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AnáliseMorte: To The Moon

Tags: isso river tinha
Uma análise inesperada, de um jogo inesperado...


ALERTA DE SPOILER!

Esse jogo é simples, leve e curto. É possível terminá-lo em pouquíssimas horas, e ele emociona muito, principalmente com suas reviravoltas. Não recomendo que leia, caso deseje jogar, para não prejudicar sua experiência. Por mais que o artigo esteja curto e não revele tudo sobre a história, a maioria das informações são cruciais para a compreensão e emoção do jogador, assim sendo, repito, não recomendo que leia, caso deseje jogar.

Mas adianto, o jogo é lindo... simples, mas lindo. Existe pra celular e PC.

Boa leitura.


To The Moon (Para a Lua) é um jogo indie lançado pela Freebird Games. Apesar de contar com um visual simples, eis o jogo que mais me fez chorar nos últimos tempos... (apesar de que, eu to bem chorão ultimamente).

Ele toca em feridas profundas minhas mas, nem é por Isso que me fez ficar tão comovido. Ele é um jogo de Drama, puxado pro Point and Click. As vezes ele brinca com elementos diversos, tendo até um ligeiro insinuar de RPG, mas não há qualquer "ação"... pelo menos nada muito intenso.

É apenas em um momento, e nunca mais tentam lutar.
O grande forte está em sua narrativa, alias, que linda... eu estou espantado com o tamanho da criatividade de Kao Gao e sua equipe, tanto na história, quando na forma de conta-la. Tudo muito bem amarrado, misterioso, mas na dose certa pra não ficar complicado de mais pra se entender, e ao mesmo tempo, fazendo questão de exigir o máximo de nossa cachola.


Eta jogo lindo mano! E isso vale pra trilha sonora também, mesmo que ela não seja o foco principal, tem bastante destaque, e não deixa de fazer bonito.

Talvez o único ponto fraco esteja no visual gráfico mas, é o de menos, considerando é claro que é um game Indie, o que foi disponibilizado nele, e com os recursos que tinham, cara, ficou sublime!


Eu sei como é fod4 trabalhar com o RPG Maker, principalmente pra fazer um jogo que nem é "RPG"... Alias eu não sei se já falei disso em algum post mas, eu já tentei fazer um jogo, usando um programa chamado RPGMaker (na época era o 2007 eu acho), que é justamente o mesmo programa usado nesse game.

Minha obra prima num passou de 1 fase demo que mostrava um carinha passando por portas, e era bem chato programar as portas... Daí eu desisti (lembro-me que usava músicas que tirei de uma pasta de Ragnarok Online, pois naquela época, eu nem ligava pra direitos autorais huahuahua).

Mas, To The Moon traz música própria, e muito bem programada e sincronizada com os momentos e emoções que a história passa... além de ter vários pequenos sistemas originais, como o esquema pra sincronizar as memórias...


Basicamente, nós andamos, e quando viajamos pelas memórias, precisamos encontrar e interagir com 5 itens chave pra assim abrir a conexão com a memória mais antiga. Cada link leva pra uma memória mais no passado, mas normalmente os eventos são simples e rápidos.


Boa parte do jogo consiste nisso, ao menos no Primeiro Ato, que é o mais longo. Depois disso rolam apenas as viagens pelos portais e em alguns momentos, tem um pouco de ação (isso no terceiro ato, mas é puramente conceitual, e depois falo disso).

Um momento curioso é um pequeno desafio que surge sempre que os protagonistas vão sincronizar uma memória, tendo de alinhar as imagens dela com um número contado de tentativas. Dá pra tentar livremente, mas existe um número ideal de tentativas... Só não sei que diferença faz.


Tem também alguns pontos de escolha e interatividade, mas no geral, tudo caminha pro mesmo desfecho, com apenas um pouco mais de informação vindo a tona.

Da pra jogar usando mouse ou touch (tem pra celular) e também usando os direcionais. Inclusive em alguns momentos, como na hora de cavalgar (pois é, tem isso) é até melhor usar os direcionais...


Não sei como foi adaptado isso na versão de Android, mas provavelmente deve ter fluido bem. O jogo é meio travado pros clicks, ficando nítido que foi otimizado para o touch, então creio que a versão de celular é melhor (joguei no PC).

