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Vestígios


Fugaz é o desejo que tenho ao ver-te assim desamparada 
Entrelaçada em lençóis de pura seda aveludada e quente.
Cobres-te de timidez e de uma malícia envergonhada
E respiras aos soluços trémulos, sem que o coração aguente.

Não permites que caminhe no teu Corpo forasteiro
E a pela escuridão tento encontrar algum caminho.
Nada de ti recupero neste meu devaneio ligeiro
E ali, na escuridão, mesmo contigo, sinto-me sozinho.

Nada é pior do que não puder ver-te solta e desprevenida
É como tirar da boca água que mata a sede.
Não te escondas atrás daquilo que te amedronta e que te castiga
E deixa que o meu corpo tenha aquilo que tanto pede.

Neste universo vive-se apenas do desejo
Que rasga a alma num desalmado vigor
Nesta terra de luxúria não se fica pelo beijo
Quando nos corpos nus se descobre alguma cor.



Por: Nuno Barradas


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Vestígios

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