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AnáliseMorte: Fatal Frame 2 - Crimson Buttlerfly - A versão de PS2.

Uma compilação de histórias de fantasmas, eis Fatal Frame 2.



Dessa vez o jogo não alega ser "inspirado em fatos reais" mas usa da mesma fórmula do anterior (Clique Aqui pra ler a análise de Fatal Frame 1).

Tem ******

Então, boa leitura.

Confesso que Fatal Frame 2 (Project Zero 2 ou apenas Zero 2) é um jogo bem mais simples que o anterior, tanto em sua jogabilidade, quanto em sua narrativa.

Não se trata de um terror pesadão, nem é confuso. É algo bem direto na sua trama principal, apesar de ainda deixar alguns mistérios pairando no ar.

Eu me lembro que no primeiro FF eu reclamei pacas pelo fato de ter me perdido inúmeras vezes nas salas da mansão assombrada, o que me deixou injuriado e me fez perder muito tempo, e paciência. No caso de FF2, nós temos 4 mansões pra explorar, em um pequeno Vilarejo com uma penca de portas e caminhos interligados.

Ainda assim, como eu já estava preparado, não fiquei travado em muitas partes, e nas que fiquei foi mais por ter ido cedo de mais ao destino final, do que por ter me perdido.

Lembro apenas de 2 partes:

A primeira foi um evento em que é preciso interagir com uma bancada em uma das mansões pra abrir uma porta falsa. Eu sabia onde era a mansão, onde era a bancada e até mesmo onde estava a porta falsa pra abrir, mas pra interação com a bancada destravar, é preciso conversar com um fantasma que da a dica de onde buscar e o que fazer.



Antes de falar com ele entretanto, é encontrado um mapa que indica onde o que fazer.




Foi assim que cheguei ao local, mas é obrigatório destravar o evento antes, e foi por causa disso que fiquei travado por um tempo.



Alias, nenhum fantasma é amigo ta. Existe apenas 1 fantasma que te ajuda dando dicas de pra onde ir e o que fazer, mas ele só faz isso porque acha que você é outra pessoa. Tirando ele, todos são inimigos, todos tão la pra te matar.

A segunda vez que fiquei perdido foi durante uma busca por uma chave. Era preciso abrir uma porta, mas a chave estava escondida com um fantasma. Encontrar o fantasma é até fácil, ele faz barulhos de guizos e correntes, o problema é o que acontece depois.



Ele passa a se esconder em armários por toda a mansão, e é preciso procura-lo. O que me travou foi primeiro, o fato do jogo não te dizer que é isso que tem que ser feito. Você apenas fica preso na mansão e esse fantasma passa a aparecer e fazer barulhos, as vezes até atacar, e nós deduzimos que é preciso buscar por ele.



Vários armários e armazéns pela casa acabam as vezes, liberando esse fantasma e uma luta contra ele, mas nada de chave. 



Eu cheguei a notar um armário trancado, que tudo indicava que iria liberar a "luta final" contra esse fantasma, porém, não tinha forma de abri-lo. Foi ai que fiquei desesperado procurando por toda parte, perdido e entrando cada vez mais em desespero pois, não dava pra sair da mansão e perguntar pro gasparzinho onde ir, e também não haviam dicas do que fazer.



Pra variar, chegou uma parte que eu já tinha andado e vasculhado todos os cômodos, e enfrentado o fantasma todas as vezes, e nada do armário trancado abrir. Foi quando eu apelei pra Detonado (sou contra, mas eu tava desesperado pelo menos pra saber se era o caminho certo ou se eu tava perdendo tempo).



Quem disse que ele ajudou? No detonado dizia que era pra buscar pelo fantasma, algo que eu já tinha imaginado, e la falava das localizações dele, porém eu tinha visitado todos os pontos e nada.




Foi quando revi uma das salas, um com um portão fechado, cheio de fantasmas violentos (que eu já tinha derrotado) e descobri um armário secreto, num canto, praticamente impossível de perceber.



Era o último armário, o fantasma saiu e depois disso, o que tava trancado abriu e rolou a batalha final.



Talvez, o maior problema de FF2 seja esse detalhe, dos cenários não terem indicadores, nada que destaque pontos de importância. Pra saber se algo esconde algo, é preciso procurar e "clicar" várias vezes até alguma coisa diferente ocorrer.

Isso também rolava no primeiro, por isso eu disse que estava "preparado". Joguei praticamente apertando botão de ação com a mesma frequência que o analógico pra andar, pois suspeitei que em qualquer canto poderia haver algo escondido, nem sempre com uma luzinha mostrando. De fato, isso é uma realidade, porém ainda assim travei nessa parte.

