história. Só lendo para saber... 💕


Às vezes, achamos que queremos uma coisa – Arin lhe disse –,quando o que precisamos é deixá-la para trás.



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