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Westworld: A Busca por Respostas

O quarto episódio de Westworld pode ser definido como a busca por respostas. Nesta passagem apresentada pela HBO na noite de domingo (23), pudemos ver certa agitação movimentando todos os lados do parque. Nas narrativas, Dolores e Maeve novamente buscaram fragmentos de acontecimentos passados. Suas memórias desencadearam um grande número de perguntas sem respostas.

Já no lado não artificial, temos O Homem de Preto buscando respostas para então alcançar o labirinto. Além dele, Elsie e Bernard tentam entender o que motivou o robô se auto agredir, como ocorreu no terceiro episódio. E para continuar, no meio desta confusão de infinitas dúvidas, há nós, os caros espectadores que assim como os personagens, buscam entender as diversas questões misteriosas que até o momento não ganharam respostas.

Nossas perguntas são: o que é o labirinto?  Quem é o homem de preto?  Quem  realmente é o Dr. Ford? Além disso, existe a questão que não quer calar: como Arnold morreu?  

O quarto episódio não falou sobre todas as nossas dúvidas, mas algumas das perguntas mais questionáveis ganharam ênfase e também um bom desenrolar sobre os mistérios que guardam, nos levando há uma única direção, nós estamos próximos de obter as respostas.

O episódio inicia com tradicional diálogo entre Bernard e Dolores, desta vez a personagem fala sobre a morte dos pais e afirma sentir dor pelo ocorrido. Bernard a questiona, se ela desejar, o sentimento será retirado da sua programação. Mas Dolores diz não querer isso. A sensação da dor abre espaços que ela nunca explorou antes. Como já dissemos anteriormente, Westworld está mostrando gradualmente a evolução dos robôs e com toda a certeza, Dolores Abernathy é a peça chave deste progresso. Vemos a androide se conhecer cada vez mais. Desde sua “libertação”  ela passou adaptar respostas, fugindo das falas definidas. Dolores está criando sua própria personalidade, fugindo dos padrões tanto internos quanto externos que resultam nas suas ações.

Vemos isso no terceiro episódio, quando a personagem mata um pistoleiro que havia lhe agredido.  Dolores não era para ter feito aquilo, a personagem sequer foi treinada para pegar numa arma, mas ao lembrar do ocorrido com O Homem de Preto a sensação de medo a tomou, ocasionando em ações não determinadas. Agora no quarto episódio vimos Dolores longe do seu cotidiano. Distante da narrativa diária, ela encontra-se num vilarejo afastado de sua casa. Esse mesmo lugar remete a personagem flashs sobre o que aparentemente ocorreu em narrativas passadas. Certamente, essas lembranças são um ponto que devemos dar atenção, pois com certeza vão fundamentar a história e as ações da personagem após as peças encaixarem.

Se Dolores é uma personagem chave, outra que também é destaque na evolução da consciência artificial é a meretriz Maeve. Em todos os episódios até o momento a personagem ganhou bastante espaço. Nesta suas aparições, ela mostra as fases da evolução pela qual vem passando. Em episódio anterior, após fugir do laboratório, ela presenciou o verdadeiro modo como os robôs são tratados, depois dessa situação, tornou-se comum os questionamentos sobre o que se passa na sua cabeça. No quarto episódio Maeve lembra-se de ter visto os operários do parque – funcionários – com trajes especializados para a função que exercem Pelo fato dela desconhecer trajes mais avançados, soa para a personagem algo inexplicável que passa atormentá-la.

Após lembrar ela desenha a forma da “criatura” – funcionários. Como se não bastasse, ainda se questionando sobre os pensamentos estranhos, ao passear na rua ela debate-se com índios que estavam de passagem. Um dos integrantes do grupo deixa um boneco com a forma dos operários cair, então este é o estopim para Maeve e seus questionamentos tomarem um nível maior. Ao juntar o brinquedo ela questiona o que é aquilo. A resposta que obtém é que o brinquedo é algo sagrado dos índios, como se fosse um Deus para eles.

Momentos mais tarde quando Hector (Rodrigo Santoro) chega para assaltar o bar de Maeve, ela o questiona sobre esses lembranças, o “homem” então responde: É uma lenda sagrada dos índios. Eles os desenham. Maeve o pergunta sobre as sombras, que neste caso, são os operários que ela viu vagamente pelo fato de estar quase morta. Os funcionários chegaram para levá-la a sala de reestruturação. A resposta que obtemos de Hector é fantástica, pois evidencia a ligação entre os dois mundos e também uma certa consciência por parte dos robôs que lá no fundo parecem saber que não estão sozinhos. Hector diz: São homens que caminham entre os mundos. Foram enviados do inferno para vigiar nosso mundo.

A busca de Maeve por respostas não acaba aí. Conforme ela e Hector conversam, ela diz se lembrar de ter levado um tiro, mesmo que não tenha cicatriz no local. Após levar o tiro ela viu a “criatura” ao lado dela e depois seu corpo voltou ao normal. Ela pede a Hector que corte o lugar onde a bala adentrou. Após a faca cortar Maeve ela retira de seu corpo um fragmento estranho. Em seguida diz não estar louca.

O que vemos em Maeve é uma abordagem um pouco diferente de Dolores. Ambas são as chaves para essa evolução apresentada, mas diferente de Abernathy, Maeve mostra uma importância maior com o que está sentindo. Ao mesmo tempo seus fragmentos de narrativas passadas aparecem com mais frequência que os de Dolores que é a  personagem primária.

Assim como as nossas queridas personagens que buscam por respostas, O Homem de Preto também busca por certas explicações. A dúvida do personagem é como chegar no labirinto. Não sabemos ao certo o que é e para que serve essa parte do parque, mas é de suspeitar que isto pode ser a conclusão do jogo Westworld.  

Neste episódio O Homem de Preto aparece indo atrás de uma mulher com tatuagem de serpente, ele precisa saber a história da marca, pois acredita que é o novo passo para se aproximar do que almeja.

Lawrence o questiona sobre como ele pretende localizar o labirinto, a resposta que obtemos é: Este mundo é uma história. Li todas as páginas, menos a última. Preciso saber como acaba. Conforme os contextos avançam, chegamos num ponto onde O Homem de Preto menciona o nome de Arnold e posteriormente alega que o próprio criou um mundo onde se pode tudo, menos morrer. Mas que posteriormente quebrou essa regra e criou uma última história – labirinto – onde existe a violência real. 

Sabemos que Arnold morreu no parque e que ele queria criar a consciência artificial. Sabemos também que ele criou o labirinto, uma narrativa que aparentemente contém a real violência. A dúvida que fica: Poderia Arnold ter sido morto por um robô consciente na sua narrativa violenta?

Embora haja essa especulação,com certeza não será fácil para descobrirmos. Teremos de esperar os próximos episódios e ver o que nos aguarda.  Westworld é uma série que mostra potencial e muitos desfechos certamente estão bem ocultados.

O quarto episódio de Westworld nos aproximou um pouco mais da consciência artificial que está por vir. Mistérios como o robô suicida ainda não foram explicados, sabemos que os responsáveis pela análise comportamental dos androides passa a ser o setor de qualidade, enquanto a equipe de Bernard e Elsie assistirá de perto. Certamente veremos nos próximos episódios muita confusão, tanto nas narrativas quando na gerência.

Westworld veio com a premissa de ser mais um dos sucessos da HBO. Encarregada de ser uma grande série para suprir a conclusão de Game of Thrones, o seriado de Jonathan Nolan e Lisa Joy realmente mostra que veio para ficar e juntar legiões de fãs. Esperamos que o próximo episódio seja recheado de ótimos momentos.



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