O resto do jogo é o de sempre, onde fotografamos fantasmas (quando estamos com a câmera) ou fugimos deles, buscamos espíritos escondidos pra pontuar, e tentamos compreender as histórias que são contadas, tudo enquanto buscamos por nossa irmã.

Falarei melhor disso a seguir, mas, nesse jogo temos nossa irmã ao nosso lado as vezes, o que da a impressão que é um co-op, porém, ela só ta la pra atrapalhar.



Jogabilidade

As coisas mudaram um pouco agora.

Nós não temos obrigatoriamente que caçar espíritos pra nos defender, tanto que em vários capítulos nem temos a câmera que é nossa única arma.

Também não há chefes e espíritos importantes e medonhos em todo canto, apenas fantasmas, boa parte deles repetidos que simbolizam coisas simples como os aldeões mortos.



Os fantasmas mais importantes compõe a trama principal, cada um simbolizando uma parte do enredo. O resto é só pra encher linguiça mesmo. Alias, a frequência de aparições é menor, e não da medo, pelo menos não tanto.



Pro cacife de um Fatal Frame, o 2 é bem calminho e até humilde, não sendo tão perturbador ou profundo.



Mesmo assim, as histórias paralelas são bem pavorosas, acredite. Depois contarei cada uma.

Bem, quando temos a câmera característica de FF, ela nos permite apenas apontar pros fantasmas e disparar, enquanto carrega automaticamente o nível de poder do disparo, com base na periculosidade e proximidade do fantasma.




Não há um tipo de trava de mira nem nada do tipo, e o efeito danoso dela, do exorcismo dela, só é realmente prejudicial pra entidade quando ela é pega no "Fatal Frame", ou seja, no instante mais agressivo dela.



Logo, pra que seja fácil vencer as lutas, é preciso tirar fotos na hora que o fantasma ataca, de preferência quando ele ta bem perto da gente e quase causando dano.




Mas, cada foto dela consome filme, como munição mesmo, e dependendo do filme o impacto da foto no espírito é maior. Tem até um que da "Fatal Frames" naturalmente. O tenso é que é um recurso bem limitado.



A Câmera também serve de bússola pra seres sobrenaturais, indicando onde eles estão e se são perigosos ou não. Apesar de no final das contas todo fantasma ser perigoso.



Acontece que há o sinalizador azul, que indica presença porém, segurança, e o vermelho, que indica perigo.

Mas, nem todo fantasma quer o mal da personagem, apesar de ser um indicador vermelho. Todo contato com espíritos causa dano espiritual, logo, todo fantasma que deseja se aproximar, é um inimigo.



Nem todos fazem isso por mal. Tem alguns que só querem abraçar, outros que querem conversar, uns que querem puro contato físico pra se sentir mais confortáveis, e ai mora uma das coisas pavorosas do jogo.

Por mais que as pessoas tenham morrido, muitas de forma injusta e como inocentes, elas se tornaram vilões do outro mundo. Elas estão desesperadas por conforto, ou respostas, e acabam causando problemas sem notarem.

É ai que entra um elemento novo do jogo, os Rádios de Cristais.

Não faço a menor ideia de onde essa ideia surgiu, ou no que ela é inspirada dentro do folclore asiático, porém, em FF2 existem cristais, os quais guardam as vozes daqueles que morreram próximos.



Basicamente, quando uma pessoa morre, se tiver um cristal perto (uma pedra preciosa), ele vai registrar seus pensamentos mais profundos, um pouco de suas memórias e claro, as últimas palavras que proferiu. Mas, para ouvir isso, é preciso usar um rádio de cristal, um aparato criado la pra 1900, refinado no universo de FF pra se comunicar com os mortos.



Usando o rádio e os cristais coletados, muitas vezes do local onde as pessoas morreram, ou onde seus espíritos foram derrotados, os mesmos acabam revelando um pouco de suas histórias, e as vezes até dando dicas do que fazer.

Como a protagonista visita e explora as casas das pessoas que morreram, suas memórias e mensagens acabam indicando cofres secretos ou esconderijos, ou simplesmente apontando a direção. Claro que também tem os fantasmas pra atrapalhar mas, a câmera serve pra isso, pra exorcizar geral.

