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5 Filmes Atuais em Preto e Branco

Tags: preto branco esse

Os filmes nos impressionam desde 1895 quando os irmãos Lumière projetaram para o público o filme de um trem saindo da estação, feito em Preto e branco e sem som. Porém, o que nos parece simples hoje deixou a platéia perplexa e assustada, pois alguns pensaram que o trem sairia da tela, e, por esse motivo acabaram deixando o local. Hoje em dia, com o auxílio da tecnologia, o cinema continua inovando e nos deixando de boca aberta, e tudo isso começou com um desafio simples: trazer som e cor ao cinema.

Os filmes antes da década de 30 eram coloridos à mão, quadro à quadro, uma tarefa árdua, demorada e cara, até que a empresa norte americana Technicolor lançou uma câmera com três elementos, ou seja, filmava em três cores. Assim, sobrepondo isso na projeção tínhamos um filme colorido. O primeiro filme a usar essa técnica foi Vaidade e beleza (Becky Sharp, 1935). A chegada dessa tecnologia ao cinema só atrasou pois as pessoas deixaram um pouco de lado a questão da cor por julgarem mais importante a presença do som.

Mas, até hoje vários cineastas ainda produzem seus filmes como nos primórdios do cinema, utilizando o bom e velho preto e branco. Charles Chaplin por exemplo, mesmo com a chegada da cor ao cinema continuou produzindo seus filmes monocromaticamente, e por uma questão estética muitos continuam até hoje realizando seus filmes dessa forma.

Os responsáveis por dar vida ao PB através de contraste de luz e sombra são os diretores de arte e fotografia, que estudam as melhores formas de se filmar, tanto do ponto de vista técnico quanto da validação poética, trazendo a emoção necessária para a película com esse processo de filmagem.

Para mostrar que o preto e branco continua vivo, separei para vocês uma lista com 5 filmes modernos que utilizam o PB.

IDA


A fotografia impecável desse filme fica por conta de de Łukasz Zal e Ryszard Lenczewski, que permite ao público submergir nos personagens. A falta de cores assim como a baixa presença sonora são fundamentais aqui, pois o silencio, os enquadramentos e os gestos falam por si só.

O filme polonês extremamente dramático foi indicado em duas categorias no Oscar (direção de fotografia e filme estrangeiro) e acabou levando um (filme estrangeiro).

SINOPSE:

A jovem noviça Anna (Agata Trzebuchowska) está pronta para prestar seus votos e se tornar freira, só que antes disso, por insistência da Madre Superiora, vai visitar a única familiar restante: tia Wanda, uma mulher cínica e mundana, defensora do Partido Comunista, que revela segredos sobre o seu passado. O nome real de Anna é Ida, e sua família era judia, capturada e morta pelos nazistas. Após essa revelação, as duas resolvem partir em uma jornada de autoconhecimento, para descobrir o real desfecho da história da família e onde cada uma delas pertence na sociedade.


NEBRASKA 


Quem me conhece sabe que esse filme é minha cara, e por isso mesmo ele é meu filme preferido nessa lista. Eu tenho certeza absoluta que ele não funcionaria tão bem se fosse colorido, e acho que desde o roteiro já dava pra sacar que esse filme tinha que ser em preto e branco. A fotografia genial e desacreditada fica à cargo de Phedon Papamichael. 

SINOPSE :

Woody Grant é um homem idoso e alcoólatra que acredita ter ganho US$ 1 milhão após receber pelo correio uma propaganda. Decidido a retirar o prêmio, ele resolve ir a pé até a distante cidade de Lincoln, em Nebraska. Percebendo que a teimosia do pai o fará viajar de qualquer jeito, seu filho David resolve levá-lo de carro. Só que no caminho Woody sofre um acidente e bate com a cabeça, precisando descansar. David decide mudar um pouco os planos, passando o fim de semana na casa de um de seus tios antes de partir para Lincoln. Só que Woody conta a todos sobre a possibilidade de se tornar um milionário, despertando a cobiça não só da família como também de parte dos habitantes da cidade.


O ARTISTA 


Acredito que esse seja o filme mais conhecido dessa lista, ainda mais depois de receber o Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor (Michel Hazanavicius) e melhor ator (Jean Dujardin). Descrevo-o como um filme de contrapontos, simples assim. 

