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MITOS MÓRMONS MAÇONS

Cesóstre Guimarães de Oliveira
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O mexeriqueiro revela o segredo, mas o fiel de espírito o mantém em oculto. Provérbios 11:13

      Embora minha formação acadêmica não seja no campo das pesquisas históricas, algumas vezes tenho me aventurado a pesquisar tudo que se relacione a Maçonaria, até Mesmo, por entender que este é um dever, antes de ser privilégio, concedido a todo iniciado Maçom. Talvez por ter essa compreensão, algumas vezes me arrisco também nas especulações sobre nossa origem.
      Sei que [...], este tema apaixonante, também é um ponto de discórdia entre aqueles que se aventuram a pesquisar o assunto, uma vez que até mesmo não maçons tentam abordá-lo, mesmo não estando qualificados. Sendo assim, a salada esta pronta para o deguste, sirva-se. Contra-senso, é assim que defino suas tolas tentativas de nos explicar. Em suas razões para nos “investigar”, vejo apenas esquálidas tentativas de desvirtuar uma existência, que a muito foi marcada pela história como benéfica. Nomes que já conquistaram notoriedade no cenário das pesquisas, ao nos investigar, cometem o erro primário de baseia-se apenas nos registros fabricados, tendenciosos, deixando claro que desconhecem a mesma que afirma: “qualquer um que tente explicar a origem da Maçonaria deve estar preparado para um desafio digno de ser relatado na Teogonia [origem dos deuses da mitologia grega]. Somente os tolos não sabem que por maior que sejam seus esforços, ninguém, jamais, conseguirá alguma forma de consenso que aponte para o marco zero de nossa origem.
      Vários foram aqueles que já tentaram, eu mesmo tenho me arriscado a fazer conjecturas, mas dentre os especuladores, os que mais me incomodam são aqueles que nem iniciados são, como ousam falar de algo que lhes é estranho? Esta presença alienígena em nossos assuntos me incomoda, mas, a coerência me impõe o dever de aceitar que todo pensamento, mesmo quando divergente, têm seu valor e merece respeito.
      Mesmo assim, considero utopia a esperança que alguns têm de que em dado momento da história nossa origem seja resgatada do limbo do esquecimento. Não creio que isto aconteça nunca, talvez seja possível o consenso, mas, somente, na certeza de que a Maçonaria é a mais antiga organização fraterna do mundo. Apenas para registro, digo-lhes que sou partidário do pensamento que afirma ser verdadeira a origem da Maçonaria anterior a 1717.
      Mas, embora tenha iniciado desta forma este artigo, não foi para falar unicamente da origem que iniciei este novo trabalho [...], meu verdadeiro intuito é abordar os mitos que nos são atribuídos. Para que entenda o porquê desta forma de abordagem apresento-lhes duas razões que penso me justificar:

a) a primeira razão seria a paixão que tenho por este tema,

b) a segunda razão, e talvez, o verdadeiro motivo, é a necessidade de linkar o leitor ao tema que pretendo abordar.