Enfim, bora falar do que realmente importa...

História

O jogo conta uma história inicialmente simples, que eu jurava que ia acabar pendendo pro lado do Terror Psicológico mas acabou virando um Drama tão intenso que me fez chorar mais que bebê em funeral de Teletubbies pra caramba.


Mostra um casal de cientistas (casal no sentido de ser um cara e uma mina, pois eles num estão juntos amorosamente, e estão longe de ficar, de tanto que se zoam rs... mas eles se dão bem) que trabalha acessando as memórias de gente velha a beira da morte, e modificando-as, pra realizar seus últimos desejos.


É claro que isso não fica claro no inicio, é algo que vai sendo explicado gradativamente conforme o jogador avança, conversa, e conhece os personagens. No começo só é muito mistério mas, quando todo esse ambiente de ficção científica começa a soar familiar e comum, a trama real se apresenta.


O velhinho no qual eles estão trabalhando, deseja Viajar pra Lua, mas, ninguém sabe sobre sua vida, seu passado, sua história. Então os cientistas passam a explorar suas memórias pra entender a origem de seu desejo, para assim projeta-lo em sua mente.


É uma fórmula complicadinha mas, lembra o que é feito em "A Origem". Uma ideia, pequena, inserida num núcleo profundo da mente (ao invés de sonhos, aqui é memória, e aqui, a memória mais velha vale como núcleo) desencadeia o desejo real.


Aqui, o desejo toma forma nas memórias, criando eventos que nunca ocorreram, mas tão reais que dão conforto ao afetado.


Bem, o fod4 é que as memórias do velhinho são cruéis de mais... e quanto mais fundo o casal vai, pior tudo fica...


Tudo por causa da River... mano, que moça incrível! Eu... chorei muito por causa dela.

Existem alias tantos personagens interessantes que valem ao menos serem citados, então, vou contar a história ao descrevê-los.


Eva Rosalene



Eva, é uma cientista especialista na manipulação da máquina que navega pelas memórias dos outros. Ela e seu parceiro trabalham pra uma empresa que vende esse serviço, com o objetivo de dar um último alento aos velhinhos.


Ambos parecem bem "humanos", interagindo abertamente um com o outro e buscando correr contra o tempo pra encerrar o serviço antes do velhinho falecer, mas cada um tem uma personalidade bem distinta.


Eva é mais focada e centrada, apesar de tentar ser flexível em alguns momentos, ela faz questão de esbanjar profissionalismo, e paciência, principalmente com seu colega.


Neil Watts



https://jananamation.wordpress.com/tag/eva-rosalene/

Por outro lado, Neil é mais soltinho, e gosta de debochar e brincar com as situações, sempre com algum comentário ou piadinha, fazendo inclusive referências constantes a cultura pop.


As vezes, em situações bem trágicas, ele serve de alívio cômico, mesmo que nem sempre dê certo. Tem horas que ele chega a ser inconveniente, mas Eva sempre tá lá pra controla-lo.


Apesar de serem colegas, e ao que parece amigos desde antes de entrar pra empresa, Eva quem comanda a coisa toda, sendo aquela que detém os controles mestres sobre o sistema. Isso permite que ela corte algumas brincadeiras de Neil, dando a impressão as vezes de que ela é bem chata e carrancuda, mas na real é apenas profissionalismo.


Por fim, Neil toma remédios controlados, fortíssimos, que são descobertos apenas no fim. Ele brinca com a situação, diz que toma eles por ter batido a cabeça na parede, mas no final, isso soa como algo crucial pra continuação.


E sim, esse game é na verdade apenas o primeiro capítulo do que promete ser uma bela saga... Mas ele conta com começo, meio e fim, então esse gancho não interfere diretamente na trama desse capítulo, apesar de gerar algumas teorias...

Johnathan Wyles



A mente revirada pertence a esse senhor, um velhinho dono de uma enorme mansão em cima de uma montanha, ao lado de um Farol, mas sem um histórico aparente. Nem mesmo sua governanta sabe muito sobre ele.


