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era mais fácil parar o comboio


com uma mão, que parar o que me vem à cabeça nesta hora.

quando assim é, aterro numa cadeira e fico ali, parada, como um flamingo numa perna só. não oiço ou vejo nada nem ninguém.

o mal foi esse, viram-me assim demasiado tempo e as perguntas choveram como pedras. que carinho é palavra e sentimento desconhecido lá em casa. gasta-se mais depressa que dinheiro em mão de jogador. e então, para o não gastarem, nem o usam.

mas acabariam por saber. tudo se sabe nas terras pequenas. tudo. eu própria teria necessidade de falar, mas não com ela. com ela nunca tive.

queria achar um culpado. não consigo. nem bem a razão foi o dinheiro como quis acreditar. que dinheiro afinal?

as coisas práticas vieram por acréscimo não foram nenhum trato, nenhum preço.

preço tenho só um e só eu o conheço. não foi essa a razão e não há culpados. mas para a vila há crime. para a minha mãe há vergonha. como é que eles fazem isto, digam lá?

é melhor distrair-me com o som do comboio nos carris. gosto do som. é dolente. cadencia quase de onda com um pouco, bem... muita imaginação.

o outro não resiste a uma gargalhada. deixa-o estar. também só me ri de raiva. muita raiva. se lhe falasse agora pagava ele pelos outros. isso não.



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