Apesar de útil, a câmera é velha e sem qualquer aprimoramento, então ao longo da história nós encontramos acessórios pra ela, dispositivos que melhoram suas funções, e também podemos melhora-la com upgrades, proporcionados por Pedras (nesse caso são pedras espirituais que ficam como vestígio dos espíritos, mas não são cristais) que são aplicados diretamente na câmera, e ativados por Pontos de Captura.



Sempre que tiramos uma foto, seja de uma memória, fantasma ou de um eco espiritual, ganhamos pontos, e isso vale também pras fotos durante as batalhas. Esses pontos servem pra melhorar a câmera, só isso.

Quanto a diferença de Memórias, Fantasmas e Ecos, bem... Memórias são apenas resquícios espirituais que ficam gravados em locais específicos. Eles não oferecem qualquer risco, apenas demarcam um local importante para algum fantasma.



As vezes, as memórias podem bloquear passagens, justamente pela ligação com seus respectivos fantasmas, mas elas não chegam a ser uma ameaça. No máximo, conectam locais e indicam caminhos.



Fantasmas são os espíritos dos mortos mesmo, revivendo seus piores momentos, e atacando sem notar.

Agora, Ecos são vestígios de memórias, ativos. Eles repetem os últimos momentos, e algumas das últimas ações, até se converterem em fantasmas. Ecos perambulam por ai, e quando chegam nos locais onde morreram, normalmente se convertem nos fantasmas (ou libertam os fantasmas).



Ecos não são diretamente letais, mas podem oferecer risco justamente por levar até os seus fantasmas.



Com tudo isso, tudo que é preciso fazer é vasculhar o pequeno vilarejo, invadir as casas, conhecer as histórias, resolver enigmas simples, capturar alguns fantasmas e por fim, encontrar a irmã da protagonista que teima em sumir, e tentar sair vivo do vilarejo fantasma.




E em caso de perda, as vezes, temos o gasparzinho pra dar uma força, ou as borboletas vermelhas, que sempre direcionam pro caminho certo. Vira e mexe também aparecem Ecos mas, eles sempre te lascam no fim do caminho.




Ah, pra salvar é preciso fazê-lo em lanternas suspensas em pedestais, apenas quando não há fantasmas por perto, e em caso de Game-Over, o jogo retorna pro último salvamento.



Personagens

Aqui temos uma quantidade até que razoável de personagens importantes, mas não contamos com uma árvore biológica nem nenhum tipo de relatório que os relaciona ou registra. Temos os seus fantasmas, seus cristais e claro, algumas cartas e diários encontrados por ai, mas como a protagonista não está la pra investigar nada, faz sentido ela não se dar ao trabalho de estudar essas histórias a fundo. Porém, eu fiz esse trabalho por ela... e a seguir seguem as principais e assustadoras histórias que conheci:

Mio Amakura



Essa é a protagonista, uma moça que tem uma irmã gêmea, desde que nasceu hein.

Chega a ser o cúmulo da coincidência, mas todas as histórias de Fatal Frame 2 envolvem gêmeos, de alguma forma. A própria presença de Mio no local onde tudo se passa é uma coincidência incômoda.


Acontece que por acaso, ela foi parar em um vilarejo fantasma, com sua irmã gêmea, vilarejo este que por pura conveniência, amaldiçoa principalmente os gêmeos.

Tudo nesse vilarejo gira em torno de gêmeos, inclusive o fato dele ser um vilarejo fantasma é por causa de gêmeos. Acho que escolheram perfeitamente o tema foco pra essa versão "2" do jogo.



Mio não tem aparentemente nada de especial além desse pequeno fato, de ter tido uma irmã gêmea... e sim, isso é algo bizarro. Ela "teve" uma irmã... que está com ela aqui o tempo todo, ou quase.

Mayu Amakura



Essa é a irmã gêmea de Mio, sua irmã mais nova e velha, ao mesmo tempo.



Acontece que Mayu nasceu primeiro, o que a tornaria a irmã mais velha normalmente, porém, dentro das crenças do vilarejo perdido, quando gêmeos nascem, o mais velho é aquele que sai por último. Logo, ela é a mais nova dentro desses critérios.

Isso é importante pois, dentro das crenças do vilarejo, o irmão mais novo deve ser sacrificado pelo irmão mais velho em um Ritual Carmesim, para aplacar a fúria do *.



Ah é, "*" não pode ser nomeado, visto, ouvido ou comentado, nem mesmo em documentos, por essa razão ele é simbolizado por um simples *.



Como Mayu e sua irmã chegaram no vilarejo, elas ativaram o ritual só pela presença.



Mesmo não sendo parte do vilarejo, elas são gêmeas, e por regra, todo gêmeo deve ser sacrificado...