      [...] e, a partir deste contexto lhes convido a fazerem comigo um passeio pela história. Não sem antes, lembrar-los que mesmo anterior a nossa existência se tornar de domínio publico, já existíamos como opositores aos tiranos. Já eramos lutadores de uma incansável batalha deflagrada contra os déspotas. Em função desta louvável postura, ao longo dos séculos, a Maçonaria foi “conquistando” o ódio de muitos, nos obrigando a conviver com doutores indoutos, que em seus procedimentos, se na idade média, seriam condenados até mesmo pelo mais benevolente inquisidor. E, são estes desvirtuadores da verdade que têm acusado a Maçonaria de ser praticante dos mais bizarros e mitológicos rituais. Nesta insana, desmedida liberdade, onde as regras e o respeito nada significam, eles detalham com minuciosa riqueza aquilo que suas mentes doentes lhes convenceu ser a verdade. Procedendo assim induzem alguns pobres incautos a crerem que as práticas visualizadas pelos delírios de uma mente perversamente fantasiosa realmente existem.
      Penso que a facilidade com que se publica na internet, somados a fascinação que alguns cineastas “hollywoodianos” têm pela Maçonaria, faz com que os mitos e lendas perniciosos a Maçonaria cresçam de forma descontrolada. Algumas das fantasias alimentadas pelos adubadores de mentes me lembram o filme “A Hora do Pesadelo” [Filme de terror da década de 1980], onde dormir era perigoso. Os criadores de monstros conduzem o leigo a tal estado de pavor, que a simples sombra de uma palmeira ao luar os faz tremer de medo. São crianças, [só que sem sua inocência], brincam com fogo, sem ponderar as conseqüências de suas ações. Estes trapalhões não passam de verdadeiros pavões, que enfeitados com títulos adquiridos em cursos teológicos que proliferam nas esquinas, ensinam de forma irresponsável inverdades que nem mesmo eles acreditam. É comum ouvi-los dizer: “A Maçonaria é uma religião anticristã que estar alicerçada em princípios satanistas”. Estes pândegos que em sua maioria não conhecem nem mesmo a origem dos rituais da fé que professam, se nomeiam defensores de uma verdade que é somente sua. Se soubessem pelos menos suas origens não nos lançariam seus olhares remelentos de preconceitos, que os privam da visão da verdade. Julgam-nos como se a verdade fosse parte de seu patrimônio religioso, e por não ser, eu lhes pergunto: como pretendem explicar o que lhes é inexplicável?
      Perdoem-me leitores, mas terei que repetir mais uma vez: “a Maçonaria não é religião”. Nossas práticas estão além daquilo que os donos da fé religiosa estão acostumados. O bom disto tudo, é que por mais que tentem, por mais que distorçam a verdade, [...] aquele que planeja ser iniciado nunca, jamais, será induzido a crer que poderá alcançar uma “salvação” além daquela que sua fé religiosa lhe oferece.
      Eu e outros autores [mesmo leigos como eu] temos dito [e é verdade], que o Maçom é instruído a seguir a fé que escolheu, e que a Maçonaria em nenhum momento de nossas práticas irá interferir em nossos assuntos de religião, a não ser, que estes assuntos se tornem em ferramentas de aprisionamento e cessamento do direito. Infelizmente nem todos compreendem que ser Maçom, é embarcar na busca pelo conhecimento, sem ter que abraçar uma nova promessa de salvação ou mudança de religião. Não permitam que lhes enganem, a Maçonaria não é uma seita, nem mesmo uma nova religião, embora existam aqueles que os tentem a pensar assim. As acusações de satanismo não passam de palavras lançadas ao vento, ao contrário disto, somos pessoas comprometidas com as boas e saudáveis práticas da religião. Se isto não for à verdade, o que dizer dos valorosos cristãos que são maçons?
      Faz parte dos objetivos da Maçonaria ajudar o Maçom a perceber a importância dos valores morais, além de fortalecer os ensinamentos que cada um recebe em sua religião, procedendo assim, acreditamos estar contribuindo na construção do caráter de cada iniciado. Quem confunde estes objetivos com crenças ou rituais satânicos é alguém que no mínimo pode ser analisado como desprovido de bom senso, e com certeza têm sérios desvios no senso comum.