Tudo que se sabia é que ele vivia sozinho ali, tirando a governanta e os filhos dela, e que ele gostava de ser chamado de "Jhonny", apesar de "John" ser a abreviação adequada e mais comum para seu nome (a outra tem teor infantil). E também, ele amava azeitonas, algo que todos acham nojento no jogo (eu adoro!!!).

Em seus momentos finais, antes de entrar em coma, ele contratou a empresa das memórias, pedindo para fazê-lo ir a Lua.


Seu desejo era simplesmente isso, ir pra Lua, e com a capacidade de manipular as memórias, a empresa poderia conceder isso sem muitos problemas.

O sistema era bem simples até, eles só precisavam fortalecer esse desejo dele, partindo da origem, pra que ele virasse o foco de sua vida e se realizasse. O problema é que nem ele sabia de onde esse desejo saiu... Ele só sentia uma vontade incontrolável de, antes de morrer, ir até a Lua (Eles conversam com a última memória acordada dele pra tentar descobrir).


Assim, Jane e Neil viajam através de sua mente, indo de sua velhice até sua juventude, com o objetivo de encontrar a fonte de seu desejo e destacá-lo, pra máquina fazer o resto, construindo memórias novas até o objetivo se concretizar.

E é aí que o misterioso passado do velhinho é completamente revirado, e muita coisa é revelada.

O cara tinha sofrido muito...

River Wyles



Ele tinha uma esposa, que morreu um pouco mais jovem que ele, devido uma doença.



Essa esposa é responsável pela maioria das partes pesadas da historia, e os traumas de John, começando pelos Coelhos de Origami.


Inicialmente, ao explorar a mansão, Jane (ou Neil, o jogador decide quem controlar nessa parte) encontram centenas de coelhinhos de papel, e um Ornitorrinco de Pelúcia, sem explicação, e que deixa até um ar sinistro (foi quando achei que seria um jogo de terror).


De início, deduz-se que seria uma obra do próprio John, visto que ele mora sozinho e não há menção a qualquer outra pessoa lá, mas, em suas memórias descobre-se a existência de River, sua amada e falecida esposa.


Ela quem fazia os coelhinhos, mas o motivo era desconhecido inclusive por John. Do nada, ela começou a fazer isso sem parar, as vezes pedindo pro seu marido olhar e descrever com atenção alguns coelhinhos especiais que ela fazia, de cores diferentes. Mas ele não entendia, não chegava a confronta-la, mas deixava claro sua confusão.


Acontece que River tinha um tipo de autismo, aparentemente, e seu comportamento era bem diferente, mas John lidava bem com isso, sempre sendo atencioso, carinhoso, paciente, e entendendo ela, e todas suas dificuldades. Ele a amava muito...


River morreu justamente por um agravamento repentino em sua doença, que não era tratada desde sua infância. Ela podia ter sobrevivido, se recebesse o tratamento, mas ele era caro. Ambos tinham o dinheiro, mas o mesmo estava destinado a construção da mansão dos sonhos de River, uma mansão ao lado de Anya.


Ela tinha um encanto estarrecedor por Faróis, e havia um, que ela mesma batizou, ao lado de seu amado, no dia do casamento deles. Essa era a "Anya".


Ele quem deu a ideia de construir uma mansão ao lado desse mesmo Farol, que inclusive, se tornou um tipo de símbolo do amor de ambos. A felicidade que incorporou nos olhos da garota fizeram este ser o objetivo de vida de John, criar a mansão, e ele conseguiu, só que a um grande custo...


As economias dedicadas ao sonho do casal poderiam ter sido usadas para salvar River, só que ela mesma recusou o tratamento. Ela preferiu abrir mão da vida, pra que o sonho dela e seu amado se realizasse... Um sacrifício ilógico aos olhos inclusive dele... Mas que pra ela fazia um sentido profundo de mais...


River tinha algo a contar para John, mas não sabia como fazer isso. Ela tentou de todas as formas e morreu sem conseguir... Mas, no fim, Jane e Neil realizam esse sonho oculto.

Lily, Sarah e Tommy Quinn

Os inquilinos de John, na real é sua governanta e seus dois filhos pequenos. Os três viviam lá na mansão como cortesia do solitário velhinho, com ela trabalhava pra ele a consideravelmente pouco tempo.


