O Apoio dos partidos mais à esquerda, ao governo do PS, parece estar em fim de vida e o motivo principal não é a proximidade de eleições legislativas.
António Costa apostou durante algum tempo na obtenção duma maioria absoluta em 2019, mas isso parece não ser possível, e vai daí, o rumo tem sido o da geometria variável, ora com o apoio da esquerda, ora com o da direita, conforme a conveniência.
Os eleitores gostam de estabilidade, é uma verdade, mas já se percebeu que este balançar nos apoios não vai durar, e Costa terá que optar, e o tempo urge.
Os sinais são péssimos, e o 1º ministro que tem sabido gerir as relações dentro da “geringonça”, mostra agora intenções que não podem receber o apoio da esquerda. Costa ao anunciar as obras do IP3 teve afirmações difíceis de engolir, como: “quando estamos a decidir fazer esta obra, estamos a decidir não fazer evoluções nas carreiras ou vencimentos.”
António Costa podia ter feito estas declarações quando o governo injectou dinheiro nos bancos, ou quando deu benefícios fiscais a grandes empresas que lucraram com isso muito mais dinheiro do que vai agora empregar na beneficiação desta via de circulação, mas não o fez. Terá escolhido mal a ocasião, ou terá sido intencional?