Quando nós Bombeiros conseguimos ser os maiores incendiários da opinião pública. Primeiro estamos contra a gestão de desgaste de equipamentos e gestão da fadiga da manobra, quando nos propõem o transporte com recurso a ferrovia. Mesmo que durante anos tenhamos solicitado essa solução. Depois estamos contra o secretário de estado, porque alegadamente terá chamado o voluntário de amador...isto sem ninguém sequer se ter dignado a interpretar todo o contexto da afirmação na AR. Esquecendo ainda todo o trabalho em prol das massas que o senhor tem desenvolvido. Depois colocamos em causa o número de vítimas mortais do IF do Pedrógão, colocando em causa camaradas que procederam à contagem e todo um conjunto de organizações governamentais e não governamentais presentes no terreno...talvez porque é preferível acreditar na teoria conspirativa de uma vala comum. Ainda duvidamos da seriedade que exigimos para nós próprios na afetação de meios nos teatros de operações e colocamos em causa o mecanismo por trás do princípio da subsidiariedade, quando o MAI recusa em primeira instância a ajuda não programada de bombeiros espanhóis. Como se aparecer sem solicitação e à revelia num Incêndio fosse qualquer coisa desejável e louvável. Ainda não satisfeitos por colocarmos tudo em contestação, achamos que a ANPC procede mal nos esforços para a unificação da informação operacional, quando nós Bombeiros "sedentos" por um comando único e exclusivo dos Bombeiros até ajudámos a fake news da queda de uma aeronave. Ainda não satisfeitos...achamos que toda a ANPC está mal concebida, concluímos que na existência do SNB e do SNBPC é que tudo andava bem. Mas esquecemos nos das condições disciplinares do nosso corpo de bombeiros, ausentamo nos de avaliar as competências dos nossos comandantes, fingimos que a assiduidade dos nossos operacionais é exemplar e nem nos passa pela cabeça que as manobras por vezes são mal executadas ou insuficientes. |