Lily chegou depois de River já ter morrido e sido enterrada, por isso desconhecia sua existência. O marido de Lily morreu na guerra e ela acabou sendo contratada pelo velho John pra cuidar dele e de sua casa, recebendo alem de um salário, um lugar para morar com seus filhos.

As crianças, travessas, tomaram conta da mansão, aprenderam a tocar o piano de John (inclusive dominaram a composição dele para River) e por fim, descobriram os misteriosos coelhos escondidos, e o Ornitorrinco, além do Farol.

São eles que ajudam os cientistas a descobrirem um pouco sobre John antes de entrar em sua mente.



Bem, Lily tem muita consideração pelo velhinho, ao ponto de ser ela a responsável pelo pagamento dos serviços da empresa da memória (Agência Sigmund de Criação da Vida). Ela tinha pensão de guerra e converteu ela para John em seus últimos momentos, por pura gratidão.

Nicholas

Esse é um amigo de escola com quem John manteve contato até seus últimos dias. Pelo que parece ele faleceu já, ou tá muito distante pra assistir a morte do amigo, ainda assim eles eram bem próximos.


Tecnicamente, foi ele que deu uma incentivada para John se aproximar de River, ainda na escola. Ela, que era solitária e isolada, e vivia andando com seu Ornitorrinco de pelúcia, deu mole pro rapaz tímido apesar de ter lá sua dificuldades...


Inclusive há um momento em que ela recusa o convite de cinema de John, por não saber o dia e horário... Mas aceita quando ele é mais específico (importante mencionar isso).


Bem, Nicholas chega a perguntar pra seu amigo porque ele se interessa tanto pela "esquisita" e pela descrição que John faz, da a entender que ele só liga pra esquisitice dela, que ele só busca algo diferente, tornando-se bem arrogante aos olhos dos cientistas e do jogador.


É dito inclusive (e mostrado em uma das memórias) que, River passou a fazer os coelhinhos depois que John decidiu contar o porquê de ter se aproximado dela naquela época da escola, independente disso ter gerado o amor de ambos. Pareceu que aquilo a traumatizou, mas o "trauma" era bem anterior a isso, bem mais antigo.


Esse amigo não podia ajudar John com as despesas da casa e tratamento de River, mas fez o possível pra estar ao lado deles. Ele inclusive moveu o piano de John pro quarto de River, um desejo estranho dele, para que ele pudesse tocar as músicas pra ela sem se distanciar muito, durante seu período de leito.

Isabelle

Aparentemente ela é bem próxima de Nicholas, mas também uma grande amiga do passado, nesse caso mais relacionada a River.


Ela também dá apoio como pode ao casal, e tecnicamente é ela quem convence John a aceitar a decisão de River, de se sacrificar pela casa.

É cruel isso pois, para John (e convenhamos, é a lógica) o certo seria interromper a construção da casa e salvar a vida de sua amada, tanto que era certeza que com o tratamento, ela seria salva.


Ele até tenta mentir pra ela, indo contra o aconselhamento de Isabelle, mas River sabia todo o orçamento de cabeça (sua memória era impecável) e deixa claro que quer a mansão pronta, para que John possa cuidar do farol por eles, assim como haviam planejado a tempos. Pra ela aquilo era a prioridade.


Isabelle conhecia e entendia muito bem a condição de River pois, ela também tinha a mesma doença. Só que ela tinha sido tratada desde jovem, e aprendeu a lidar com isso, e fingir, o tempo inteiro. Como ela mesma descreve, apesar de River não saber como demonstrar certas coisas, ela sentia, e precisava ser respeitada mesmo em seus "pensamentos esquisitos". Isso ajuda muito John a responder adequadamente a alguns momentos, mas no final das contas, isso não é o suficiente.


River tinha um segredo com John que nem ele sabia, e isso praticamente a atormentava, mas, ela tava lá, lutando para fazer ele se lembrar... Usando seus métodos, e o que pra ela parecia o certo a se fazer... Era complicado.


Martha Wyles

A mãe de John, que aparece apenas em dois momentos, tem um impacto ainda maior que a própria River na vida do rapaz. Ela o chama de Joey, e faz questão de ir ao seu casamento, já velhinha e senil, e feliz por seu filho.


