... olhos morenos, despertavam sentimentos sonolentos, mal dormidos no tempo. Aqueles sorrisos de outrora, esquecidos no baú das lembranças perdidas. O mundo cabia na circunferência de um abraço e o universo no laço entre nós dois...
Antonio Pereira Apon.
Acordei. O silêncio gritava entre os sons naturais da manhã. A brisa brincava serena, despertando odores florais; cheiro de mar, pão assando, café coando... Aromas de vida despertando a química perfumosa do dia. Nem buzinas nem beeps, sirenes nem burburinho. Nada de rádio ou TV, internet, celular… Só o marulho das ondas vagantes, o farfalhar das folhas e o silêncio sem pressa a declamar sua poesia.
Um resto de arco-íris, dava conta da breve chuva que passou. Um alvor impressionista, salpicava cores acordando a paisagem. Dois olhos morenos, despertavam sentimentos sonolentos, mal dormidos no tempo. Aqueles sorrisos de outrora, esquecidos no baú das lembranças perdidas. O mundo cabia na circunferência de um abraço e o universo no laço entre nós dois.
A vida inspirada a cantar, tecia uma eterna primavera. Sonhos orvalhados de esperança, voavam desapreçados. E sem preço o coração rebrincava de contente… Mas… Acordei!
Bom dia!