Só que pra deixar tudo ainda mais interessante, Mayu acaba incorporando um espírito de um antigo sacrifício e passa a ter crise de identidade. É por causa disso que vira e mexe, ela sai andando sozinha e se coloca em situações cada vez mais perigosas, pro azar de sua irmã mais nova.



Observação: Não fica claro, mas provavelmente Mayu morreu ainda criança, num acidente provocado por sua irmã, sem querer. 



Ambas corriam e brincavam, justamente próximo ao vilarejo fantasma (sem saber) e Mayu acabou escorregando e caindo de um pequeno barranco. Ela quebrou a perna, algo que provocou uma sequela em sua fase adulta, com ela mancando, porém, há pequenos indícios que ela na verdade não sobreviveu a queda.



Mio ficou traumatizada com o acidente de sua irmã, ao ponto de apagar e evitar os detalhes do mesmo em sua mente. Ela se culpa por isso, e isso é evidente. Mas, o curioso é que quando Mayu aparece, ela nem sempre parece realmente estar la.



Em vários momentos, parece que Mayu é um encosto que assombra Mio, apesar de as vezes também haverem detalhes que indicam o contrário.



Provavelmente, e isso é o que faz mais sentido, Mayu morreu na queda, de fato, mas foi possuída pelo espírito de um fantasma que se identificou com ela, e ela passou a viver a partir daí. É como se ela voltasse a vida, mas só por causa da presença do outro espirito.



Ao voltar ao vilarejo, depois de crescer e tal, o fantasma meio que desperta e faz com que Mayu se identifique com ele, passando a fazer aquilo que o fantasma fez por ela: Reviver.



Mas isso é a história principal do jogo, que depois eu conto. Agora entram as tramas paralelas, igualmente importantes:

O Vilarejo



O vilarejo perdido, ou vilarejo fantasma, se chama "All God". Ele foi um pequeno povoado afetado por uma maldição que exterminou todos os habitantes, e de quebra, transformou o local em uma habitação para fantasmas.

O diferencial dessa cidade fantasma é que, ela não existe no mapa. Na realidade, ela surge, para pessoas que se perdem em uma determinada floresta, e impede que essas pessoas saiam, uma vez que pisam no vilarejo.


Todos que dão o azar de encontrar o vilarejo, ficam presos pelo resto da eternidade. Enquanto vivos são assombrados por todos que morreram la, e após morrerem, seja por fome, acidente ou suicídio, se tornam parte do vilarejo.

Lenda bizarrona né? Ela é baseada em fatos reais! Ou pelo menos inspirado.

Primeiro temos a lenda da Vila Sugisawa.

A lenda diz um dia, um pequeno vilarejo foi massacrado por um homem com um machado, que se matou em seguida.

Então, o vilarejo foi apagado dos mapas, e excluído da história, até que passou a ser visto por pessoas que se perdiam nas florestas japonesas.

Aparentemente, andar perto do vilarejo permitia escutar as vozes daqueles que la morreram, e uma vez que a pessoa azarada encontrasse de fato o local fantasma, nunca mais conseguiria sair.

A entrada da Vila Sugisawa seria demarcado por um Portão Torii e uma placa que alertava sobre o perigo de entrar. Só que, ninguém nunca conseguiu encontrar a vila, ou se alguém achou, provavelmente foi pego pela maldição e nunca mais voltou.

Essa é uma mera lenda que assombra o folclore japonês, porém, existiu o:

Massacre de Tsuyama.

Em 1983 um cara de 21 anos pegou um machado, cortou a cabeça da própria avó, se equipou com uma Espingarda e uma Katana, desligou a energia de Tsuyama e saiu invadindo as casas dos vizinhos, matando geral, até chegar na marca de umas 30 pessoas e se matar.

Isso realmente aconteceu, e diz-se ser a inspiração pra lenda da Vila Sugisawa. Alias, esse é um dos maiores massacres que já ocorreu no japão.

Juntando tanto a lenda de Sugisawa quando o massacre de Tsuyama, surge a lenda de All God, o vilarejo perdido de Fatal Frame 2.



Esse vilarejo foi mergulhado pela escuridão perpétua, trazida pela fúria de *, após consecutivas falhas em rituais para acalma-lo. Perto da entrada do vilarejo, há pedras com imagens de deusas gêmeas, alertando a proximidade para qualquer visitante, mas, antes mesmo da vila se tornar uma lenda urbana em FF, ela já era conhecida por seus estranhos rituais.

Os Folcloristas



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