Como John mesmo explica, Joey era o nome do avô dele, que sua mãe usava como um apelido carinhoso desde sua infância. Mas, isso chega até a irritar Eva pois, esse apelido é um nome muito diferente de Johnny (pode até soar semelhante por começar com "jo" mas são sim bem diferentes).


A festa do casamento aliás, foi realizada no terreno da mansão, antes mesmo da ideia de construí-la, tudo por causa do Farol, abandonado e deixado pra traz, pelo qual River tinha muito apego. E o casamento em si, foi do lado do Farol, com Anya de testemunha.


Bem, o tenso é que, a mãe de John tinha enlouquecido após seu próprio trauma, e John passou por uma amnésia profunda que River tentou sua vida inteira reverter.

Joey Wyles



E aí chegamos nessa parte da história...



Depois de tentar implantar o desejo de ir a Lua na cabeça do John jovem, sem conseguir alcançar suas memórias mais antigas por conta de bloqueios, os cientistas descobrem que John havia tomado bloqueadores quando criança, o que simplesmente apagou sua mente, por conta de algum trauma.


Nada do que eles fizessem alterava seu desejo final. O que quer que tinha acontecido no passado, era tão marcante que impedia que qualquer desejo posterior superasse. Então, depois de tentar bastante influenciar a mente do John, eles decidem buscar uma forma de desbloquear a memória mais antiga.


Assim sendo, eles usam seu olfato para tentar destravar as doloridas memórias, pegando um bicho morto (que Neil atropelou sem querer) e levando seu fedor pro quarto de John.

Dentro do que restava de sua memória mais antiga, tudo que podia se sentir era um fortíssimo cheiro de morte, por isso eles usam isso numa tentativa de, junto com a máquina, quebrar os bloqueios... E da certo, mas tudo começa a entrar em conflito, pois John começa a morrer.


Ao acessar a infância de John, eles descobrem que ele tinha um irmão gêmeo, chamado Joey, o qual morreu atropelado pela própria mãe num acidente em frente de casa.


Não bastasse tal trauma, a mãe de John praticamente transformou o garoto em Joey, para superar a morte, fundindo as duas crianças em sua cabeça.


O problema é que John já tinha um complexo de inferioridade por causa de seu irmão, que era mais empolgado, esperto, e amado por sua mãe (isso na cabeça dele).


Um exemplo disso, e do exagero de John, seria o trem que seu irmão ganhou num festival, jogando. Ambos tinham ganhado, mas seu irmão por ter sido o primeiro levou o melhor prêmio, enquanto ele ficou com o de consolação.


Legal que seu irmão diz que tanto faz de quem era o trem, já que ambos brincariam, e como John tinha dado seu prêmio pra um estranho, Joey chega até a dar o trem pra ele. Só que pra John, seu irmão ainda era melhor que ele, e mais amado, e complexo só crescia... Até a trágica morte.


A identidade de Joey foi depositada em John e mesmo sem se lembrar, ele assimilou certas características. Inconscientemente. Por exemplo, seu gosto por azeitonas. Joey amava, John odiava, mas ele passou a amar depois que seu irmão partiu.


Algumas coisas porem foram embora com Joey, como sua paixão por literatura. Ele tinha uma veia de escritor, já John era mais musical, e assim se manteve.



Ainda assim, o mais trágico de toda essa história nem é apenas o irmão gêmeo perdido...

Bem, no dia do festival, John deu uma escapada e foi olhar pras estrelas, um dos poucos momentos em que se sentia totalmente livre de seu complexo diante seu maninho. Lá, ele conheceu uma garota ruiva e estranha.


Era o lugar de River, que não se apresenta por ter receio de seu próprio nome, mas John faz questão de se apresentar. Ambos conversam um pouco, e John consegue dar segurança a garotinha, que se senta ao seu lado e observa as estrelas.


Ambos chegam a desenhar uma constelação própria pra eles, um coelho. Na verdade River que. Desenha, e pede pra John descrever o que ele vê. No fim, John descreve o coelho do jeitinho que River vê, e a Lua era sua barriga.



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