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Murmúrios de um fantasma amaldiçoado

A chuva cai sobre o Anjo esculpido, esta consumado...
Sinto-me dividido , impulsionado pela poesia do vento.
Hora vagueio pela imensidão envolto em folhas secas do desabrido inverno.
Ao mesmo tempo sinto o cheiro de carne putrefata.
O aroma das rosas fundiu-se com o cheiro acre da morte e me embriagou.
Os meus sonhos tornaram-se fogos fátuos, sonhos poetizados por um trovador mudo.
Um anjo eternamente melancólico chorava sobre a lápide.
Guardião da minha vida pregressa.
Contava a história de um louco ufanista.
De um sonhador incorrigível.
Alimento de suas próprias quimeras.
Em meio as tempestades e devaneios.
Lá estava o meu amor...
abraçada ao anjo esculpido.
Suas lágrimas caiam sobre o solo e tentavam romper a terra.
Suas tristes suplicas não podiam chegar ao esquife de mogno.
Tentei conforta-la com minhas erudições sobre amor ,
Mas logo percebi que os belos versos que recitava,
soavam como vento...
Pedi a Deus uma unica chance.
A chance de declarar o meu amor.
Naquele instante os ventos sopraram mais fortes.
Minha alma se revelou perante ela.
Nossos olhares se perderam em infinitas poesias.
Quando me dei conta, nossos lábios já haviam se encontrado.
Senti a minha alma se fragmentar, era chegada a hora...
Pela ultima vez declaramos o nosso amor.
Retornei para sombras...
O meu destino é lamentar pelos bosques,
o amor que pouco valorizei.
E dizer eternamente para o vazio
Eu te amo... Eu te amo...
Esse é o meu castigo.



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