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Etnográfico preserva tradições numa terra que tem muito para mostrar

Etnográfico canta e encanta no festival

Homenagem a Miguel Almeida
A Gafanha da Nazaré e o concelho de Ílhavo merecem uma visita mais demorada, porque «por aqui há muito que ver”, disse Tiago Lourenço, vereador da autarquia ilhavense, na abertura do XXXVI Festival Nacional de Folclore, que decorreu na Casa Gafanhoa, no sábado, 6 de julho, com a presença de convidados e dos grupos e ranchos que apresentaram as suas danças, cantares e trajes, à noite, no Jardim 31 de Agosto, com organização do Grupo Etnográfico (GEGN). E sugeriu que, numa próxima visita, os convidados viessem com as suas famílias para apreciar o Navio-museu Santo André, o Museu Marítimo de Ílhavo com o aquário do bacalhau, o Farol mais visitado do país, as melhores praias e o Festival do Bacalhau que vai decorrer em agosto. 
Tiago Lourenço frisou a importância do GEGN na preservação de vivências e tradições do nosso povo, “algumas das quais experimentou na casa dos seus avós”, enquanto lembrou Alfredo Ferreira da Silva, fundador do GEGN e seu presidente até recentemente, a quem a Nossa Terra muito deve em vários setores, sendo este o primeiro festival da nova direção. 
O presidente do Etnográfico, José Manuel Pereira, dirigiu palavras de boas-vindas aos grupos visitantes e referiu que todos “gostaríamos de ter connosco o fundador, Alfredo Ferreira da Silva”, com quem aprendemos muito.
José António Arvins, em representação do presidente da Junta da Freguesia da Gafanha da Nazaré, dirigiu também palavras de boas-vindas aos convidados e disse que, neste pouco tempo em que estiveram connosco, decerto, “já deu para apreciar as maravilhas que temos na nossa terra”, salientando "a importância do trabalho do Etnográfico na preservação dos costumes antigos do nosso povo". E Vasco Lagarto, presidente da Cooperativa Cultural da Gafanha da Nazaré, evocou a ajuda prestada ao  GEGN nos primeiros passos, “com um torrão de fermento”, pois sem ele não haverá pão, desejando que o grupo continue na mesma linha. 
Figura marcante dos festivais da Gafanha da Nazaré, como apresentador, tem sido, desde há 35 anos, Miguel Almeida, de Viseu, dirigente da Federação do Folclore Português e profundo conhecedor da etnografia da região “Beira Alta, Viseu e Dão-Lafões”, onde exerce um papel preponderante de natureza pedagógica e como divulgador. 

Homenagem a Miguel Almeida 

Miguel Almeida tem dois livros publicados, “Coisas da nossa Terra — Usos e costumes rurais na volta do ano” e “Coisas da nossa Terra — Histórias, figuras e factos de Viseu”, com textos que tem publicado em revistas e jornais,  sobre temas  de que fala com natural entusiasmo. 
Para além de colaborar com o GEGN, na hora da apresentação dos festivais, também exerce o mesmo papel no Rancho Regional da Casa do Povo de Ílhavo, passando ainda por outras  outras regiões do país. E como apresentador, não podemos deixar de referir que apreciamos e louvamos a sua veia pedagógica, quando explica a natureza e função das danças e cantares, como dos trajes. 
Questionado sobre o que haverá de comum no folclore português, Miguel Almeida adiantou que “há danças que são transversais, diria mesmo, de âmbito nacional; quando falamos do Vira, que nasceu entre Douro e Minho, temos de reconhecer que se tornou a dança nacional por excelência”. E acrescentou: “O Vira viajou com as pessoas que desceram por aí abaixo, e criou raízes”, acontecendo que  "se adaptou à maneira de ser das pessoas de cada terra; aqui, por exemplo, temos o Vira Vareiro, que era dançado pelas pessoas, descalças, na praia, nas fainas da arte da Xávega, a açapar o pé, enquanto nas serras levantam o pé pela aspereza das pedras”. 
Na abertura do Festival, no Jardim 31 de Agosto, o Grupo Etnográfico prestou uma justa homenagem a Miguel Almeida, oferecendo-lhe uma placa cerâmica, da Vista Alegre, onde se regista a sua colaboração durante cerca de 30 anos, e uma fotografia, referente ao 2.º Festival, início da sua ligação à nossa terra, a nível do folclore. 
As lembranças foram entregues ao homenageado por Alfredo Ferreira da Silva, fundador do Grupo Etnográfico e presidente da direção até 2018. 

Fernando Martins

Palco mais baixo e bancadas laterais

Na edição deste ano do festival organizado pelo GEGN há a salientar que o palco foi rebaixado, em relação às edições anteriores, permitindo a quem estava sentado nas cadeiras apreciar melhor o espetáculo, e foram montadas duas bancadas laterais. Mais pessoas puderam confortavelmente admirar danças e cantares  populares. 
No Jardim 31 de Agosto, atuaram o grupo anfitrião e organizador, o Rancho Folclórico Morenitas de Alba, de Castro Daire, as Adufeiras do Rancho Etnográfico de Idanha, de Castelo Branco, o Rancho Típico de Vila Nova de Cernache, de Coimbra, e o Rancho Folclórico de Boidobra, da Covilhã.

NOTA: Textos publicados no jornal Timoneiro de julho. O primeiro sofreu  algumas alterações.


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