      É claro que as ações dos indivíduos sem nenhuma qualificação, que se predispõem a nos explicar, baseados unicamente em seus preconceitos, não deveriam me incomodar, mas, embora eu entenda suas limitações, este é um sentimento que ainda estou a trabalhar nele. Não consigo ignorar estes terroristas do bom senso, que perpetuam maldosas fábulas onde maçons passeiam montados em bodes e fazem transfusão de sangue do animal para si [como se fosse possível sobreviver a isto].
      Algumas destas “fábulas” são repetidas desde a longínqua Idade Média, quando a mente frenética de alguns religiosos, desejosos por se tornarem únicos, passaram a associar o bode, [um pobre animal [...], feio e fedorento] ao diabo. Esta asneira que nasceu na parte mais escura dos porões das mentes perturbadas dos inquisidores medievais, é filha do medo de perder fiéis. Graças aos criadores de monstros e demônios temos um diabo de pele vermelha, chifres, rabo de ponta, pés de bode, que traz a mão um tridente, uma espécie de cetro com o qual deveria perfurar a pele dos condenados, enquanto estes amargavam eternamente mergulhados em um lago de piche.
      Os dramáticos inquisidores medievais diziam que certas mulheres [sempre elas] eram bruxas, e que em suas orgias diabólicas convidavam o diabo para que participasse de seus rituais, sendo que no final, ele retirava-se montado em um bode preto cruzando as ruas das cidades em busca de almas pecadoras. Foi aí, neste lúgubre clima de terror e medo que pela primeira vez, os cristãos medievais receberam a doutrina do bode demônio, nos deixando como herança seu medo e suas dúvidas.
      Não demorou muito, com o apogeu dos Templários, o nascimento e crescimento do protestantismo, o clérigo católico se viu obrigado a combatê-los, e como eu disse no principio, tendo a Maçonaria como defensora dos injustiçados, a Igreja dominante partiu para mais uma “santa” guerra, desta vez contra a Maçonaria. A visão do clero era: “a fraternidade maçônica é um inimigo, e como tal deve ser combatida”.
      Eles não estavam dispostos a dividir o domínio que exerciam sobre as pessoas, de olho nesta empreitada passaram a acusar todos os maçons de bruxaria, sodomia e satanismo. Aos olhos dos cristãos medievais, cada Maçom passou a ser um adorador do diabo, os líderes [religiosos] passaram a ensinar suas ovelhas, que para ingressar na fraternidade, o candidato teria que montar em um bode preto, como forma de provar que era digno dos favores do diabo [eles diziam que este passeio sobre o bode simbolizava o passeio do diabo pela terra]. Infelizmente esta idéia também foi absorvida pelo protestantismo, que não conformado em aceitá-la, também incorporou a suas crenças, igual fez com algumas outras doutrinas do catolicismo medieval.
      Para alguns esta idéia pode parecer absurda, mas ainda hoje, existem aqueles que acreditam nesta bobagem, e eles são muitos. Conseguem localizar o bode até mesmo na estrela de cinco pontas, que também é um símbolo do judaísmo [o berço do cristianismo]. Os cauterizados de mente não percebem que em síntese, na Maçonaria, a estrela de cinco pontas faz referencia à glória resplandecente do Grande Arquiteto do Universo [que é Deus], e enche com sua luz, [conhecimento], o universo. Para um Maçom, a estrela de cinco pontas, [ou estrela pentagonal], também representa a “capacidade de compreensão, que deve possuir cada ser humano, para transformar a si mesmo num centro irradiante de vida, como uma estrela no firmamento” [http://leonildoc.orgfree.com/ini11-2.htm – em 23/03/2011].
      Quem em sã consciência encontrará nesta estrela, uma referencia ao satanismo? Somente as mentes perturbadas que conseguem ver até mesmo nos inocentes desenhos infantis de Walt Disney alguma manifestação diabólica.
      Tudo na Maçonaria os incomoda, até nossa discrição é motivo para nos rotularem de satânicos. Será que eles não sabem que todos os procedimentos legais de uma Loja Maçônica são registrados, e estão à disposição da justiça e do público em geral? Será que não vêem os adesivos do esquadro e compasso fixados nos pára-brisas de nossos automóveis? Se a Maçonaria fosse realmente uma organização secreta [no sentido pejorativo], que tolo se exporia assim? Se fossemos, quem além de nós saberia dos nossos locais de reuniões? Pensem nisto.


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