Além de ser em preto e branco seu som fica apenas por conta da trilha sonora, que também é magnífica. Esse é um filme que mostra como um filme em preto e branco pede muito mais de um ator, não há desvio de foco, a concentração do espectador se volta toda para o personagem.

SINOPSE:

Na Hollywood de 1927, o astro do cinema mudo George Valentin (Jean Dujardin) começa a temer se a chegada do cinema falado fará com que ele perca espaço e acabe caindo no esquecimento. Enquanto isso, a bela Peppy Miller (Bérénice Bejo), jovem dançarina por quem ele se sente atraído, recebe uma oportunidade e tanto para traballhar no segmento. Será o fim de sua carreira e de uma paixão?


A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA 


Sim, eu sei que esse filme não é todo em preto e branco e é justamente por isso que eu o coloquei nessa lista, para mostrar que o cinema atual não está preso aos formatos convencionais, ele pode se reiventar de forma simples e com recursos mais simples ainda.

Nesse filmes apenas alguns trechos são feitos em preto e branco e isso é utilizado como um ótimo recurso de linguagem no filme. O PB é utilizado em cenas que retratam o passado obscuro do protagonista e, portanto, ajuda a ter uma maior carga dramática. 

SINOPSE:

Danny Vinyard (Edward Furlong) é um adolescente bastante influenciável, e que sente uma enorme admiração pelo irmão mais velho, ex-skinhead Derek Vinyard (Edward Norton). Os irmãos fazem parte de uma família abalada pela perda precoce do pai, um bombeiro, que ao tentar apagar um incêndio num bairro negro acabou por ser baleado.

Incitado pelo seu ódio aos negros e às minorias, Derek torna-se líder de um grupo de skinhead, que prega o ódio pelos negros e imigrantes. Uma noite Danny avisou ao seu irmão que três homens negros estavam tentando roubar o carro de seu falecido pai. Foi preso após matá-los brutalmente. A estadia na prisão, o tornou herói perante a comunidade neo-nazista e torna-se exemplo para os jovens brancos e excluídos do seu bairro, que o idolatram e seguem o seu pensamento. Danny começa a seguir os passos de seu irmão.

Devido as experiências passadas na prisão, Derek questiona seus valores racistas com a mesma veemência que as construiu. No decorrer de um único dia, tanto Derek quanto Danny relembrarão episódios do passado que os fizeram chegar àquele ponto e terão suas vidas radicalmente transformadas.


FRANKENWEENIE


Tim Burton é um daqueles diretores que ou você ama ou você odeia, sem meio termo. Nessa animação em stop motion o Diretor quis através do preto e branco dar um ar mais plangente e clássico ao filme. Eu digo clássico pois é muito fácil enxergar a homenagem ao clássico Frankeinstein de 1931, também feito dessa forma.

É muito difícil para as pessoas imaginarem uma animação em preto e branco hoje em dia, e esse filme vem para provar que isso é possível, e a narrativa do filme ajuda muito nisso. 

SINOPSE:

Victor (Charlie Tahan) adora fazer filmes caseiros de terror, quase sempre estrelados por seu cachorro Sparky. Quando o cão morre atropelado, Victor fica triste e inconformado. Inspirado por uma aula de ciências que teve na escola, onde um professor mostra ser possível estimular os movimentos através da eletricidade, ele constrói uma máquina que permita reviver Sparky. O experimento dá certo, mas o que Victor não esperava era que seu melhor amigo voltasse com hábitos um pouco diferentes. 


E para finalizar vou citar algo que um amigo meu me mandou recentemente e fiquei muito feliz (valeu Huki, hahaha), vamos falar sobre Mad Max em preto e branco.

O Diretor do filme, George Miller, descreve essa como a melhor versão do filme, e quem viru o filme sabe que é um dos melhores filmes de ação da década, se não o melhor filme.


Em entrevista o diretor disse que sonha com isso desde Road Warrior "em 1981, e admite que algumas cenas de Fury Road em PB são superiores as coloridas. Em breve será lançado um blu-ray com essa versão do filme, fica a dica.

Confira abaixo a entrevista com George Miller que citei.



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