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DATA E DEDICATÓRIA


Teus poemas, não os dates nunca... Um poema
Não pertence ao Tempo... Em seu país estranho,
Se existe Hora, é sempre a hora estrema
Quando o anjo Azrael nos estende ao sedento
Um poema é de sempre, Poeta:
O que tu fazes hoje é o Mesmo poema
Que fizeste em menino,
É o mesmo que,
Depois que tu te fores,
Alguém lerá baixinho e comovidamente,
A vivê-lo de novo...
A esse alguém,
Que talvez ainda nem tenha nascido,
Dedica, pois, os teus poemas.
Não os dates, porém:
As almas não entendem disso...

Baú de espantos. Porto Alegre: Globo, 1986
Sopa de Pedra Riders Bons Amigos e maus Caminhos...


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